Promoção da igualdade de gênero exige atuação ativa das marcas, dizem brasileiros Bruno Mello 26 de fevereiro de 2024

Promoção da igualdade de gênero exige atuação ativa das marcas, dizem brasileiros

         

Estudo realizado pela Bloomers aponta que 20% dos brasileiros não conseguem indicar marcas que se dedicam ao desenvolvimento do público feminino

Promoção da igualdade de gênero exige atuação ativa das marcas, dizem brasileiros
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A importância estratégica do alinhamento de marcas e empresas às pautas sociais e ambientais já é bem conhecida. Recentemente, um relatório divulgado desenvolvido pelo IDV e realizado pela Mosaiclab apontou que os brasileiros consideram pagar valores de 5% a 20% mais altos do que o comum por produtos e serviços que realmente façam ações efetivas em ESG.

Nos últimos anos, as discussões sobre a importância de promover a igualdade de gênero têm ganhado a devida atenção. Mais conscientes sobre o assunto, as pessoas esperam que as marcas com as quais interagem também façam seu papel a favor desta causa. Por exemplo, 86% dos respondentes a um estudo realizado pela Bloomers acreditam que as marcas possuem papel importante ou muito importante no desenvolvimento das mulheres.

No decorrer da pesquisa, o público feminino foi maioria ao apontar que as marcas devem se preocupar com a oferta de oportunidades iguais de salário e carreira entre homens e mulheres (90% das mulheres e 74% dos homens) e devem atuar na oferta de soluções contra a violência, abuso e a favor da saúde mental para o público feminino (64% das mulheres e 48% dos homens).

A maior parte dos entrevistados também acredita que as marcas devem oferecer capacitação técnica e profissional para o desenvolvimento das mulheres (73% dos homens e 70% das mulheres). Para Ivan Scarpelli, sócio-fundador da Bloomers, estes anseios são oportunidades importantes para que negócios se conectem à sociedade para atender às suas demandas e desejos reais.

Scarpelli conclui ressaltando que, para gestores de marca e líderes de negócio, este é o momento ideal para pensar sobre as estratégias de contato com as pessoas e perceber se elas estão, de fato, alinhadas com as necessidades do público.

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Ao apontar marcas que de fato representam o desenvolvimento feminino, os participantes da pesquisa apontaram a Natura em primeiro lugar (23%), Avon e Boticário (14% cada), Marisa (8%), Magalu e Dove (6% cada), Unilever (4%), Renner e C&A (3%). 20% dos entrevistados afirmaram não se lembrar de nenhuma marca que representa o desenvolvimento das mulheres.

Em relação à família, 45% das pessoas acreditam que as marcas podem facilitar relações familiares com suas propostas de valor e 63% disseram que as marcas têm a capacidade de minimizar uma eventual ausência de familiares. Curiosamente, 26% dos entrevistados não se lembram de nenhuma marca que represente a família brasileira. Na sequência, aparecem Coca-Cola (20%), Sadia e Natura (10% cada), Havan (9%), Nestlé (8%), Qualy (7%), Netflix e Havaianas (6% cada) e WhatsApp (5%).

Leia também: Os impactos da desigualdade de gênero sobre a vida profissional das mulheres

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