<p>Aproveitar a febre das redes sociais para vender. Esta &eacute; a proposta do Social Commerce, conceito ainda recente no Brasil e no mundo. Em tese, a pr&aacute;tica une as lojas virtuais &agrave;s ferramentas de m&iacute;dia social, mas pode ir al&eacute;m. A ideia &eacute; usar a tecnologia para incentivar e facilitar uma pr&aacute;tica muito comum entre os consumidores: a troca de informa&ccedil;&otilde;es sobre produtos, marcas e servi&ccedil;os entre amigos.<br /> <br /> Com o Social Commerce, as empresas t&ecirc;m a chance de ampliar o relacionamento com os clientes e agregar credibilidade ao que oferecem. No Brasil, surgem alguns cases de marcas que aproveitam o conceito, mesmo que n&atilde;o apliquem a ideia na &iacute;ntegra. &Eacute; o caso de redes sociais como byMK e Frugar e de marcas como HP e Drogaria Onofre.<br /> <br /> &ldquo;A tecnologia veio para ajudar a fazer o que j&aacute; se fazia muito bem no passado, mas atingindo um n&uacute;mero maior de pessoas ao mesmo tempo. Social Commerce &eacute; isso: consumidores unidos trocando informa&ccedil;&otilde;es para comprar. Uma coisa &eacute; ouvir que o notebook da HP &eacute; legal do seu amigo, outra &eacute; ouvir da pr&oacute;pria HP, por exemplo&rdquo;, explica Pedro Eug&ecirc;nio, S&oacute;cio-Fundador do Busca Descontos, em entrevista ao Mundo do Marketing.<br /> <strong><br /> <img alt="Social Commerce, a onda do momento " width="300" height="166" align="left" src="https://z7p855.p3cdn1.secureserver.net/images/materias/onofre_esmaltes.jpg" />De olho nos esmaltes</strong><br /> Aproveitando a tend&ecirc;ncia, a Drogaria Onofre resolveu unir elementos de intera&ccedil;&atilde;o t&iacute;picos de redes sociais ao seu e-commerce. A empresa <a target="_blank" href="https://www.mundodomarketing.com.br/5,17963,onofre-cria-loja-virtual-para-esmaltes.htm">lan&ccedil;ou</a> uma <a target="_blank" href="http://www.onofre.com.br/onofre/Esmaltes.aspx">loja virtual de esmaltes</a>, em que as consumidoras podem deixar dicas relacionadas ao assunto. Na p&aacute;gina &eacute; poss&iacute;vel ainda ver todos os coment&aacute;rios postados no Twitter da Onofre sobre o tema.<br /> <br /> A ideia da loja exclusiva para esmaltes aproveitou o boom dos produtos na internet, que viraram mania em blogs e sites de beleza. &ldquo;A Onofre tem uma gama grande de produtos. &Eacute; dif&iacute;cil localiz&aacute;-los no site. Ent&atilde;o pensamos em trabalhar nichos. O esmalte &eacute; o primeiro deles. Quisemos n&atilde;o s&oacute; criar a p&aacute;gina, como tamb&eacute;m ter intera&ccedil;&atilde;o, porque as pessoas t&ecirc;m dicas para contar e gostam de participar&rdquo;, diz Lismeri &Aacute;vila, Diretora de Opera&ccedil;&otilde;es da Drogaria Onofre, em entrevista ao portal.<br /> <br /> O resultado foi positivo. Na primeira semana, a empresa observou uma manifesta&ccedil;&atilde;o a cada quatro minutos, com 30 dicas recebidas nos dois primeiros dias. Destacar os esmaltes em uma sess&atilde;o exclusiva tamb&eacute;m aumentou as vendas. Algumas marcas que n&atilde;o eram t&atilde;o conhecidas dos clientes Onofre, como Mavala e Bourjois, viram seu lucro triplicar.