O que fazer quando o consumidor não tem tempo para a sua marca? 3 de setembro de 2014

O que fazer quando o consumidor não tem tempo para a sua marca?

         

Temos menos tempo para muitos afazeres. Estamos mais focados, menos dispostos a flanar pelas lojas, mesmo que elas estejam cada vez mais encantadoras

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Já estamos em setembro. O final do ano se aproximando e aumenta aquela sensação de que o tempo anda passando cada vez mais depressa… Você já deve ter sentido isto. A cada ano, parece que tudo acontece em um ritmo mais acelerado e, em alguns casos, este sentimento é comprovado por aferições bem técnicas.

Por exemplo, pesquisa recente do Popai USA, realizada em lojas de autosserviço, revelou que somente 5% dos shoppers tinham a intenção de visitar todas as seções das lojas. Este número de pessoas era 21% em 1995. Outro dado: 64% dos entrevistados só pretendiam visitar as seções das lojas onde poderiam encontrar os produtos planejados, seus locais de destino.

Ainda segundo o Popai, em pesquisas no Brasil, em 1998, o tempo médio de permanência dos compradores nos supermercados era de 78 minutos. Dez anos depois, numa aferição seguindo a mesma metodologia, este tempo havia passado para 30 minutos, uma redução de 61%!

Conclusão: multiplicaram-se as tarefas, temos menos tempo para muitos afazeres. Estamos mais focados, menos dispostos a flanar pelas lojas, mesmo que elas estejam cada vez mais encantadoras.

Este modo de vida, por vezes, assume até um viés de impaciência, que foi revelado em outra pesquisa, da Spotify. Nesta, analisados dados de streaming de músicas, constatou-se que quase 25% de todas elas foram puladas em até 5 segundos. Que mais de 33% foram ouvidas por menos de 30 segundos e que, quase 50%, foram descartadas antes do final.
Estes altos índices de trocas de músicas são maiores nos finais de semana, quando os ouvintes têm mais tempo livre, do que nos dias úteis quando. Logo, presume-se que as pessoas estão trabalhando e com menos tempo para interagirem com seus players.

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De qualquer forma, este tipo de comportamento, volátil e acelerado, é mais um dos enormes desafios a serem enfrentados pelos gestores de marcas. Neste sentido, a questão que se impõe é como recompensar o tempo dedicado aos shoppers nas lojas, objetivando a construção de relações estáveis e lucrativas num cenário de múltiplos canais de vendas, cada vez mais complexo.

Esta é uma atribuição do Shopper Marketing: planejar, criar e ativar ações que proporcionem aos compradores experiências que vão além de simples trocas comerciais nas lojas. Historicamente nova, esta expertise do marketing, com foco no sell-out, começa a ser adotada formalmente no Brasil, pelas empresas líderes em seus mercados, em mais um capítulo da eterna batalha pela conquista dos nossos corações… e bolsos, com excelentes resultados.
 


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