Varejo continua a apresentar taxas de crescimento fracas 3 de agosto de 2016

Varejo continua a apresentar taxas de crescimento fracas

         

Vendas totais caíram 4,1% em junho e 4,5% nos últimos três meses, em comparação com o declínio de 5,3% do primeiro trimestre. Vestuário e supermercados ficaram acima da média

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O varejo brasileiro têm mostrado pequenos sinais de que a desaceleração está perdendo força. O canal de e-commerce, por exemplo, cresceu 1,7% em junho em relação ao mesmo período do ano passado, uma ligeira melhora a partir da média de crescimento de -0,1% do segundo trimestre, comparado a 2015. Ainda assim, o setor continua a apresentar taxas de crescimento fracas, de acordo com o SpendingPulse, relatório mensal da Mastercard.

Vestuário, supermercados, artigos farmacêuticos e materiais de construção cresceram acima das vendas totais, mas apenas o relacionado à manutenção e obras apresentou um crescimento no volume de vendas em junho em comparação a 2015. Enquanto isso, móveis e eletrônicos e artigos de uso pessoal e doméstico ficaram para trás nas vendas totais no varejo. Em junho, as vendas continuaram a apresentar queda, caindo 4,1% em relação a julho do ano passado.

As vendas totais ao longo dos últimos três meses caíram 4,5% comparadas a 2015, ligeiramente acima da queda de 5,3% do primeiro trimestre. Mesmo o Dia dos Namorados sendo considerado uma das principais datas comerciais do calendário brasileiro, as vendas obtiveram uma redução de 4,1% em relação à semana anterior, comparado ao mesmo período de 2015.

As regiões Sudeste (–2,4%), Centro-Oeste (–0,8%) e Sul (–4,0%) obtiveram desempenho acima da média, enquanto Norte (–4,8%) e Nordeste (–4,9%) ficaram abaixo do registrado pelo varejo, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Um dos motivos para esses números é o ambiente econômico desafiador, com o aumento do desemprego e fraco crescimento da massa salarial. Além disso, a inflação também manteve-se elevada, o que contribui para a erosão do poder de compra dos consumidores. 

O ano de 2016 já era previsto como um dos mais desafiadores para o varejo. 2016 ainda mais desafiador para o varejo. O aumento do custo de vida, impulsionado pelos gastos com itens essenciais como alimentação, transporte e habitação, fazem com que brasileiro reduza ainda mais o consumo. 

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Mastercard, Varejo, Mastercard SpendingPulse


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