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Como formar o cidadão com visão para o mundo?

Como formar o cidadão com visão para o mundo?


Um cidadão do mundo é aquele que tem a capacidade crítica bastante acirrada. É o cidadão que não aceita a resposta pronta. É aquele que, mesmo diante de todas as circunstâncias, sente-se capaz de questionar, e procura esmiuçar a questão para, a partir disso, chegar a uma ponderação acerca do assunto. Um cidadão do mundo quer mudar o mundo – o que ele não poderá fazer, de fato, sem discernimento, educação e referências.

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O processo de educar crianças para um futuro que ainda não existe é uma tarefa delicada. Como prepará-las para carreiras que ainda não existem? Qual o conhecimento será essencial para ter independência e êxito dentro de 10, 20, 30 anos? Quais serão os valores para uma sociedade completamente imersa no mundo tecnológico? Essas perguntas, claro, não possuem apenas uma resposta. Mas, em todo caso, o que não muda é que o primeiro passo sempre será focar no aprendizado. Afinal, somente assim o aluno encontrará suas próprias respostas.

Um cidadão do mundo é aquele que tem a capacidade crítica bastante acirrada. É o cidadão que não aceita a resposta pronta. É aquele que, mesmo diante de todas as circunstâncias, sente-se capaz de questionar, e procura esmiuçar a questão para, a partir disso, chegar a uma ponderação acerca do assunto. Um cidadão do mundo quer mudar o mundo - o que ele não poderá fazer, de fato, sem discernimento, educação e referências.

É exatamente por isso que - enquanto educadores - é preciso fornecer as ferramentas para que o jovem alcance essas mudanças. São eles, os responsáveis por ajudá-los no processo de formação do pensamento crítico. Mas, então, quais seriam as ferramentas fundamentais para este novo futuro? Quais são as áreas que temos de avaliar e desenvolver ao longo da jornada de transformação das crianças?

Em primeiro lugar, é preciso ajudá-los a olhar para dentro deles próprios. Ter cuidado com a saúde mental, independente da idade, é fundamental para crescermos enquanto cidadãos. Sendo assim, trabalhar a inteligência emocional em todas as fases da formação do jovem, o auxiliará a encarar as adversidades que, por ventura, cruzarem seu caminho.

Outro ponto é que o professor se posicione como mediador de conhecimento. Hoje, o aprendizado não é aquele pronto, no qual o aluno memoriza o conteúdo. Ao contrário, a aprendizagem só é possível por meio do questionamento. Esse é o primeiro passo para despertar o pensamento crítico no jovem: incentivá-lo a entender o assunto de forma ampla e a questionar as nuances que determinado tema pode vir a ter em áreas diversas.

Paralelo a isso é preciso ponderar sobre as ferramentas - incluindo aí a tecnologia, que é cada vez mais forte no nosso dia a dia. Incentivar a aproximação dos jovens às inovações da Tecnologia da Informação é peça-chave nesse quebra-cabeça hiperconectado que vivemos - ainda mais porque é essa tecnologia que, no fim das contas, influenciará o futuro do jovem de hoje.

Noções de programação, ciência da computação e o próprio uso da Internet para pesquisa e coleta de dados são formas de viabilizar essa convivência, que com a orientação adequada será imprescindível - e benéfica. Vale destacar, no entanto, que essa interação com o outro precisa ser alimentada para despertar o respeito dos alunos em relação às ideias contrárias. É essa interação que será salutar para a formação do cidadão do mundo.

Vive-se, hoje, num mundo globalizado, no qual as culturas se misturam e se opõem na mesma proporção. É necessário, portanto, que o jovem tenha consciência da realidade desse mundo que, muitas vezes, é diferente da realidade particular de cada um. Despertar o sentimento do coletivo é uma das tarefas mais importantes nesse processo de formação e o professor e as famílias precisam dedicar sua atenção a esses pontos.

Do mesmo modo, é necessário que o ensino prepare os jovens para as adversidades. Parece estranho, mas é isso mesmo: toda essa formação deve ser construída sobre o pilar de que errar é natural, principalmente quando estamos buscando novas ideias e maneiras para crescermos - como profissionais e cidadãos. Este é um processo sem fórmula, que construímos aos poucos. O que funciona para um, talvez não seja igual para o outro. O importante é que continuem tentando.

Cidadãos críticos estão sempre em um processo de formação - um caminho contínuo. Desconstruir-se e reconstruir-se é um exercício diário, e uma atividade constante ao longo de toda a vida. Esse aprendizado nem sempre é fácil, mas é imprescindível, pois a verdade é que esse é um pequeno esforço para tornarmos o mundo um lugar melhor para todos.

*Por Silmara Casadei, Diretora Geral Pedagógica e Educacional do Colégio Visconde de Porto Seguro e autora de mais de 30 livros educacionais



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