O segmento de consumo que mais cresce no país está cada vez mais integrado às novas tecnologias e novos serviços. Um dos destaques são os serviços de música por streaming que ficam cada vez mais populares e acessíveis considerando que 61% dos 60+ no Brasil já possuem telefone celular segundo a última PNAD IBGE. São 18 milhões de aparelhos nas mãos de uma nova terceira idade ávida por experiências e autonomia. A música por demanda, a qualquer hora, em qualquer lugar está oferecendo uma nova forma de dar cor e som à nova fase da vida.
A Deezer e a SeniorLab Mercado e Consumo 60+ ficaram muito curiosos para entender um pouco mais do comportamento e gosto musical da maioria dos usuários de streaming de música e descobriram que das TOP 10 dos 60+ em Janeiro de 2018. Nele o gênero sertanejo ganha destaque e até o Pop, acredite, marca presença graças a Anitta e a cubana Camila Cabello.
Ranking gêneros Deezer SeniorLab 60+ Jan/2018:
60% Sertanejo
20% Pop
10% Forró Eletrônico
10% Funk
Quando avaliamos o ranking geral de todos os públicos da Deezer, os gêneros TOP 10 são: 60% Funk, 20% Pop, 10% Forró Eletrônico e 10% Sertanejo. O oposto do gosto dos 60+, comenta o especialista em mercado 60+ Martin Henkel, fundador da SeniorLab.
O fenômeno dos apps atuais, onde a Deezer se destaca, por si só já oferece uma navegação mais intuitiva e de fácil utilização por todas as faixas etárias. Para os 60+ que ainda estão iniciando seu mergulho na tecnologia com um pouco de insegurança ou pressa para usufruir tudo o que têm direito, iniciativas como a Integrar Terceira Idade especializada na educação e inclusão digital para Terceira Idade. Guilherme Menezes, fundador e sócio da Integrar afirma ter percebido um aumento do interesse dos 60+ por este tipo de aplicativo. Atribui ao fato de não conseguirem mais ouvir Lps, Fita Cassete, Cds e ou mesmo os pen drives já começam a ficar obsoletos. Eles descobrem, normalmente com os familiares que existem estes aplicativos porém não sabem baixar e utilizar. É aí que entramos para desmistificar, finaliza.
Os novos 60+ têm se mostrado bem diferentes dos 60+ de antigamente, afirma Henkel. Cada pesquisa, cada investigação revela um aspecto novo e surpreendente desta geração e do seu comportamento hoje. Na sua juventude, há 45 ou 55 anos atrás, foram os protagonistas de importantes revoluções comportamentais e que abriram caminho para o nosso estilo de vida atual. Foram revolucionários e continuam sendo. A simples análise do ranking dos artistas e músicas mais executadas pelos 60+ na Deezer reafirma isso. Os 60+ de hoje continuam surpreendendo.
Ranking Artistas e Músicas DEEZER SeniorLab 60+ Jan/2018:
Posição |
Artista(s) |
Música |
Gênero |
1 |
Anitta |
Vai Malandra |
Funk |
2 |
Wesley Safadão |
Ar Condicionado no 15 |
Forró Eletrônico |
3 |
Camila Cabello |
Havana |
Pop |
4 |
Gusttavo Lima |
Eu Vou Te Buscar (Cha La La La La) |
Sertanejo |
5 |
Marília Mendonça |
Amante Não Tem Lar |
Sertanejo |
6 |
João Neto & Frederico |
Cê Acredita |
Sertanejo |
7 |
Maiara & Maraisa |
Sorte Que Cê Beija Bem |
Sertanejo |
8 |
Simone & Simaria |
Regime Fechado |
Sertanejo |
9 |
Marília Mendonça |
De Quem é a Culpa |
Sertanejo |
10 |
Anitta |
Downton |
Pop |
Acostumado a não se espantar com mais nada a respeito dos novos 60+, Henkel entende que revelar o que a maioria dos 60+ está escutando na Internet e acompanhar este comportamento é mais uma peça na composição do mosaico comportamental da Terceira Idade. A atitude mais aberta ao novo pode explicar a posição de Anitta e seu gênero funk no ranking de execuções. Sua superexposição na mídia certamente chama a atenção e leva os 60+ a tentar entender este fenômeno. Se a família escuta, eles querem escutar também. O novo Sertanejo com suas canções românticas e alegres continuam agradando e abrindo oportunidades para novos talentos fora do sertaneja raíz. Nos novos 60+ a matriz de atitudes e perfis é muito ampla e diversificada, mesmo assim estamos melhorando nosso entendimento sobre o comportamento médio do 60+ atual. Isto impacta na comunicação, design, novos produtos e serviços em um mercado que se aproxima de R$ 1 tri de renda e potencial de consumo, finaliza o especialista.