O primeiro ano da criação de uma startup é crucial para a sobrevivência dela. Isso porque 25% dos empreendimentos criados acabam morrendo antes de completar 12 meses, segundo pesquisa da Fundação Dom Cabral (FDC). A instituição atribui três fatores à alta taxa de descontinuidade das empresas. O primeiro é o número de sócios, uma vez que quanto mais fundadores a empresa possui, maiores são as chances de falência. Isso se deve aos interesses pessoais e profissionais dos donos não convergirem, resultando em problemas de relacionamento, além da incapacidade de adaptação às necessidades e mudanças do mercado.
Outro fator avaliado é o volume de capital investido antes do início das vendas. A pesquisa mostra que o cenário mais preocupante é o de startups cujo capital investido cobre os custos operacionais pelo período de dois meses a um ano, já que elas são três vezes mais suscetíveis a desaparecer do que as companhias com capital suficiente para cobrir os custos de apenas um mês. O erro consiste em investir uma grande quantidade de recursos antes do negócio começar a faturar.
A terceira causa é o local de instalação, uma vez que quando a empresa está em uma aceleradora, incubadora ou parque, a chance de desistência é 3,45 vezes menor em relação às startups instaladas em escritório próprio. O estudo consultou os fundadores de 221 startups, sendo 130 em operação e 91 descontinuadas. Foram avaliados o foco na análise do empreendedor, as características das startups e o ambiente de negócios.