<p>O boom das redes sociais n&atilde;o deixou d&uacute;vidas: se as marcas desejam se relacionar com os seus consumidores, devem estar presentes nestes canais. N&atilde;o &eacute; mais novidade a presen&ccedil;a das empresas em espa&ccedil;os virtuais como blogs e sites de relacionamento como o Orkut e o Facebook, al&eacute;m do microblog Twitter, fen&ocirc;meno virtual do momento. Mas at&eacute; que ponto vale a pena investir em m&iacute;dia social? Para saber quais s&atilde;o as vantagens, desvantagens e principais caracter&iacute;sticas, o Mundo do Marketing conversou com profissionais que apostam em a&ccedil;&otilde;es voltadas para as comunidades on-line.</p> <p>Estes canais s&atilde;o base para relacionamento, pesquisa, promo&ccedil;&atilde;o e tudo o mais que se possa imaginar em termos de estrat&eacute;gia de Marketing. Hoje, n&atilde;o h&aacute; internauta que compre um produto sem antes fazer uma pesquisa no Google ou em f&oacute;runs e comunidades relacionadas &agrave; marca ou &agrave; categoria de interesse. S&atilde;o tamb&eacute;m as redes sociais que esses consumidores procuram quando desejam reclamar. E acredite: as cr&iacute;ticas negativas &agrave;s marcas ou aos produtos podem repercutir muito mais do que voc&ecirc; <img alt="Vale a pena investir em redes sociais?" align="right" width="150" height="191" src="/images/materias/e_life_alessandro.jpg" />pensa. Vide sites como o <a target="_blank" href="http://www.reclameaqui.com.br/">Reclame Aqui</a>, site que virou refer&ecirc;ncia para os consumidores que n&atilde;o tiveram suas solicita&ccedil;&otilde;es atendidas pelas empresas de forma satisfat&oacute;ria.</p> <p>Mas qual &eacute; o papel das marcas nas redes sociais? De acordo com Alessandro Barbosa Lima (foto), CEO da E.life, empresa que monitora e analisa o conte&uacute;do gerado na m&iacute;dia social, a principal fun&ccedil;&atilde;o das empresas &eacute; gerar relacionamento. &ldquo;As pessoas que est&atilde;o nas redes sociais procuram muito mais se relacionar, obter informa&ccedil;&otilde;es. Elas querem conversar&rdquo;, aponta o profissional em entrevista ao Mundo do Marketing. Mas nem sempre &eacute; poss&iacute;vel se relacionar com o seu consumidor na internet, como lembra o pr&oacute;prio CEO da E.life, o que n&atilde;o significa que as empresas n&atilde;o possam se beneficiar das redes sociais.</p> <p><strong>Monitorar, avaliar, criar pontos de contato e ativ&aacute;-los</strong><br /> &ldquo;Muitas empresas j&aacute; t&ecirc;m pontos de contato tradicionais como 0800 e e-mail que n&atilde;o funcionam bem. Enquanto n&atilde;o resolverem esses problemas, n&atilde;o podem se aventurar nas redes sociais. Isso apresentaria mais amea&ccedil;a do que oportunidade&rdquo;, explica o especialista. Para isso, &eacute; necess&aacute;rio que todas as marcas, sem exce&ccedil;&atilde;o, sigam os dois primeiros passos indicados por Barbosa: monitorar e analisar.</p> <p>Primeiro, &eacute; necess&aacute;rio que as empresas levantem dados quantitativos e depois informa&ccedil;&otilde;es qualitativas e conclusivas a respeito de seus consumidores na internet. A partir deste trabalho, as marcas s&atilde;o capazes de saber se os pontos de contato tradicionais est&atilde;o funcionando ou falhando. O ideal &eacute; entender o que e onde o consumidor fala da marca, para depois realizar as duas &uacute;ltimas etapas sugeridas pelo CEO da E-life: criar pontos de contato e ativ&aacute;-los.