Patrocínio e Marketing de apostas esportivas; clubes da Premier League devem banir empresas do setor como patrocinadoras Bruno Mello 1 de agosto de 2022

Patrocínio e Marketing de apostas esportivas; clubes da Premier League devem banir empresas do setor como patrocinadoras

         

A “proibição voluntária” começaria no início desta nova edição, mas permitiria os acordos que ainda estão para terminar, contanto que eles não ultrapassem a temporada 2024/2025.

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Retornando aos gramados na próxima semana, alguns dos times da Premier League, campeonato inglês de futebol, provavelmente voltarão sem empresas do setor das apostas esportivas estampando as suas camisas. Isso porque a própria Premier League fez um apelo para que os clubes apoiem a saída dessas marcas dos uniformes antes que o governo imponha uma proibição completa.

O governo do Reino Unido sempre se preocupou com as apostas esportivas, e recentemente vem planejando grandes mudanças legislativas para a indústria, como a revisão do Gambling Act 2005. Porém, a que mais chama a atenção é a potencial proibição das propagandas em camisas de futebol, algo que é bastante comum no cenário inglês.

Na última temporada, por exemplo, metade dos times da Premier League tinham patrocinadores do setor, com um número semelhante sendo esperado para a próxima edição. Para se ter noção, há uma situação semelhante no Brasil, onde 19 dos 20 clubes do Brasileirão são patrocinados por alguma casa de apostas esportivas.

Isso mostra a força desse setor tanto aqui quanto lá, mesmo que em território brasileiro só seja possível palpitar em sites, os quais muitas vezes também hospedam opções de cassino que aceita cartão de crédito para amantes de todo tipo de jogatina. Nessas plataformas, além dos pitacos é possível se divertir com poker, blackjack, bingo e outras opções disponíveis em cassinos virtuais, e ainda aproveitar a facilidade de um dos métodos de pagamento favoritos do brasileiro: o cartão de crédito.

Debate

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Os patrocínios de casas de apostas não são vistos apenas na frente das camisas, como também podem fazer parte das mangas, o que aumenta ainda mais a exposição dessas empresas em um dos campeonatos de futebol mais importantes do mundo. Mesmo assim, o futuro deste tipo de publicidade ainda é incerto.

De acordo com The Times, no início deste mês a Premier League contatou os seus 20 clubes para propor uma solução para que, até os próximos três anos, todas as casas de apostas sejam removidas das camisas. A “proibição voluntária” começaria no início desta nova edição, mas permitiria os acordos que ainda estão para terminar, contanto que eles não ultrapassem a temporada 2024/2025.

Para que a proposta seja aprovada imediatamente, pelo menos 14 clubes precisam apoiá-la. Porém, vale ressaltar que um dos maiores empecilhos para qualquer progresso neste campo são as finanças envolvidas. Segundo The Times, a receita sofreria um corte entre 5 e 10 milhões de libras por temporada – lembrando que, para as ligas menores, isso não seria sustentável.

Todo o debate foi levantado por conta das apostas problemáticas e vício em apostas. Contudo, segundo o chefe da Liga Inglesa de Futebol, Rick Parry, não há evidências de que a proibição de patrocínios em apostas reduzirá esse tipo de problema. Ele ainda afirma que a proibição poderá gerar um impacto negativo de £40 milhões por ano.

“Proibição voluntária”

Tudo indica que a “proibição voluntária” irá envolver apenas o patrocínio máster, e não a publicidade presente nas mangas das camisas. A expectativa é de que o governo do Reino Unido reconheça o veto, que causará um impacto financeiro negativo considerável, já que os clubes estariam optando por essa proibição como uma resposta à ameaça estatal de que seria criada uma lei para tornar ilegal o patrocínio de empresas de apostas em camisas.

Hoje em dia, nenhum dos seis maiores clubes da Premier League (conhecidos como Big Six) possuem uma marca do setor de palpites em sua camisa. Porém, sete dos outros 14 clubes são patrocinados pela indústria.

Lembrando que outros países, como Itália e Espanha, já iniciaram movimentos similares de proibição. Na Bélgica, isso está prestes a ocorrer.


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