Virando o Google do avesso e gerando informações 3 de março de 2015

Virando o Google do avesso e gerando informações

         

Virando o Google do avesso e gerando informações

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Depois do redesenho do Adplanner, em 2013, que deixou alguns estrategistas órfãos dos maravilhosos dados que ele gerava, o Google colocou nosso mundo em ameaça com o aviso de que a ferramenta de Palavra Chave do Google AdWords ficaria indisponível nos próximos meses em 2014.

As palavras “In the coming months, the external Keyword Tool will no longer be available” soaram como as trombetas do apocalipse ou o anúncio do impacto de um meteoro para quem se acostumou a utilizar esse programa como uma poderosa ferramenta de insights de marketing educacional.

Contudo, o pânico acabou quando descobrimos os novos recursos que – finalmente – foram adicionados ao software.
Ganhamos segmentação, perdemos o histórico mensal de pesquisa.

De forma geral, a pesquisa de palavras chave passará a ser feita agora pelo Planejador de Palavras Chave. Essa nova versão, deverá ser utilizada como bússola por profissionais de Links Patrocinados ou SEO.
Antes de tudo, é necessário entender que a ferramenta é utilizada para modelagens de campanhas e administração de conteúdos em sites por profissionais de SEO e SEM.

Esses profissionais precisam de direcionamento para publicar conteúdos em portais, desenvolverem campanhas de display ou comprarem resultados no mecanismo de buscas do Google por meio de links patrocinados.
E a ferramenta de palavras chave mostrava exatamente o volume de pesquisas por palavras específicas, além de – por meio de uma série de inferências semânticas – propor palavras relacionadas a pesquisa.

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De forma simplificada mostrava o outro lado da janela de pesquisas do Google (sua interface que – enquanto usuários estamos mais familiarizados). Então, de um lado estamos acostumados com nossas pesquisas nesse mecanismo de buscas que representa, segundo informações da empresa de pesquisas Hitwise, da Serasa Experian, 85,45% de participação nas pesquisas realizadas online (um crescimento de 4,56% em a 2012). Bem atrás do Google, em segundo lugar, aparece o Bing, da Microsoft, usado por 6,09% dos usuários, em terceiro aparece o serviço Ask Brasil, com 4,30%, e a versão em inglês do Google (Google.com), com 2,32%.

O fato é que mais de uma pessoa realiza buscas parecidas, senão iguais, na tela de busca do site e a antiga Ferramenta de Palavras Chave nos dava exatamente o volume de pesquisas mês a mês por uma palavra. No caso da palavra “vestibular”, o software nos mostrava um volume mensal médio de 3.350.000 buscas em português e no Brasil (uma inferência incrível, mas seu maior limitador – posto que a segmentação geográfica limitava-se ao País onde as pesquisas eram realizadas).

Outra solução do sistema era apresentar sugestões de palavras relacionadas a pesquisa principal. No caso de “Vestibular”, entre as mais de 800 pesquisas secundárias que apareciam, “Vestibular EAD” contava com 9.900 pesquisas mensais.

Essa verdadeira pesquisa de mercado é gratuita e permite que os gestores analisem o volume de pesquisas por cursos antes de montá-los, justificando empiricamente seus projetos.

De forma mais específica, permite que os cursos sejam montados de forma a atender, nas disciplinas diversas, aspirações de seus futuros alunos. Caso a busca literal por “Pós em Recursos Humanos” (8100 buscas mensais), não justificasse a estruturação de um curso, sua matriz curricular poderia ser desenvolvida e promovida seguindo essa direção com disciplinas para atender necessidades como “Curso recrutamento e seleção” (2.400 buscas mensais), “ferramentas de recursos humanos” (720 buscas mensais); “gestão estratégica de pessoas” (3600 buscas mensais); “mercado de recursos humanos e mercado de trabalho” (1600 buscas mensais); “pós graduação em pedagogia empresarial” (1000 buscas mensais).

Assim, pelas partes é possível construir poderosos produtos de pós-graduação, encarando a pós como um mosaico, tecido em um eixo programático, de minicursos de extensão.

O fator limitante, contudo, era a segmentação geográfica. Afinal as necessidades mudam entre os mercados e, até hoje, a única forma de segmentar localmente era por meio de um filtro semântico: no lugar de pesquisar “Pós em Administração”, o usuário da Ferramenta de Palavras Chave do Google digitava “Pós em Administração em SP”.

E é neste aspecto que o Planejador de Palavras Chave finalmente melhorou. Agora é possível encontrar o volume de busca baseado em pesquisas feitas em uma ou várias cidades.

A partir daqui, nos utilizamos de trechos do post de Raphael Simoni no site I Masters que explica as principais características do Planejador de Palavras Chave, alguns dos quais adaptados para o segmento educacional:

“Antes de começar, é obrigatório que você tenha uma conta do Google para poder acessar o Planejador de Palavra Chave. Uma vez logado, a primeira tela que irá aparecer para você é essa aqui:

Clique na primeira opção: Procurar ideias de palavras chave e grupos de anúncios. Em seguida, no box que será exibido, insira o grupo de palavras chave e as variantes que você escolheu. Por exemplo, se você está otimizando para um varejista de calçados, então você deve incluir palavras como”:

  • curso
  • pós-graduação
  • administração
  • negócios

“A grande novidade da nova ferramenta vem agora. Você pode obter o volume de busca das suas palavras de acordo com a região geográfica que você especificar. Por padrão, a ferramenta já dá o país que você está localizado, mas você pode segmentar para a cidade que os serviços do seu negócio abrange. Para isso, clique em cima do nome do país (normalmente República Federativa do Brasil) e depois clique em Remover. Assim você está filtrando o volume de busca das palavras que você selecionou para uma região específica que iremos escolher agora.”

“Você pode filtrar sua pesquisa para uma ou várias cidades. Se você quiser saber quantas pessoas estão procurando por suas palavras chave, por exemplo, na cidade de Ribeirão Preto”.

Ao clicar em São Paulo, em seguida você pode incluir quantas cidades quiser. Depois que fizer isso, olha só que legal, clique em “Pesquisa avançada” e obtenha um mapa com todo o perímetro da cidade e suas adjacências. Se clicar em cima do mapa e depois em Próximo, uma coluna ao lado mostra outras cidades vizinhas que você pode incluir na sua pesquisa. Um outro detalhe interessante é que também será possível fazer pesquisas por volume de busca baseado no CEP de uma região, bairro ou rua, bastando clicar em Locais em massa, porém esse tipo de pesquisa parece ainda não estar funcionando corretamente.

Depois é só concluir e depois clicar em Obter ideias.

Se estiver tudo certo, você irá visualizar as ideias de grupo de anúncios, que nada mais são do que palavras-chave relacionadas sugeridas pelo Planejador. Por padrão, a ferramenta mostra as ideias de grupo de anúncios. Clique em Ideias de palavras chave para visualizar exatamente os termos de pesquisa que você determinou.

Agora sim você pode ter uma ideia da média de pesquisas mensais dos usuários da cidade que você escolheu.

Nesta aba, você também pode ter algumas ideias relacionadas de palavras chave, assim como na ferramenta antiga, bem como o nível de concorrência (baixa, média ou alta) e o CPC de cada uma das palavras. Se você fizer a mesma pesquisa na ferramenta antiga, vai perceber que o volume de buscas para cada palavra é menor. Isso acontece porque a nova ferramenta também incluirá na conta acessos vindos de tablets e smartphones.

A partir daqui, quais palavras chave você vai usar e quais estratégias irá aplicar no seu projeto já é com você. 


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