</p> <p><img alt="Vale a pena investir em redes sociais? Cr&eacute;dito: Jussara Martins" align="left" width="150" height="211" src="/images/materias/wine_anselmo.jpg" />Foi o que fez a Wine, site de e-commerce de vinho. Estando mais pr&oacute;xima do seu consumidor por ser uma loja on-line, a empresa conseguiu conhecer o seu p&uacute;blico e criar mecanismos para se aproximar ainda mais dele. Para se relacionar com os internautas, a Wine criou um Twitter que recebe dicas sobre o universo do vinho. &ldquo;Diferente de algumas empresas que trabalham o conceito de venda, procuramos focar o lado educativo&rdquo;, diz Anselmo Endlich (foto), Diretor de Marketing e TI da Wine, em entrevista ao Mundo do Marketing.</p> <p><strong>Marcas se unem aos blogueiros</strong><br /> A empresa tamb&eacute;m aposta em promo&ccedil;&otilde;es exclusivas para o microblog para ampliar o relacionamento com os usu&aacute;rios. No come&ccedil;o do m&ecirc;s, a Wine lan&ccedil;ou a a&ccedil;&atilde;o &ldquo;Voc&ecirc; &eacute; o sommelier&rdquo;. Quem desse mais &ldquo;retwitts&rdquo; &ndash; a&ccedil;&atilde;o de encaminhar conte&uacute;dos postados adicionando &ldquo;RT&rdquo; antes do texto &ndash; ganharia um pr&ecirc;mio. A iniciativa buscou motivar a divulga&ccedil;&atilde;o das informa&ccedil;&otilde;es postadas pela Wine.</p> <p><img alt="Vale a pena investir em redes sociais?" align="right" width="317" height="238" src="/images/materias/wine_blogcomvinho.jpg" />Al&eacute;m do Twitter, a loja virtual tamb&eacute;m monitora e tem a&ccedil;&otilde;es espec&iacute;ficas para o Orkut e o Facebook, como cupons de descontos. A empresa ainda est&aacute; concluindo o blog oficial da marca, que pretende seguir o mesmo conceito do perfil no Twitter e divulgar dicas para os apreciadores da bebida. Outra a&ccedil;&atilde;o recente da Wine uniu o on-line ao off-line. A empresa realizou o &ldquo;Blog com Vinho&rdquo;, um evento com as principais blogueiras sobre o assunto para se aproximar do p&uacute;blico e entender o comportamento dessas consumidoras.</p> <p>O encontro resultou uma pesquisa com informa&ccedil;&otilde;es sobre como a mulher compra vinho, quais os principais fatores no processo de escolha, em que ocasi&atilde;o elas consomem, quantas vezes por semana, qual a faixa de pre&ccedil;o, entre outros. Outra marca que se uniu aos blogueiros foi a Puma. A empresa realizou uma a&ccedil;&atilde;o em parceria com 100 donos de blogs para promover o produto Puma Lift.</p> <p><strong>Relacionamento para ativar vendas</strong><br /> Cada blog parceiro direcionava os internautas para um concurso cultural que incentivava os consumidores a responderem a pergunta &ldquo;O que &eacute; ser leve para voc&ecirc;?&rdquo;. Os autores das melhores respostas ganhavam o pr&ecirc;mio, assim como os blogueiros da p&aacute;gina visitada. A a&ccedil;&atilde;o contou ainda com divulga&ccedil;&atilde;o em perfis do Orkut, Twitter e Facebook.</p> <p>&ldquo;A inten&ccedil;&atilde;o era que os blogueiros tamb&eacute;m divulgassem a marca porque acreditam no produto. Tudo o que a gente faz em redes sociais tem que ser pertinente&rdquo;, comenta Araken Le&atilde;o, Vice-Presidente Digital da CasaNova Comunica&ccedil;&atilde;o, ag&ecirc;ncia respons&aacute;vel pela a&ccedil;&atilde;o da Puma, em entrevista ao Mundo do Marketing. Segundo Le&atilde;o, h&aacute; espa&ccedil;o para todos nas redes sociais. &ldquo;As marcas podem trabalhar desde o esclarecimento de produto at&eacute; o monitoramento dos consumidores, que antecipa as tend&ecirc;ncias&rdquo;.