Venda: Grito ou Conversa? 2 de setembro de 2014

Venda: Grito ou Conversa?

         

Surgem no Brasil ferramentas de automação que permitem acompanhar cada etapa do processo de compra, apresentando imagens e conteúdo de interesse para cada tipo de público

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Existe uma percepção comum entre aqueles que recebem por dia dezenas, as vezes centenas de mensagens inúteis e irrelevantes. É como se todos anunciantes fizessem o mesmo: preferir gritar a mesma coisa para todo mundo, inclusive para você leitor, e o autor também.

O importante nesse modelo é ‘tudo pela audiência’, mirando na maior quantidade possível de pessoas que possam se interessar pelo produto ou serviço que está sendo oferecido para se comprar online, ou no PV pelo grupo alvo ou target.

É claro, que para se obter um ROI satisfatório dentro dessa mentalidade será necessário juntar uma grande quantidade de nomes, ou somente e-mails válidos, para acertar pelo menos 1% de retorno no alvo certo. Seria como jogar migalhas no lago e ficar esperando que o peixe certo se interessasse pela mesma isca que qualquer outro peixe. Um bom pescador sabe que para cada peixe é preciso ter a isca certa.

Para nós consumidores, os anunciantes não deveriam gritar e repetir várias vezes a mesma mensagem, através de e-mail, SMS e até mala direta, com o intuito de atrair nosso interesse de compra. Chega a ser desrespeitoso insistir em empurrar goela abaixo algo que não queremos. Ainda bem que basta um click para desqualificar o anunciante insistente, pois o AntiSpam forma um escudo para o consumidor.

Outros pontos de contato e interação surgiram, como banners, hotsites e mensagens que ‘grudam’ no IP quando alguém visita um portal ou e-commerce. Porém, todas essas tentativas possuem a mesma intenção de interromper ou criar um obstáculo à navegação do consumidor alvo para expor na tela aquela mesma mensagem irrelevante na cara de todos.

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É evidente que Google, Facebook, LinkedIn e outros canais já tem evoluído rapidamente para inserir anúncios dirigidos nas páginas pessoais de sites abertos como Gmail e Hotmail. Não seria muito melhor conversar com cada indivíduo, entendendo seu comportamento digital para ser mais útil no respectivo processo de escolha, no lugar de empurrar na hora errada um conteúdo inadequado?

É como um diálogo inteligente que permite acumular informações, cliques e preferências individualizadas para construir um histórico de dados, evoluindo com os assuntos que são revelados pelo consumidor, através da coleta de rastros digitais como URL visitadas, além de todos os cliques em links. Big Data.

O Twitter acaba de personalizar o relacionamento através da construção consentida de um histórico de conteúdo e escolhas de conteúdo, ‘tudo pela personalização’:

“Sentimos sua falta no Twitter!
Muita coisa está acontecendo agora no Twitter, e a construção de um bom histórico é a maneira para realmente apreciar o serviço. Vá para o Twitter e comece a construir um histórico que reflete você e seus interesses, você irá ver como o Twitter rapidamente se torna uma parte inestimável de sua vida.”

Surgem no Brasil ferramentas de automação de marketing que permitem acompanhar cada etapa do processo de compra individual, apresentando imagens e conteúdo de interesse para cada tipo de público, tudo isso multiplicado pela quantidade disponível de IDs unificados na mesma base de dados hospedada na nuvem, usando scoring e regras para parametrizar o conteúdo certo para cada um no momento certo, seja para gerar leads a partir de visitantes no site, ativar compras, carrinhos abandonados ou fidelizar clientes.

Tudo automatizado e personalizado. Afinal, é conversando que a gente se entende, não pode ser no grito.


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