Uncle K mira nos homens ao completar 20 anos 19 de agosto de 2016

Uncle K mira nos homens ao completar 20 anos

         

Marca passa a oferecer produtos para o público masculino, seguindo a tendência de tornar as fronteiras entre os gêneros desbotadas. Linhas unissex já eram as mais vendidas

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Uma carteira masculina, com a inscrição “beloved dad”, marcou a ação especial de Dia dos Pais da Uncle K e a entrada definitiva da marca no segmento masculino. As lojas já começaram a receber produtos desenvolvidos para uma linha unissex e outros especialmente para eles, concretizando uma mudança de posicionamento importante para a empresa, que completa duas décadas de existência este ano. Nome bem conhecido entre as consumidoras, a Uncle K encara agora o desafio de fazer com que os homens entrem nas lojas não apenas para acompanhar compradoras, mas para adquirir bolsas, mochilas e acessórios.

O público masculino é conhecido por ser difícil de ser fidelizado, mas também vem impulsionando a venda de moda e de produtos de higiene diante da desmistificação de sua vaidade. A mudança ocorre em um momento no qual a sociedade questiona a rigidez com que foram tratados os gêneros nas mais diversas esferas da vida e indica uma harmonia com a tendência de desbotar essas fronteiras. Alguns sinais foram analisados como indicadores de sucesso em potencial para o novo posicionamento: embora fosse especializada em produtos femininos, os itens menos marcados por gênero sempre estiveram entre os mais vendidos; e as peças frequentemente iam parar em modelos homens em editoriais masculinos da mídia,

A mudança está sendo encarada pela marca como um processo natural. “Foi muito mais uma demanda percebida do cliente do que uma decisão puramente comercial e interna. Os itens mais vendidos não têm o foco no gênero, e sim nos valores que estão acima disso: como funcionalidade, utilitarismo, praticidade e qualidade. Esse flerte com o público masculino já acontece há algum tempo”, comenta Sergio Barbosa, Head de Marketing da Uncle K, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Demanda latente
O executivo passou a integrar o time da marca há poucas semanas, justamente para liderar a fase de transição. Houve também a contratação do estúdio de Conceito & Imagem, que ficou responsável por criar o conceito e o conteúdo de imagem para expressar o DNA da marca em um mundo em transformação. “Vender para os homens não é um processo fácil. Acredito que se as marcas soubessem como atingir o público masculino, todas estariam buscando atraí-lo. Nem sempre e tão fácil criar empatia com eles, embora representem uma demanda latente e subaproveitada. Falta tanto produtos como informação de moda, para criar a cultura”, analisa Barbosa.

A empresa começou agora o exercício de desenhar as personas com quem espera se relacionar, mas foge da definição de estereótipos. A intenção é se posicionar como a marca que serve ao cliente que precisa de uma ajuda na organização da sua rotina. Busca uma bolsa, ou uma mochila, ou uma mala para cada momento de sua rotina. " O cliente da Uncle K é antenado, vive essa Era de Mudanças, com exigências bem contemporâneas. Imaginamos pessoas antenadas com os movimentos do mundo moderno, consumidores livres de pensamentos”, diz Rose Bini, Coordenadora de Estilo da Uncle K, em entrevista ao Mundo do Marketing.

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O foco está no homem urbano, que muitas vezes usa uma mesma bolsa para trabalhar, ir à academia, fazer uma viagem, por não ter encontrado produtos mais adequados ao seu gosto e a suas necessidades. "Não precisamos ser preconceituosos em relação ao nosso público, fazendo uma definição muito restritiva. As pessoas já compreendiam alguns de nossos produtos como sendo unissex. Estamos abertos a ser compreendidos, afinal muitos clientes já conhecem a marca de certa forma, por terem presenteado alguém com os produtos”, ressalta Barbosa.

Leia também: Comportamento do shopper masculino no Brasil. Pesquisa do Mundo do Marketing Inteligência.


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