Terceiro Setor cresce investindo em estratégias de marketing 31 de janeiro de 2007

Terceiro Setor cresce investindo em estratégias de marketing

         

Os objetivos não são os mesmos das empresas, mas organizações sem fins lucrativos também investem em resultados

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<p><strong>Terceiro Setor cresce investindo em estratégias de marketing</strong> </p><p>Por Mariana Oliveira <br /><a href="mailto:[email protected]">[email protected]</a></p><p>Desde a década de 1990, o crescimento do Terceiro Setor é evidenciado por pesquisas de órgãos governamentais. Em 2006, um estudo do Programa de Voluntários das Nações Unidos em parceria com o instituto americano John Hopkins ratificou um aumento de 71% do Terceiro Setor entre 1995 e 2002. O número passou de 190 para 326 mil organizações não-governametais no Brasil. Tantas iniciativas, no entanto, buscam aos poucos organização e profissionalização. E estratégias de marketing, claro.</p><p><img style="width: 150px; height: 190px" class="foto_laranja_materias" src="images/materias/reportagens/3setor_in.jpg" alt="" hspace="6" vspace="2" width="150" height="190" align="left" />ONGs e empresas possuem semelhanças e diferenças, mas muitas vezes, as estratégias são parecidas. “A filosofia que está por trás (das ONGs) é a grande diferença”, afirma o Professor Ismael Rocha (foto), Coordenador da ESPM Social em São Paulo.</p><p>Ele explica que enquanto o Segundo Setor está voltado ao lucro e às necessidades do empreendedor, o Terceiro tem sua própria lógica motivada pelo ganho social a médio e longo prazo. “As ferramentas são as mesmas: estratégias, diagnósticos, planos de ação… O conceito que é outro”, completa em entrevista ao site.</p><p>O público-alvo das ações em organizações não-governamentais também é destacado como um grande diferencial das estratégias para o Terceiro Setor. Enquanto numa empresa há os consumidores e os funcionários, em ONGs e instituições há os beneficiários (pessoas que são atendidas pelas ações), os voluntários, financiadores e governo que devem ser levados em consideração na hora de planejar as ações. “O projeto de marketing não é para os beneficiários”, diz o professor, “ele é focado nos públicos ao redor”, conta.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Ferramentas de marketing<br /></span>Instrumentos como folders, sites, newsletters, e-mails marketing, eventos, livros e até pesquisas de mercado, dependendo do tamanho da instituição são citados quando se fala de marketing para o Terceiro Setor. A forma de utilizá-los é que reflete valores como a transparência e a simpatia pelas causas.</p><p>A Associação Saúde Criança Renascer é um exemplo de como a organização das estratégias se reflete em sucesso e credibilidade. Fundada há 16 anos no Rio de Janeiro, a instituição ajuda as famílias de crianças internadas no Hospital da Lagoa através de ações para saúde, profissionalização, moradia, educação e cidadania.</p><p>A ONG conta com 140 voluntários e um quadro fixo de mais de 30 funcionários. A divulgação de seu trabalho é feita através de meios de comunicação, site, e-mail, newsletter, murais, mascote, entre outros. “Transparência é um valor fundamental para qualquer organização”, ressalta Maibe Rodrigues, representante da instituição.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Desafios</span><br />O relacionamento com voluntários e com patrocinadores requer cuidados quanto ao incentivo e os financiadores normalmente exigem uma linguagem compatível com as empresas quanto à clareza de relatórios. “Há uma adaptabilidade do marketing numa busca por eficiência ao invés de lucro”, constata o Professor Sidney Malzione (ESPM-SP), autor do livro “Marketing no Terceiro Setor”.</p><p>Ele cita exemplos de ONGs como Greenpeace e SOS Mata Atlântica que estruturaram suas ações e captação de recursos. Esta também é citada como uma das principais dificuldades na organização do Terceiro Setor. A ESPM Social, por exemplo, é uma instituição sem fins lucrativos voltada a incentivar “a promoção social em comunidades periféricas” e “auxiliar no processo de gestão de ONGs de pequeno e médio porte” e ao longo de seis anos trabalhou junto a instituições como o Instituto Íris, cujo principal projeto é popularizar o treinamento de cães-guia.</p><p>Dentre as maiores dificuldades também está no foco das ações. “Muitas das organizações ainda se focam só no beneficiário e acham que apenas o trabalho delas é suficiente”, informa Ismael Rocha. Para ele, é necessário também se adaptar aos outros públicos e se profissionalizar em gestão, marketing e captação de recursos.</p><p>A relação com o Segundo Setor também é destaque à medida que “responsabilidade social” é um assunto atual. Para Manzione, muitas empresas ainda a utilizam como estratégia para alavancar a marca ou para neutralizar aspectos negativos. “Não é questão de marketing ou recompensa”, afirma e completa: “talvez ‘consciência social’ fosse o melhor termo a ser usado”.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Acesse</span><br /><a href="http://www.espm.br" target="_blank">www.espm.br</a><br /><a href="http://www.sosmataatlantica.org.br" target="_blank">www.sosmataatlantica.org.br</a><br /><a href="http://www.greenpeace.org.br" target="_blank">www.greenpeace.org.br</a><br /><a href="http://www.criancarenascer.org.br" target="_blank">www.criancarenascer.org.br</a><br /><a href="http://www.novateceditora.com.br" target="_blank">www.novateceditora.com.br</a></p>


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