<p class="titulomateria">Videolog d&aacute; a m&atilde;o ao cliente para desenvolver o neg&oacute;cio</p> <p>Por Thiago Terra<br /><a href="mailto:[email protected]">[email protected]</a></p> <p>Com luz ou n&atilde;o, c&acirc;mera e a&ccedil;&atilde;o ditam as regras deste neg&oacute;cio. De filmes amadores a produ&ccedil;&otilde;es que decidem campanhas de Marketing, o v&iacute;deo n&atilde;o s&oacute; grava os momentos da vida como tamb&eacute;m gera um tipo de orgulho em seu &ldquo;produtor&rdquo;. Amador ou n&atilde;o, o fato &eacute; que os v&iacute;deos caseiros hoje ganharam uma import&acirc;ncia enorme para seus autores com a chegada do Videolog e s&atilde;o alvo direto de a&ccedil;&otilde;es de Marketing na chamada web 2.0.</p> <p>O portal de compartilhamento de v&iacute;deos desenvolvido em 2004 cresce a cada &ldquo;post&rdquo; e hoje j&aacute; possui mais de 200 mil usu&aacute;rios cadastrados e m&eacute;dia de nove milh&otilde;es de v&iacute;deos assistidos a cada m&ecirc;s. O portal 100% brasileiro j&aacute; passou pelo provedor da Embratel, Oi e hoje est&aacute; inserido no guarda-chuva do portal Uol.</p> <p><span class="subtitulomateria">Crescimento baseado no diferencial<br /></span>Com 400% de crescimento em m&eacute;dia desde 2006, o Videolog hoje possui n&uacute;meros que impressionam pelo pouco tempo de vida da empresa. Segundo o CEO do Videolog, Edson Mackeenzy, este crescimento se baseia n&atilde;o s&oacute; na estrutura da empresa, mas tamb&eacute;m em base de dados, usu&aacute;rios, faturamento e equipe. &ldquo;Este crescimento &eacute; a prova de que dever&iacute;amos focar em uma estrutura maior e fazer um investimento m&iacute;nimo que fosse em publicidade e parcerias&rdquo;, diz Ariel Alexandre, um dos s&oacute;cios do Videolog.</p> <p>Em um ambiente virtual de compartilhamento de informa&ccedil;&otilde;es visuais, &eacute; preciso haver um diferencial que fa&ccedil;a com que o internauta conecte seu pen-drive ou a c&acirc;mera digital para postar seu v&iacute;deo e compartilhar suas experi&ecirc;ncias como produtor com os amigos e familiares.</p> <p><img class="foto_laranja_materias" style="float: left;" title="Videolog d&aacute; a m&atilde;o ao cliente para desenvolver o neg&oacute;cio" src="images/materias/Mackeenzy_videolog.jpg" border="0" alt="" width="164" height="203" />&Aacute;vidos por cada vez mais qualidade e tecnologia de ponta, os usu&aacute;rios de Internet ou &ldquo;produtores amadores de v&iacute;deos&rdquo; sabem que o Videolog fica bem em qualquer foco. &ldquo;O diferencial do nosso produto &eacute; a qualidade percebida. &Eacute; a percep&ccedil;&atilde;o do usu&aacute;rio e do colaborador na qualidade do que a gente desenvolve&rdquo;, afirma Mackeenzy (foto)&nbsp;em entrevista ao Mundo do Marketing.</p> <p><span class="subtitulomateria">&Agrave; espera pelo investimento</span><br />Diferente de outras empresas brasileiras de Internet que j&aacute; receberam investimentos reais, virtuais e do pr&oacute;prio concorrente direto, YouTube, o Videolog at&eacute; agora n&atilde;o clicou no link &ldquo;investimento&rdquo; de nenhuma empresa que quis fazer um &ldquo;Upload&rdquo; no site brasileiro de compartilhamento de v&iacute;deos. &ldquo;At&eacute; hoje n&oacute;s n&atilde;o aceitamos nenhum investimento. Alguns n&atilde;o fizeram sentido e outros chegamos a pensar, mas at&eacute; agora nada&rdquo;, lembra Mackeenzy, que ainda est&aacute; analisando diversas propostas.