</p> <p>Quando se conhece o consumidor e o terreno em que est&aacute; pisando, &eacute; poss&iacute;vel, tamb&eacute;m, aumentar as vendas pela internet, como fez a Pizza Hut do Rio Grande do Sul. Al&eacute;m de postar informa&ccedil;&otilde;es sobre a rede, a marca interage para fidelizar os internautas. Aqueles que t&ecirc;m maior presen&ccedil;a nos canais em que a Pizza Hut est&aacute; presente t&ecirc;m acesso a promo&ccedil;&otilde;es rel&acirc;mpagos e vantagens especiais.</p> <p><strong>Conhecer as ferramentas &eacute; essencial para n&atilde;o errar<br /> </strong>Antes de come&ccedil;ar a atuar em redes sociais, a empresa se preocupou em conhecer as ferramentas para n&atilde;o correr o risco de errar. &ldquo;Procuramos nos precaver para que as possibilidades de erro diminu&iacute;ssem. O maior equ&iacute;voco das empresas &eacute; entrar nos canais sem estar estruturadas para atend&ecirc;-los. Aqui temos um apoio intenso da &aacute;rea de comunica&ccedil;&atilde;o. A decis&atilde;o de ter um canal interativo precisa ter a consci&ecirc;ncia pr&eacute;via da responsabilidade, sen&atilde;o a marca fica prejudicada&rdquo;, aponta Henry Chmelnitsky, franqueado da rede no Rio Grande do Sul.</p> <p>Outra empresa que utiliza as redes sociais para incentivar as vendas &eacute; o Ingresso R&aacute;pido. O site est&aacute; investindo nos canais para comunicar a abertura de venda de ingressos para espet&aacute;culos e eventos e a amplia&ccedil;&atilde;o de temporadas com apresenta&ccedil;&otilde;es extras. N&atilde;o s&oacute; uma excelente base de dados sobre consumidores, as comunidades virtuais tamb&eacute;m se apresentam como ferramenta para divulga&ccedil;&atilde;o e presta&ccedil;&atilde;o de servi&ccedil;os.</p> <p>No Brasil, existem 46,7 milh&otilde;es de internautas, segundo dados do Ibope Nielsen Online de agosto deste ano. Os n&uacute;meros s&atilde;o suficientes para mostrar que o alcance da web ultrapassa qualquer meio de comunica&ccedil;&atilde;o de massa tradicional. Em 2008, foram vendidos mais computadores do que TVs no pa&iacute;s e os dados da pesquisa indicam que os brasileiros passam tr&ecirc;s vezes mais tempo on-line do que vendo televis&atilde;o. Este cen&aacute;rio tende a se expandir: a m&eacute;dia de crescimento da internet por aqui &eacute; de 22% ao ano.</p> <p>Hoje, a rede j&aacute; atinge aproximadamente 40% da popula&ccedil;&atilde;o, enquanto os meios tradicionais apresentam crescimento moderado ou decl&iacute;nio. Focando apenas os homens AB, de 10 a 24 anos, este n&uacute;mero sobe para 85%. A influ&ecirc;ncia que a internet exerce sobre os consumidores &eacute; ineg&aacute;vel. Mas n&atilde;o se pode negar tamb&eacute;m a influ&ecirc;ncia que estes consumidores t&ecirc;m sobre a internet. E se eles est&atilde;o em algum lugar, este lugar s&atilde;o as redes sociais e &eacute; para l&aacute; que as marcas devem voltar o olhar.</p> <p>&nbsp;</p> <p><em>*Atualizado &aacute;s 13h15</em></p>
Vale a pena investir em redes sociais?
27 de outubro de 2009
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