<p class="titulomateria">Videolar evolui junto com a tecnologia</p> <p>Por Guilherme Neto*<br />[email protected]</p> <p>A constante evolu&ccedil;&atilde;o da tecnologia &eacute; capaz de derrubar empresas e levantar outras rapidamente. Nesse meio, a Videolar &eacute; uma empresa que, apesar de trabalhar com um mercado t&atilde;o exigente por atualiza&ccedil;&otilde;es, conseguiu sobreviver com sucesso.</p> <p>Comemorando 20 anos no dia 30 de junho, a empresa l&iacute;der no mercado de m&iacute;dias virgens e gravadas conta com um faturamento na ordem dos R$ 100 milh&otilde;es por m&ecirc;s, com um ritmo de produ&ccedil;&atilde;o de dois milh&otilde;es de CD/DVD por dia atrav&eacute;s de suas cinco unidades.</p> <p>A busca por uma revitaliza&ccedil;&atilde;o da produ&ccedil;&atilde;o acarretou no investimento em resinas pl&aacute;sticas de poliestireno em 2002. Este m&ecirc;s, a empresa anunciou o investimento de US$ 100 milh&otilde;es em uma nova f&aacute;brica no P&oacute;lo Industrial de Manaus, para a fabrica&ccedil;&atilde;o de polipropireno biorientado (BOPP).<br /><br /><span class="subtitulomateria">Nova unidade fabricar&aacute; 75 mil unidades de resinas pl&aacute;sticas ao ano</span><br /><img class="foto_laranja_materias" style="float: right;" title="Videolar evolui junto com a tecnologia" src="images/materias/videolar_manaus2.jpg" alt="" width="200" height="132" />Todos esses produtos s&atilde;o utilizados na fabrica&ccedil;&atilde;o de embalagens, inclusive de CDs e DVDs, apesar de mais presente no segmento de produtos aliment&iacute;cios. A nova unidade dever&aacute; abrir em 2009, com duas linhas de produ&ccedil;&atilde;o de BOPP e capacidade de 75 mil toneladas por ano.</p> <p>Sempre de olho no que h&aacute; de mais moderno na tecnologia de sua &eacute;poca, a Videolar foi fundada em 1988 e come&ccedil;ou fabricando fitas VHS e cassete. Dois anos depois, mudou-se para S&atilde;o Paulo, quando tamb&eacute;m inaugurou sua primeira unidade de produ&ccedil;&atilde;o em Manaus (foto).</p> <p>Mas o trabalho com tecnologias que se renovam cada vez mais rapidamente exigiu que a Videolar se adequasse a diversas exig&ecirc;ncias do mercado. Por conta disso, passou a fabricar em 1994 e 1995 CDs e disquetes e, em 1998, DVDs.</p> <p><img class="foto_laranja_materias" style="float: left;" title="Videolar evolui junto com a tecnologia" src="images/materias/videolar_philip_wojdylawsk2.jpg" alt="" width="200" height="259" /></p> <p><span class="subtitulomateria">Na carteira est&atilde;o grandes est&uacute;dios de cinema e ind&uacute;strias fonogr&aacute;ficas</span><br />Durante todo esse tempo e ainda nos tempos de hoje, a Videolar oferece diversos servi&ccedil;os e produtos a empresas de entretenimento, como a fabrica&ccedil;&atilde;o e grava&ccedil;&atilde;o de CDs e DVDs, pr&eacute;-masteriza&ccedil;&atilde;o de DVDs e legendagem, al&eacute;m de distribui&ccedil;&atilde;o e log&iacute;stica.</p> <p>Entre seus clientes est&atilde;o grandes est&uacute;dios de cinema como Sony, 20th Century Fox, Paramount, Warner e gigantes da ind&uacute;stria fonogr&aacute;fica, como a EMI e a Universal, al&eacute;m de distribuidores independentes de filmes, como Europa e Paris.</p> <p>Na &aacute;rea de m&iacute;dias virgens, a Videolar atua no varejo com as marcas Emtec e Nipponic, al&eacute;m de fabricar para outras marcas como Sony, Samsung e Faber Castell. Agora, a empresa estuda fabricar blu-ray em suas unidades. "Por sermos uma empresa que lida com tecnologia, precisamos sempre mudar a cada dois ou tr&ecirc;s anos. Ainda fabricamos VHS, disquetes e fitas cassetes, mas esses produtos hoje respondem, juntos, por menos de 1% no nosso faturamento", explica o presidente da Videolar em entrevista ao Mundo do Marketing, Philip Wojdylawsk (foto).</p> <p><span class="subtitulomateria">Compra dos ativos da SomLivre.com originou entrada no e-commerce</span><br />Al&eacute;m de atuar no ramo de petroqu&iacute;mica com a fabrica&ccedil;&atilde;o de resinas pl&aacute;sticas, a empresa tamb&eacute;m passou a atender o consumidor final ao entrar em 2005 no ramo de e-commerce, segmento em franca expans&atilde;o j&aacute; naquele ano, quando as lojas de com&eacute;rcio eletr&ocirc;nico faturaram R$ 2,5 bilh&otilde;es, segundo dados do e-bit (em 2007, para efeito de compara&ccedil;&atilde;o, foram R$ 6,3 bilh&otilde;es).