Projeções das marcas no Metaverso, Web 3.0 e dados: como a tecnologia mais democrática impactará negócios Bruno Mello 10 de novembro de 2022

Projeções das marcas no Metaverso, Web 3.0 e dados: como a tecnologia mais democrática impactará negócios

         

Especialistas debatem Martech no espaço MetaMundi, no Rio Innovation Week 2022

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Apesar de tamanha popularidade, muito se discute como as marcas podem aproveitar o metaverso em favor de seus objetivos de negócio. Assim como outros tantos canais de comunicação, o metaverso precisa ser visto como mais um deles e que promove uma capacidade de entregar informação a partir de uma interação marca e usuário de forma imediata, interativa e porque não orgânica, apesar de toda virtualidade.

De olho nessas possibilidades, o Marketing foi um dos assuntos em destaque na programação do espaço MetaMundi Xperience, promovido pela MetaMundi na Rio Innovation Week 2022, que começou na última terça-feira, dia 8, no Pier Mauá, no Rio de Janeiro. Com mediação da jornalista Isabella Kubera, o painel reuniu três especialistas no assunto: Claudia Daré, sócia-diretora da LatAm Intersect PR; Diego Vargas Ortiz, co-fundador da Chili; e Paulo Martinez, co-fundador da GIRA DAO.

Para Claudia Daré, ainda estamos engatinhando no processo de entrada no Metaverso. “Eu vivi a comunicação pré-Web2, quando o mundo mudou, porque descentralizou a informação. Ela saiu das redações, do controle de algumas pessoas e foi para todo mundo. Com as redes sociais, todas as pessoas passaram a ser produtoras de notícias e conteúdos”, contou a diretora da LatAm Intersect PR.

Sobre a relação tráfego pago versus o anonimato, Claudia disse acreditar na relevância do conteúdo, embora a empresa também trabalhe com mídia paga. “As pessoas já não quererem dar seus dados, as coisas estão mudando. Os sites estão tirando os cookies e já há regulamentação para isso”. Para a executiva, esse movimento causa a chamada “Tensão Digital”, que é o conflito das pessoas que querem receber anúncios que os interessem, mas não querem dar seus dados. Por conta disso, ela acredita que tudo o que está no entorno vai mudar. “É o comportamento que faz com que as coisas avancem. Isso tem a ver com a democratização da internet. Como é que a gente vai fazer e que papel vai ter para que isso seja realmente democrático?”, disse.

A base para novas relações, mas que pode levar tempo

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Paulo Martinez, da GIRA DAO, destacou que a tecnologia provoca essas mudanças de comportamento porque cria as bases para essas novas relações. Ao mesmo tempo, ele enfatizou que hoje existem 25 a 30 milhões de dispositivos de realidade virtual, e que metade disso é usado por empresas. “Ainda não temos uma previsão de quando isso vai chegar totalmente aos consumidores. O Metaverso, como estamos prevendo, está longe de ser realidade, muito por causa da infraestrutura”, lamentou.

Para Martinez, estamos vivendo uma ditadura dos dados, onde trocamos dados por serviços. “Temos esse sistema de economia da tensão, onde o dado é a moeda”, disse, sugerindo que o Instagram deveria dar um percentual da venda dos anúncios para os usuários produtores de conteúdo. “Esse é o desenho da Web3 que imaginamos mais democrática, mais acessível, onde a gente passe da ditadura dos dados para a democracia dos dados. Essa pintura é positiva, mas há grupos econômicos que não necessariamente farão dessa forma”, disse.

Diego Ortiz, destacando que o Brasil de hoje, se comparado ao de 20 anos, possui uma penetração muito maior no mercado de smartphones incrível, e que 80% dos brasileiros já têm acesso à internet. “Acho que a tecnologia tende a evoluir incluindo mais pessoas nesse espaço. Vejo um grande empoderamento de comunidades. Produzimos muito e ganha pouco por isso. Anúncios, quando bem feitos, podem melhorar a vida das pessoas”, afirmou.

WEB 3.0

A diretora da Latam Intersect PR também acrescentou que as coisas ainda estão sendo descobertas de muitas maneiras. Para ela, as marcas viraram creators e os creators viraram marcas. Claudia acredita que a Web2 não vai acabar e que ainda será usada por muito tempo. “Temos que encontrar outras maneiras de chegar nas pessoas que não querem dar seus dados. Estamos comemorando 100 anos de rádio, um advento super importante. O que se criou nesses 100 anos? A cada 10 anos, as coisas vão acontecendo numa velocidade muito grande e vemos transformações muito importantes. Mas mantendo o pé onde estávamos”, disse a executiva.

Agência multisserviços que cria pontes arquitetônicas, artísticas e experienciais entre marcas e o Metaverso, a MetaMundi é a responsável pela curadoria do espaço MetaMundi Xperience, 100% dedicado à WEB 3.0. Com uma área de 100m², o MetaMundi Xperience arena chega à segunda edição do evento reunindo nomes do universo Web3 para rodadas de debates, painéis e cases de sucesso sobre temas variados como avatares, música, arquitetura, Marketing, comunicação, arte, indústria, moda, cripto, finanças, DeFi, tecnologia blockchain, aspectos jurídicos, educação tecnológica, governança, entre outros.

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