</p> <p>Mesmo sabendo da dificuldade de criar e manter uma &ldquo;empresa virtual&rdquo; no Brasil, o Videolog se mant&eacute;m muito bem com sua receita atual, mas nem sempre foi assim. &ldquo;T&iacute;nhamos grande dificuldade em manter o site funcionando&rdquo;, conta o CEO do Videolog.</p> <p>De 2004 a 2006 o Videolog passou por um per&iacute;odo de adapta&ccedil;&atilde;o ao mercado e cada v&iacute;deo &ldquo;postado&rdquo; no site era comemorado. Na web o conhecimento de um site quase sempre depende da divulga&ccedil;&atilde;o dos usu&aacute;rios e para ganhar espa&ccedil;o na rede n&atilde;o &eacute; f&aacute;cil. Apesar do processo digitalizado de passar da c&acirc;mera digital para o computador e chegar a Internet, o Videolog ficou conhecido pelo p&uacute;blico virtual principalmente atrav&eacute;s do jornal.</p> <p><span class="subtitulomateria">Papel faz &ldquo;link&rdquo; para a web</span><br />H&aacute; dois anos um grande jornal do Rio de Janeiro publicou uma reportagem de tr&ecirc;s p&aacute;ginas sobre o Videolog. O jornal ressaltava a import&acirc;ncia do site e sua iniciativa inovadora e Mackeenzy relembra a rea&ccedil;&atilde;o da equipe. &ldquo;Ficamos felizes e tensos ao mesmo tempo por causa da repercuss&atilde;o que causaria a mat&eacute;ria. Nesta &eacute;poca alguns provedores de Internet come&ccedil;aram a procurar a gente para fazer parcerias&rdquo;, diz.</p> <p>A partir da&iacute; o Videolog come&ccedil;ou a ganhar o cen&aacute;rio digital e apresentava cada vez mais conte&uacute;do colaborativo. Em dezembro de 2006 outra reportagem &ndash; s&oacute; que na TV desta vez &ndash; abordava o futuro da web, destacava o crescimento do Videolog em curto prazo e alertava os telespectadores sobre a converg&ecirc;ncia digital.</p> <p><img class="foto_laranja_materias" style="float: right;" title="Videolog d&aacute; a m&atilde;o ao cliente para desenvolver o neg&oacute;cio" src="images/materias/Ariel_videolog.jpg" border="0" alt="" width="144" height="196" />O que a reportagem esqueceu de citar foi que o Videolog j&aacute; estava alguns roteiros na frente do que o jornal noticiava naquela &eacute;poca. &ldquo;J&aacute; fal&aacute;vamos desta converg&ecirc;ncia em 2004&rdquo;, afirma Ariel Alexandre (foto). Com o olhar dentro do visor da c&acirc;mera, o Videolog capturou e acompanhou em close a evolu&ccedil;&atilde;o da Internet e do mercado virtual.</p> <p><span class="subtitulomateria">Antecipa&ccedil;&atilde;o sim. Prepot&ecirc;ncia n&atilde;o<br /></span>Antes da chegada da web 2.0 a empresa de compartilhamento de v&iacute;deos de Mackeenzy e Alexandre j&aacute; trabalhava com o conceito colaborativo. De acordo com os s&oacute;cios, soaria como prepot&ecirc;ncia uma suposta teoria de antecipa&ccedil;&atilde;o a web 2.0. O mais correto seria os usu&aacute;rios receberem os cr&eacute;ditos j&aacute; que foram eles que se uniram e come&ccedil;aram a se relacionar. &ldquo;N&oacute;s mudamos a plataforma para facilitar o relacionamento deles. Quando a gente j&aacute; dominava a ferramenta, surgiu a Web 2.0&rdquo;, conta Ariel Alexandre ao site.</p> <p>Ironicamente e bem pertinente ao momento, na mesma &eacute;poca da chegada da web 2.0, o Videolog desenvolveu uma nova vers&atilde;o do site denominada Videolog V3. De acordo com Mackeenzy, em nenhum momento a id&eacute;ia foi associar o nome da empresa ao modelo 3G. &ldquo;Lan&ccedil;amos o Videolog V3 n&atilde;o por ser 3.0, mas sim por ser a terceira vers&atilde;o do site&rdquo;, ressalta o executivo.