<p><img height="264" align="left" width="250" src="/images/materias/livia_barbosa_abep.jpg" alt="Livia Barbosa" />A comida saiu da mesa. Alimenta&ccedil;&atilde;o &eacute;, atualmente, tema de milhares de livros, filmes e caiu at&eacute; nas redes sociais. Para evitar uma indigest&atilde;o para as empresas deste setor, Livia Barbosa, antrop&oacute;loga e Professora da ESPM-RJ, mostra que as consequ&ecirc;ncias desta realidade levaram a alimenta&ccedil;&atilde;o a ser um ato p&uacute;blico que antes era privado. Hoje, a alimenta&ccedil;&atilde;o mexe com o consciente e com a reflex&atilde;o do consumidor devido a vari&aacute;veis como dieta, light, sem contar a culpa por comer chocolate ou carne.<br /> <br /> As tend&ecirc;ncias do consumo de alimenta&ccedil;&atilde;o passam por saudabilidade e bem estar, valor da origem, prazer e sensorialidade. &ldquo;Para a sa&uacute;de e o bem estar, a alimenta&ccedil;&atilde;o est&aacute; relacionada a preven&ccedil;&atilde;o e atua como rem&eacute;dio em casos de doen&ccedil;as, como os pratos anti-c&acirc;ncer, por exemplo. Hoje a alimenta&ccedil;&atilde;o &eacute; uma fonte de identidade e ideologia pol&iacute;tica&rdquo;, diz Livia.<br /> <br /> Mesmo com a busca cada vez maior por uma alimenta&ccedil;&atilde;o saud&aacute;vel, a sensorialidade tem como fatores impulsionadores a valoriza&ccedil;&atilde;o do corpo, mas tamb&eacute;m dos sentidos. &ldquo;&Eacute; a &eacute;tica do &lsquo;eu mere&ccedil;o&rsquo; e da indulg&ecirc;ncia. &Eacute; o caso da mulher que, ap&oacute;s fazer todas as compras, adquire um chocolate como pr&ecirc;mio&rdquo;, conta a consultora da ESPM.<br /> <br /> Outra percep&ccedil;&atilde;o dela &eacute; a mudan&ccedil;a no vocabul&aacute;rio para descrever o alimento. Peda&ccedil;os, agora, s&atilde;o lascas. J&aacute; nos sabores, o gengibre passou a ser raiz forte e, em alguns pa&iacute;ses, a comida tradicional da regi&atilde;o j&aacute; &eacute; patrim&ocirc;nio nacional, como o acaraj&eacute; no Brasil. At&eacute; a cozinha entrou na dan&ccedil;a. &ldquo;Este lugar deixou de ser um espa&ccedil;o da casa onde as visitas n&atilde;o entram. Al&eacute;m de nova cultura material em que os alimentos n&atilde;o ficam mais escondidos nos arm&aacute;rios&rdquo;, completa.</p>
Tendências do consumo de alimentos
10 de novembro de 2010