</p> <p>Em 2005, a empresa adquiriu das Organiza&ccedil;&otilde;es Globo os ativos referentes &agrave; Som Livre.com, que originaram a Videolar.com, loja virtual que comercializa DVDs, CDs e eletr&ocirc;nicos. "Essas estrat&eacute;gias de diferencia&ccedil;&atilde;o trabalham com produtos que agregam a nossa sinergia, n&atilde;o &eacute; um investimento ao acaso", ressalta o presidente da companhia.</p> <p><span class="subtitulomateria">Diferencial est&aacute; na efici&ecirc;ncia e qualidade</span><br /><img class="foto_laranja_materias" style="float: right;" title="Videolar evolui junto com a tecnologia" src="images/materias/videolar_midias.jpg" alt="" width="250" height="167" />Apesar de trabalhar com produtos e servi&ccedil;os que, de t&atilde;o semelhantes, podem ser vistos por alguns como commodities, Wojdylawsk acredita que o diferencial esta no trabalho constante de renova&ccedil;&atilde;o de estoque, na efici&ecirc;ncia, investimento substancial em marca e em pol&iacute;ticas s&oacute;cio-ambientais.</p> <p>"N&atilde;o somos prejudicados com greves da Receita Federal como os importadores nem dependemos da situa&ccedil;&atilde;o da fronteira Brasil-Paraguai, como os contrabandistas", conta o presidente da Videolar, que lida com uma ind&uacute;stria que fabrica dois milh&otilde;es de m&iacute;dias ao dia, em territ&oacute;rio nacional, dando garantia aos seus clientes de uma renova&ccedil;&atilde;o constante de mercadoria.</p> <p>Na &aacute;rea de Responsabilidade Social, a empresa tem em seu hist&oacute;rico dois Pr&ecirc;mios Top Social ADVB (em 2006 e 2007), conferido pela Associa&ccedil;&atilde;o dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil al&eacute;m do Certificado ISO 14001:2004 e do selo Green Partner concedido pela Sony, referentes &agrave; pol&iacute;tica ambiental. "Trabalhamos de forma a n&atilde;o agredir a natureza e todos os nossos produtos n&atilde;o utilizados s&atilde;o 100% reciclados, nada vai para o lixo", garante Wojdylawsk.</p> <p><span class="subtitulomateria">&ldquo;Sem a pirataria, a Videolar seria tr&ecirc;s vezes maior&rdquo;</span><br />A pirataria ainda causa preocupa&ccedil;&otilde;es &agrave; Videolar. Com a queda do d&oacute;lar, o contrabando cresce e causa preju&iacute;zos ao mercado de m&iacute;dias virgens. "Sem esse problema, a Videolar seria, sem sombra de d&uacute;vidas, duas ou tr&ecirc;s vezes maior", ressalta o presidente da companhia, que comemora a posi&ccedil;&atilde;o de terceira maior do mundo em sua &aacute;rea. "Somos tamb&eacute;m a maior da Am&eacute;rica Latina. Poucas empresas brasileiras est&atilde;o no topo em sua &aacute;rea como a Videolar", comemora Wojdylawsk.</p> <p><img class="foto_laranja_materias" style="float: left;" title="Videolar evolui junto com a tecnologia" src="images/materias/videolar_unidade.jpg" alt="" width="250" height="297" />Al&eacute;m da pirataria, a concorr&ecirc;ncia com conte&uacute;dos on-line e a pr&oacute;pria evolu&ccedil;&atilde;o tecnol&oacute;gica explica a queda de 14% no faturamento em 2007 (caiu de R$ 1,39 bilh&atilde;o, em 2006, para R$ 1,205 bilh&atilde;o no ano passado). "Com o aumento dos custos e o aumento da infla&ccedil;&atilde;o, a nossa margem de lucro diminuiu&rdquo;, conta o presidente.</p> <p>Para reverter isso, Philip Wojdylawsk afirma estar empenhado em tornar a empresa mais eficiente internamente. &ldquo;Estamos focando em melhor planejamento, log&iacute;stica, sistemas, processos, etc", conta o presidente da Videolar.</p> <p><span class="subtitulomateria">Meta para esse ano &eacute; R$ 1,5 bilh&atilde;o no faturamento</span><br />Philip Wojdylawsk prev&ecirc; uma queda menor na vendas de m&iacute;dias virgens nesse ano e est&aacute; otimista em atingir um faturamento de R$ 1,5 bilh&atilde;o este ano – um salto de 25%. "O CD e o DVD s&atilde;o produtos t&atilde;o baratos que acabar&atilde;o sobrevivendo. Acredito que ter&atilde;o uma vida longa pela frente, j&aacute; que muitos ainda os utilizam como &aacute;lbum de fotografias ou para fazer backups de arquivos", cr&ecirc; o presidente da Videolar.</p> <p>Apesar de cogitar a fabrica&ccedil;&atilde;o de blu-ray no futuro, ainda n&atilde;o h&aacute; planos de investir em produtos como pen-drive ou cart&otilde;es de mem&oacute;ria. "N&atilde;o descartamos trabalhar com isso futuramente, mas n&atilde;o &eacute; o nosso foco no momento. Quem trabalha com tecnologia tem que sempre estar olhando para o futuro", ressalta Wojdylawsk.</p> <p><em>* Com reportagem de Thiago Terra</em></p>
Videolar evolui junto com a tecnologia
30 de maio de 2008