As estratégias da Hugo Boss para se manter no topo Bruno Mello 16 de março de 2023

As estratégias da Hugo Boss para se manter no topo

         

Empresa aposta na sinergia entre canais físicos digitais e fecha parcerias no mundo do entretenimento para manter a jovialidade no DNA

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Muitos talvez não saibam que o Grupo Hugo Boss controla duas marcas distintas: uma, prestes a se tornar centenária, é Boss; a outra, jovem e orientada ao mundo fashion, é a Hugo. Buscando estender aos clientes a mesma experiência oferecida pelo site global das marcas, a empresa abriu, no final do ano passado, o próprio e-commerce no Brasil – parte das estratégias que contribuem para a manutenção das marcas no radar top of mind.

O novo endereço eletrônico também tem o objetivo de melhorar a conexão entre as lojas físicas e o canal digital. A partir dessa interação, o Grupo pretende garantir a oferta e a profundidade de produtos, disponibilizando aos clientes maior variedade de cores, tamanhos e tipos de itens comercializáveis. Além disso, a presença online foi pensada para atingir clientes localizados em endereços distantes das lojas físicas.

Os investimentos em inovações digitais, dialogam com as práticas de rejuvenescimento idealizadas pelo Grupo. Pensando nisso, a Hugo Boss trabalha em parcerias com algumas das ligas mais populares do esporte internacional e também com marcas queridas do universo dos desenhos para criar coleções de produtos – cápsulas – capazes de rejuvenescer o ambiente interno das lojas. “Nas lojas, é possível encontrar cápsulas da NBA e do Looney Tunes. Temos um DNA muito forte de alfaiataria, e com essas ações, buscamos renovar esse DNA”, explica Romeo Bonadio Junior, Diretor Geral Hugo Boss do Brasil, em conversa com o Clube Mundo do Marketing.

Físico e digital – a aliança perfeita

A seguinte situação poderá despertar no leitor a sensação de identificação: um cliente vai até a loja e, em busca de uma peça de roupa, faz com que o vendedor desembrulhe dezenas de pacotes, experimentando as peças incansavelmente até, finalmente, perceber que o item procurado não está disponível no tamanho ou na cor desejada.

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Todo esse imbróglio seria facilmente evitável caso a loja em questão tivesse integrado os canais de venda físicos aos digitais. Sabendo disso, a Hugo Boss começou a implementar em suas lojas o serviço de “order from store” (peça da loja), inicialmente disponível em duas lojas do Grupo.

Visando maximizar o potencial do serviço, a empresa desenvolve um programa de roll out, para aplicar essa prateleira em todas as lojas do Brasil. “Se o cliente vai à loja, olha uma polo mas não encontra um tamanho que sirva, ele pode consultar toda a oferta online para encontrar o tamanho adequado e, da própria loja, fazer um pedido chegará no dia seguinte ou em dois dias, dependendo do lugar onde ele mora. Isso, para nós, é muito importante: criar a sinergia entre dois canais. Não é um canal em detrimento do outro. Na verdade, um é aliado do outro”, pontua o Diretor.

Rejuvenescendo a tradição

Por quais motivos alguém entra em uma loja? Para estudar preços e, talvez, comprar produtos? Pode ser. Mas o que aconteceria se um cliente entrasse na sua loja para pedir uma informação? Seus colaboradores seriam capazes de atender a um pedido que nada tem a ver com as operações comerciais?

Para a Hugo Boss, um dos pilares da constante renovação do DNA da marca é a transformação dos pontos de venda em locais capazes de oferecer, além de produtos, uma série de serviços e experiências. “O que a gente precisa é garantir que as nossas lojas, principalmente nas grandes capitais, funcionem como uma concierge. Por exemplo, São Paulo recebe turistas do Brasil inteiro. Portanto, é importante que os nossos colaboradores na cidade saibam conversar; indicar restaurantes, apontar teatros com eventos acontecendo. Dessa forma, enriquecemos o serviço”, explica Bonadio.

Outro pilar importante para a manutenção da juventude da marca é a parceria com marcas reconhecidas no universo do entretenimento. Há anos presente no mundo dos esportes, a Hugo Boss coleciona parcerias com ligas como NBA – que tem no Brasil o segundo maior pico de seguidores -, Fórmula 1 e, em breve, NFL. “Além disso, temos um lado mais lúdico. Fechamos parcerias com o Looney Tunes e os Peanuts, que trazem jovialidade para as cápsulas dentro da loja. O nosso DNA, de alfaiataria, continua. O que fazemos é renovar esse DNA”, finaliza o Diretor.

Durante a conversa com o Clube Mundo do Marketing, Romeo Bonadio Junior detalhou estratégias de aquisição de clientes e ofereceu mais detalhes sobre os planos do Grupo para os pontos de venda físicos e digitais no Brasil. Clique aqui para acessar:

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