A importância do “amor dos clientes” para o sucesso do Nubank Bruno Mello 25 de abril de 2024

A importância do “amor dos clientes” para o sucesso do Nubank

         

Em entrevista ao podcast “Como Você Fez Isso?”, Cristina Junqueira falou sobre os bastidores da ascensão meteórica da fintech

A importância do “amor dos clientes” para o sucesso do Nubank
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Sexto colocado no Ranking Kantar BrandZ 2024 de marcas mais valiosas do Brasil, o Nubank se diferencia dos demais integrantes da lista por um detalhe tão assombroso quanto surpreendente: a rapidez estelar com que conquistou os seus mais de 90 milhões de clientes.

Fundada em 2013, a fintech começou a galgar o caminho para o sucesso guiando-se por uma bússola de cinco valores que, até hoje, compõem o núcleo de sua essência: conquistar o amor fanático dos clientes, desafiar o status quo, pensar como dono, não como inquilino, construir times fortes e diversos e, finalmente, buscar a eficiência inteligente.

Em entrevista concedida a Caio Carneiro, apresentador do podcast “Como Você Fez Isso?”, Cristina Junqueira, co-fundadora do Nubank, explicou que ao longo dos 11 anos de existência da empresa, o conjunto de valores foi “posto à prova” em apenas duas ocasiões, confirmando, em ambos os casos, sua solidez como um elemento basilar para o sucesso do banco.

Olhando para o caminho trilhado pelo empreendimento até aqui, Junqueira avalia que esta congregação de valores bem-articulados ofereceu ao Nubank o plano de fundo ideal para a rápida conquista do mercado por intermédio da construção de uma cultura forte – um ingrediente fundamental na “receita” de explosão da fintech.

Marca tangibiliza a cultura

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Estratégia, cultura, produtos e a marca. Para o Nubank, todos estes elementos se resumem em um só. A importância da cultura, no entanto, parece ter um apelo especial para a fintech. Afinal, este foi o tema da primeira reunião realizada entre Cristina, Edward Wible e David Vélez, mãe e pais fundadores que deram vida à ideia.

Durante o encontro, o trio encontrou respostas iniciais para questões organizacionais de extrema importância, como “Que cultura nós queremos ter no Nubank?”, “Quais são os nossos valores?”, “Que tipo de norte daremos aos nossos colaboradores”, “Que tipo de pessoas vamos contratar?” e “O que é importante para a gente?”.

Para a executiva, não restam dúvidas de que responder a estas perguntas na gênese e não no decorrer do desenvolvimento da empresa foi uma escolha assertiva fundamental para o fenômeno de expansão do Nubank: três anos após a sua fundação, o banco já atendia a 1,2 milhões de clientes.

As respostas auxiliaram o banco em ainda outro objetivo crucial: construir times fortes, engajados com proposta da empresa – uma necessidade indispensável para a co-fundadora. Ela ressalta que, quando uma marca sabe bem o que quer ser e consegue visualizar os próprios valores com clareza, a identificação de colaboradores alinhados aos objetivos operacionais, prontos para vestir a camisa, torna-se automaticamente mais fácil.

E o Marketing?

Cristina conta que o Nubank foi construído sob a premissa de que quanto melhor é o produto, menos Marketing é necessário. Partindo desse princípio, a executiva acredita que, em dez anos de atuação, o total de investimentos feitos pela fintech em ações de Marketing é menor do que o orçamento separado pelas principais concorrentes de mercado para cobrir um ano de ações publicitárias.

Como isso é possível? Na avaliação da co-fundadora, a magia do negócio continua diretamente ligada ao primeiro dos cinco valores construídos há 11 anos: a conquista do amor fanático dos clientes. Dessa forma, a empresa, que não conta com um departamento oficial de vendas, se orgulha em dizer que possui mais de 90 milhões de promoters espalhados pelos países nos quais atua.

“Acreditamos que é sobre a cultura, sobre como criamos os nossos produtos e tratamos os clientes. Gosto de pensar que os bons produtos se vendem sozinhos. Porque quanto mais feliz o cliente está, mais ele será um promoter, alguém do time comercial, que recomenda o produto a outras pessoas”, garante Cristina.

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