5 passos para superar a autossabotagem Bruno Mello 5 de abril de 2024

5 passos para superar a autossabotagem

         

Camila Renaux analisa pesquisa que fala que Síndrome do Impostor atinge 75% das mulheres no mercado de trabalho

5 passos para superar a autossabotagem
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Você sabia que, de acordo com uma pesquisa conduzida em 2023 pela Universidade da Geórgia, cerca de 75% das mulheres que estão no mercado de trabalho enfrentam a Síndrome do Impostor? Esse dado alarmante reflete uma autopercepção de falta de mérito, levando as mulheres a questionarem constantemente suas próprias capacidades, o que resulta em dúvidas e inseguranças. Isso é consequência do ambiente externo, no qual as mulheres são constantemente submetidas a indagações e desconfianças.

Inclusive, uma luta diária minha é contribuir para um mundo onde essa realidade seja diferente. Ao pensar no nosso presente e no futuro, especialmente como mãe de uma menina, anseio por um futuro no qual as mulheres não sejam mais constantemente questionadas e desacreditadas. Não é comum perguntar a um homem “como é ser um homem atuando em determinada área”. Então, por que as mulheres devem responder a questões desse tipo?

Para as executivas entrevistadas, a pergunta que ressoa em suas mentes é: “será que sou uma fraude?”. Essa dúvida é genuína. A Síndrome do Impostor é uma barreira real, marcada pela sensação de não possuir as habilidades ou competências necessárias para desempenhar funções, o que gera uma autopercepção negativa, especialmente em situações de exposição pública.

Além dos diversos questionamentos, outra causa dessa percepção é a comparação, e é essencial deixar isso de lado. A internet, por exemplo, muitas vezes nos engana. Eu mesma, quem me vê nos vídeos confiante e sorridente, pode não imaginar, mas já enfrentei pessoalmente a Síndrome do Impostor. Sabia que grandes nomes, como Michelle Obama e Meryl Streep, também?

Quando comecei a gravar vídeos, enfrentei várias inseguranças. Tentava me convencer de que não tinha tanto interesse nisso, encontrava motivos para procrastinar e duvidava da minha competência. Foi então que desenvolvi cinco passos que me libertaram dessa síndrome, e gostaria de compartilhá-los com vocês.

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1. Tomar a decisão de mudar: embora possa parecer clichê, você precisa estar decidida e desejar essa transformação, pois não existe uma solução mágica. Posso garantir que, em algum momento, você esquecerá que já sofreu com a autossabotagem, mas nesse estágio, é importante manter clareza sobre o motivo da sua decisão e lembrar o propósito de superar a situação.

2. Adotar uma ação disciplinada: abandone a espera pela vontade de colocar as ideias em prática e adote uma abordagem disciplinada. O sucesso requer consistência e persistência, mesmo quando a motivação é baixa. Este compromisso implica pagar o preço da prática diária para desenvolver disciplina e manter a autoestima elevada. Minhas aulas em vídeo são um exemplo disso. Embora desejasse gravá-las, só iniciei quando interiorizei verdadeiramente essa responsabilidade.

3. Priorizar os compromissos consigo mesmo: ao assumir compromissos com clientes, demonstramos dedicação, organização e empenho. No entanto, quando se trata de cumprir projetos pessoais, a autodisciplina pode vacilar. Entenda que o compromisso consigo mesmo é tão ou mais importante do que com os clientes. Ao priorizar minhas metas pessoais como consultora, observei diferenças significativas em ambos os lados.

4. Compreender que a Síndrome do Impostor não está relacionada à falta de competência: o “Efeito Dunning-Kruger” na psicologia mostra que, à medida que adquirimos conhecimento e competência em uma área, a insegurança tende a aumentar. Assim, o ponto crítico para quem enfrenta a Síndrome do Impostor é durante o desenvolvimento da competência, quando, mesmo estudando e praticando, a dúvida persiste. Lembre-se de que, ao atingir um nível avançado, é comum subestimar as próprias habilidades. A chave é compreender que quanto mais se sabe, mais surgem questionamentos, sendo um efeito natural do aprimoramento. A jornada de aprendizado é contínua, e ninguém é obrigado a saber de tudo.

5. Treinar a si mesmo para rejeitar opiniões: ignorar dicas e opiniões, mesmo bem-intencionadas, por um período de três semanas não é uma escolha aleatória; corresponde ao tempo estimado para adquirir uma nova habilidade. Durante esse intervalo, treine para rejeitar essas opiniões, mantendo a sensação de perfeição no que está realizando. Ao ganhar confiança, essas sugestões serão recebidas de maneira positiva, sem gerar mais incômodos ou dúvidas.

A jornada de superação da Síndrome do Impostor é desafiadora, mas possível. Se joga! Nós, mulheres, devemos apoiar umas às outras nesse processo, reconhecendo que somos capazes de alcançar nossos objetivos e conquistar o sucesso que merecemos. Estamos juntas nessa jornada!

*Camila Renaux, especialista em Marketing Estratégico, Marketing Digital e Inteligência Artificial


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