<p>Brasil, o pa&iacute;s do futuro, agora &eacute; uma pot&ecirc;ncia mundial. Somos a s&eacute;tima economia no mundo caminhando para se tornar a quinta na&ccedil;&atilde;o mais rica do planeta, mas ainda com complexo de vira lata, como muito bem citou Nelson Rodrigues, e com muitos problemas a serem resolvidos. Tinha acabado de ver o discurso de Barack Obama pela TV e confesso que fiquei orgulhoso e feliz por acreditar que meus filhos viver&atilde;o em um pa&iacute;s melhor. <br /> <br /> Mas bastou olhar pela janela e ver um mendigo passando, comendo faminto uma laranja, para cair na realidade. O Brasil que consome como nunca carros, alimentos, apartamentos, eletrodom&eacute;sticos e um cem n&uacute;meros de bens e que deseja exportar o suco que vem da laranja que o mendigo comia &eacute; o mesmo que ainda tem fome, pobreza, educa&ccedil;&atilde;o de p&eacute;ssima qualidade e uma corja de pol&iacute;ticos que s&oacute; fazem atrasar o nosso desenvolvimento. <br /> <br /> Muitos empres&aacute;rios que almo&ccedil;aram com Obama em Bras&iacute;lia e outros que estavam no Municipal do Rio neste fim de semana andam de helic&oacute;ptero e em carros blindados pelas ruas de nossas cidades. Mal conhecem os consumidores para quem vendem seus produtos, que dir&aacute; a popula&ccedil;&atilde;o que os cerca. As desigualdades ainda s&atilde;o imensas em nosso pa&iacute;s e isso empresa nenhuma resolver&aacute;. At&eacute; porque boa parte deste papel &eacute; fun&ccedil;&atilde;o do Estado. <br /> <br /> <strong><img alt="Obama e Dilma" align="left" width="300" height="440" src="/images/materias/Obama_editorial.jpg" />Mudan&ccedil;a de paradigma</strong><br /> Afinal, pagamos gordos impostos para isso. A outra parte deve fazer via a&ccedil;&otilde;es de responsabilidade social e de parcerias p&uacute;blico-privada. E temos que cobrar, assim como muito bem fez a Presidente Dilma Russef ao presidente da maior economia mundial. Tor&ccedil;o para que estejamos mudando, apesar de ter sido preciso o presidente dos Estados Unidos vir at&eacute; o pa&iacute;s para que&nbsp;acredit&aacute;ssemos que somos uma terra pr&oacute;spera. <br /> <br /> Sim, estamos longe do terceiro mundo, de ser um pa&iacute;s subdesenvolvido, mas igualmente distante de&nbsp;nos&nbsp;transformar em um pa&iacute;s desenvolvido. Temos, com a Copa do Mundo de Futebol e com as Olimp&iacute;adas, oportunidades &uacute;nicas de crescimento. De melhoria em nossa infra-estrutura prec&aacute;ria, mas os atrasos em obras e o crescente aumento dos or&ccedil;amentos j&aacute; faz acender uma luz de alerta. <br /> <br /> Estamos em um belo ciclo de estabilidade econ&ocirc;mica, diminui&ccedil;&atilde;o da pobreza extrema, crescimento da economia, aumento do poder aquisitivo da popula&ccedil;&atilde;o e sob o olhar do mundo querendo desenvolver parcerias comerciais, como o pr&oacute;prio Estados Unidos, de olho no petr&oacute;leo e nos grandes eventos. &Eacute; preciso urg&ecirc;ncia, pois se n&atilde;o aproveitarmos estas oportunidades, deixaremos, sim, de ser o pa&iacute;s do futuro, para sermos um pa&iacute;s do passado, que n&atilde;o soube aproveitar o bom momento.</p>
O Brasil é realmente o país do presente?
21 de março de 2011
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