Superfoods crescem globalmente 202% entre 2011 e 2015 13 de maio de 2016

Superfoods crescem globalmente 202% entre 2011 e 2015

         

Popularidade desse tipo de alimento está longe de chegar ao fim, segundo a pesquisa feita pela Mintel. No ano passado, houve um aumento de 36% no número de produtos desta categoria

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O número de novos produtos alimentares e bebidas contendo os termos “superfood”, “superfruit” ou “supergrain” teve aumento mundial de 202% entre 2011 e 2015. A popularidade desse tipo de alimento está longe de chegar ao fim, segundo a pesquisa realizada pela Mintel, que apontou ainda que somente em 2015, houve um crescimento de 36% no número de produtos desta categoria.

Ainda de acordo com o estudo, em 2015, os EUA foram o palco para o maior número de "super" lançamentos de alimentos e bebidas (30%), seguidos pela Austrália (10%), Alemanha (7%), Reino Unido (6%) e Canadá (6%). Essa onda vem como um resultado da forte demanda dos consumidores por produtos altamente nutritivos. Hoje, mais de sete em cada 10 consumidores na França (72%), Alemanha (71%), Itália (73%) e Espanha (72%) concordam que os benefícios de alimentos naturais, por exemplo, de frutas e legumes, estimulam a saúde, e eles são preferíveis aos benefícios adicionais de alimentos funcionais.

Além disso, a pesquisa aponta também que as superfoods se espalharam para além das categorias alimentícias e de bebida. De fato, enquanto 43% dos produtos lançados com as palavras "superfood", "superfruit" ou "supergrain", em suas embalagens, estavam na categoria de alimentos, entre 2011 e 2015, e 11% faziam parte da categoria de bebidas, três em 10 produtos (30%) foram encontrados no segmento de beleza e cuidados pessoais, enquanto 12% estavam na categoria de saúde e higiene e 4% faziam parte da categoria de itens para animais de estimação.

Em particular, a tendência para uma dieta livre de trigo resultou em um número crescente de produtos novos contendo "supergrains" ou grãos antigos. E enquanto a quinoa e o trigo mourisco se tornaram nomes conhecidos nos últimos anos, é a chia que tem registrado o maior aumento em popularidade. Entre 2014 e 2015, houve um aumento de 70% no percentual de produtos alimentares e bebidas lançados contendo chia, enquanto que a percentagem de produtos alimentares e de bebidas, contendo teff aumentou 31%. Enquanto isso, o percentual de produtos alimentares e de bebidas, contendo quinoa cresceu 27%.

Juntamente com uma intensa campanha de lançamentos, há também um forte interesse do consumidor em grãos antigos. Por exemplo, 30% dos consumidores de massa do Reino Unido dizem que a massa feita com grãos antigos, como quinoa, é mais saudável do que a massa comum. Além do mais, o uso desses grãos é alto, com dois em cada cinco (41%) dos consumidores norte-americanos tendo consumido cereais à base de grãos antigos.

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E enquanto os grãos antigos têm sido o centro das atenções desde o ano passado, e com a ONU anunciando 2016 como o ano dos pulses (sementes secas), eles também têm recebido atenção especial. Nos últimos dois anos, a percentagem de produtos alimentares e bebidas lançada com ervilha verde cresceu 126%, enquanto a percentagem de produtos alimentares e de bebidas contendo lentilhas coral cresceu 62% e a percentagem de produtos alimentares e bebidas contendo ervilhas amarelas aumentou em 21%.

A pesquisa mostra também que as super sementes também têm visto um aumento no seu uso. Nos últimos dois anos, a percentagem de produtos alimentares e de bebidas, contendo sementes de chia aumentou 70%, enquanto a percentagem contendo sementes de abóbora cresceu 27% e a percentagem de produtos alimentares e de bebidas contendo sementes de girassol cresceu em 22%.

Não é só no mercado internacional que cresce o interesse por alimentos mais saudáveis, no Brasil os consumidores também estão mais preocupados com a qualidade dos produtos e dispostos, inclusive, a pagar mais por isso. É o que mostra o estudo Bem-estar: tendências do mercado de alimentação saudável, disponível no Mundo do Marketing Inteligência.

Pesquisa, Superfoods, Mintel, saudabilidade


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