Mercado brasileiro disputa varejo de conveniência 23 de janeiro de 2018

Mercado brasileiro disputa varejo de conveniência

         

Grandes centros urbanos ainda não dispõem de opções que atendam totalmente à necessidade dos consumidores por pontos de venda próximos ao seu cotidiano

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As condições da vida moderna nos grandes centros urbanos levam as pessoas a buscarem resolver suas necessidades em locais próximos da residência ou do local de trabalho. Apesar disso, pontos de venda que tenham as características de uma “esquina mágica” – ou seja, um local onde ofereçam diversos serviços e produtos – não são tão comuns em nenhuma das 17 cidades brasileiras com mais de um milhão de habitantes, segundo o estudo “A Corrida Pelo Varejo de Conveniência no Brasil”, recém-lançado pelo BCG (The Boston Consulting Group).

O levantamento mostra que o varejo de conveniência (ou de proximidade) se tornou relevante por uma série de fatores convergentes, como a falta de tempo dos consumidores, a existência de núcleos familiares menores, o protagonismo crescente da mulher no ambiente de trabalho, a urbanização e a falta de infraestrutura adequada de transportes.

O potencial de atratividade desses pontos de venda tem chamado a atenção de competidores do segmento de varejo, mas até agora não se chegou a um modelo que atenda de forma plena às demandas deste consumidor específico. De acordo com o relatório, o varejo de conveniência poderia atender aos três principais fatores motivadores deste tipo de consumo: as aquisições realizadas em situações de emergência ou por impulso; a reposição de produtos e até mesmo uma parte das “compras do mês”.

Contudo, uma rede que pretenda participar desse mercado deverá possuir uma cobertura relevante de pontos de venda na cidade ou na vizinhança; garantir a consistência da disponibilidade de produtos; ajustar adequadamente a oferta à demanda; permitir acesso fácil aos consumidores; operar em horário estendido; e oferecer segurança ao consumidor. O sucesso também depende de fatores como a capacidade de estabelecer um modelo de operação escalável, utilizar técnicas sofisticadas de análise de dados, garantir uma experiência consistente aos consumidores, dispor de uma cadeia logística robusta e captar oportunidades multicanal – como o uso do varejo online.

Atualmente existem seis principais “candidatos” a plataforma para o mercado do varejo de conveniência: supermercados de bairro, farmácias, lojas de conveniência em postos de combustíveis, padarias e redes de conveniência. Mas nenhuma, por enquanto, atende a todos os critérios identificados pelo estudo. A consultoria entende que há uma guerra em curso, sem que haja ainda algum claro candidato a reclamar para si o título de plataforma de conveniência do brasileiro, seja de forma ampla, a nível nacional, ou mesmo por regiões.

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