</p> <p>Prova de que a nova vers&atilde;o n&atilde;o tinha nada de prepot&ecirc;ncia &eacute; que tudo surgiu ap&oacute;s um encontro entre os usu&aacute;rios e os s&oacute;cios do site. Segundo o CEO, 90% das ferramentas criadas pelo Videolog – ou mais &ndash; foram sugeridas pelos usu&aacute;rios. &ldquo;O Videlolog V3 surgiu a partir de um evento que n&oacute;s participamos. L&aacute; os usu&aacute;rios conversaram e pediram outras ferramentas&rdquo;, conta. O que era para ser um encontro de relacionamento passou a ser uma esp&eacute;cie de reuni&atilde;o ao ar livre.</p> <p><span class="subtitulomateria">Colaboradores de fato<br /></span>Os usu&aacute;rios do Videolog n&atilde;o s&atilde;o apenas pessoas que gostam de filmar momentos da vida para depois mostrar para amigos e familiares. Muitos deles fazem ou j&aacute; fizeram parte da equipe da empresa. Alguns ainda est&atilde;o entre os 13 funcion&aacute;rios que o site tem hoje e outros j&aacute; passaram temporariamente pelo Videolog &ndash; que chegou a ter 22 profissionais em seu time.</p> <p>Alguns colaboradores tiveram participa&ccedil;&atilde;o decisiva em campanhas de Marketing. Recentemente a montadora Renault desenvolveu uma a&ccedil;&atilde;o promocional em Belo Horizonte, MG, onde os participantes tinham que ficar beijando um carro. Quem ag&uuml;entasse mais tempo levaria o autom&oacute;vel para casa. O Videolog mandou uma equipe para filmar mais uma a&ccedil;&atilde;o promocional com o objetivo de adquirir conte&uacute;do para o site.</p> <p>Os usu&aacute;rios-colaboradores do Videolog filmaram, editaram e colocaram na hora no site. Ao todo, foram 72 horas de material filmado e a participa&ccedil;&atilde;o deles foi decisiva no resultado da promo&ccedil;&atilde;o. Com dois participantes disputando o pr&ecirc;mio no final da prova, um usu&aacute;rio capturou a imagem de um finalista burlando a regra da a&ccedil;&atilde;o que apontava como vencedor o &uacute;ltimo participante que retirasse a boca do ve&iacute;culo. &ldquo;O cara tirou a boca do carro e um usu&aacute;rio da gente viu, filmou e mostrou para a auditoria da promo&ccedil;&atilde;o. O que decidiu a prova foi o v&iacute;deo dele&rdquo;, informa Mackeenzy.</p> <p><span class="subtitulomateria">You ou voc&ecirc;?<br /></span>O principal concorrente do Videolog &eacute; o Youtube, mas n&atilde;o para os s&oacute;cios do site brasileiro. A chegada do portal americano assustou os executivos do Videolog no in&iacute;cio devido ao alto investimento da companhia. &ldquo;Ficamos assustados com a chegada do Youtube, que produzia a mesma coisa que a gente s&oacute; que acenava com U$ 6 milh&otilde;es em investimento&rdquo;, compara Ariel Alexandre.</p> <p>&ldquo;Hoje n&oacute;s n&atilde;o olhamos o Youtube como um concorrente at&eacute; porque quem usa o Videolog percebe a diferen&ccedil;a e sabe que n&oacute;s temos mais qualidade&rdquo;, emenda Mackeenzy.</p> <p>Com qualidade superior e mais ferramentas que os outros sites que oferecem o mesmo servi&ccedil;o, os s&oacute;cios do Videolog ressaltam o maior diferencial da empresa. &ldquo;Somos brasileiros e a audi&ecirc;ncia &eacute; brasileira e os nossos usu&aacute;rios t&ecirc;m grande potencial e criatividade&rdquo;, completa Edson Mackeenzy.</p>
Videolog dá a mão ao cliente para desenvolver o negócio
20 de junho de 2008