Procura-se inovação no mercado de franquia 2 de outubro de 2017

Procura-se inovação no mercado de franquia

         

Apesar do crescimento de 8% no primeiro semestre deste ano, setor segue sem grandes novidades disruptivas. Case de petiscaria Pet foi destaque da ABF Rio 2017

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Konis, yogoberrys, cupcakes, paletas, brigaderias, foodtucks, hamburguerias, crossfit… a lista de empreendimentos que entraram na moda, viveram seu ápice e depois entraram em decadência até a morte ou se consolidaram em torno de um ou dois nomes, ganha, a cada dia, novos membros. Nos últimos anos, no entanto, estes empreendimentos têm alcançado mais vida no ambiente digital, entre APPs e novos negócios tendo a tecnologia como base para um modelo de disrupção. No varejo dito tradicional, em especial no mundo das franquias, tem faltado novidades que criem uma boa movimentação no mercado, como os exemplos citados anteriormente.

No último fim de semana estive na Expo Franchising ABF Rio 2017. Mesmo sendo considerada uma das três maiores feiras do setor de franquias do mundo –  e este setor como um todo, no Brasil, tendo crescido 8% no primeiro semestre deste ano e acrescentado nada menos do que 70 novas marcas em um ano e meio -, arrisco a dizer que falta novidade no mercado. Há carência de algo que realmente chame a atenção e que seja diferente. O que vemos hoje é mais do mesmo e, justamente por isso, quando surge algo inovador há uma corrida em manada e cria-se uma moda.

O ponto aqui não é criticar o setor, que aliás, é um grande impulsionador da economia e ditador de tendências – só a feira da ABF Rio deve ter movimento mais de R$ 200 milhões em negócios na semana passada -, mas sim salientar que, por falta de grandes novidades, ainda há oportunidades neste mercado para se destacar. Em mais de 10 corredores percorridos no sábado, entre diversas franquias de alimentação, educação e beleza, o grande destaque foi a Pet Bonosso, autodenominada a primeira petiscaria Pet do Brasil.

Originalmente como uma indústria com 10 anos de vida – apesar de seus produtos ainda serem feitos manualmente –, a marca se lançou recentemente no varejo por meio do modelo de franquias. Seu produto e formato de entrega são diferenciados. São petiscos para animais de estimação (já há algum tempo tidos como filhos por seus “pais”) que rementem a comidas e doces de humanos, com formatos semelhantes e nomes iguais, como coxa de frango, cenoura e bacana. O que mais chama atenção agora para o varejo é o formato, tendo se inspirado em food bikes, displays e quiosques semelhantes aos de doces e comidas para pessoas.

 

Ora, falta inovação e o destaque é esse? Sim. Inclusive, entre os cerca de 150 stands, era um dos mais cheios e que mais chamaram atenção pela proposta e formatos. E, sim, inovação não precisa ser disruptiva para ser inovação. Era, também, se não a única, a mais relevante no mercado PET presente na feira. O que é mais um ponto de atenção. Sabemos que setores como o de alimentação sempre serão carros chefes, mas precisamos olhar para oportunidades como o PET que já movimenta mais de R$ 18 bilhões por ano.

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Recente pesquisa realizada pelo Instituto Qualibest mostrou um amplo raio x dos pets consumers, recheado de cenários e oportunidades, como a carência de serviços de diversão e relaxamento, acompanhamento nutricional e exames de sangue, plano de saúde, consultoria veterinária e um cemitério parque, para ter onde enterrar o bichinho após a morte, conforme relatou uma reportagem do Mundo do Marketing.

Oportunidades não faltam. A questão é: abrir mais uma franquia de alimentação ou de serviços para os homens ou para o melhor amigo dele?


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