<br /> <br /> <strong><img width="300" height="169" align="right" alt="" src="https://z7p855.p3cdn1.secureserver.net/images/materias/hp_youtube.jpg" />V&iacute;deos e venda</strong><br /> A HP tamb&eacute;m resolveu investir em m&iacute;dia social para se aproximar dos consumidores. Inspirada em casos como o da marca europeia de moda <a target="_blank" href="http://www.frenchconnection.com/">French Connection</a>, a companhia <a target="_blank" href="https://www.mundodomarketing.com.br/5,17974,hp-cria-loja-virtual-no-youtube.htm">lan&ccedil;ou</a> uma loja virtual no Youtube. Na p&aacute;gina, al&eacute;m de comentar sobre os seus produtos e ler o que os consumidores t&ecirc;m a dizer, os internautas encontram v&iacute;deos explicativos. Caso se interessem por algum produto espec&iacute;fico, &eacute; s&oacute; clicar e ser redirecionado para o e-commerce.<br /> <br /> &ldquo;A HP busca formas de proporcionar experi&ecirc;ncias no ponto de venda f&iacute;sico, convidando o cliente a ir &agrave; loja. Na internet &eacute; um desafio, por isso a ideia do Youtube. O consumidor brasileiro tem o h&aacute;bito de acessar v&iacute;deos para entender melhor os produtos. Ent&atilde;o resolvemos fazer uma conex&atilde;o entre v&iacute;deos e venda, com nossa loja online&rdquo;, conta ao portal Renata Gaspar, Diretora de Marketing da HP no Brasil.<br /> <br /> O projeto foi desenvolvido exclusivamente para o mercado nacional, mas j&aacute; desperta o interesse do time mundial de Marketing da HP. Duas semanas ap&oacute;s o lan&ccedil;amento, a <a target="_blank" href="http://www.youtube.com/lojahp">HP YouStore</a> j&aacute; figura entre os cinco brandchannel mais acessados no Youtube, contabilizando cerca de 123 mil exibi&ccedil;&otilde;es e 476 internautas inscritos.<br /> <br /> <strong>Confian&ccedil;a na hora de consumir</strong><br /> Por ser um conceito novo, entretanto, o Social Commerce pode ser aplicado de v&aacute;rias formas, basta que o consumidor esteja no centro da estrat&eacute;gia das empresas e as informa&ccedil;&otilde;es obtidas a partir dele ajudem na venda. A Amazon pode ser considerada uma das primeiras companhias a unirem com&eacute;rcio eletr&ocirc;nico e intera&ccedil;&atilde;o social. O site ficou conhecido por dar espa&ccedil;o aos internautas para indicarem e comentarem sobre produtos por meio de coment&aacute;rios.<br /> <br /> &ldquo;O Social Commerce permite maneiras novas para que o cliente sinta-se mais seguro ao comprar. A aprova&ccedil;&atilde;o de pessoas em quem confia vale muito mais do que a da pr&oacute;pria marca. Isso aumenta a probabilidade de efetuar a compra&rdquo;, acredita Natan Sztamfater, S&oacute;cio-Diretor da ag&ecirc;ncia CookieWeb, em entrevista ao Mundo do Marketing.<br /> <br /> <img align="left" alt="" src="https://z7p855.p3cdn1.secureserver.net/images/materias/bymk_look1.jpg" />Redes sociais como o <a target="_blank" href="http://www.bymk.com.br/">byMK</a> tamb&eacute;m utilizam o conceito, mesmo n&atilde;o realizando vendas. No site, os usu&aacute;rios cadastrados podem trocar informa&ccedil;&otilde;es sobre marcas de moda e seus produtos. A intera&ccedil;&atilde;o gerada a partir da rede acaba por influenciar a decis&atilde;o de compra dos consumidores.<br /> <br /> <strong>Caminho de decis&atilde;o para a compra</strong><br /> Aproveitando a oportunidade de mercado, o <a target="_blank" href="http://my.frugar.com.br/#">Frugar</a> nasceu para dar espa&ccedil;o aos internautas que desejam discutir sobre produtos e servi&ccedil;os. &ldquo;Vimos que na internet n&atilde;o havia um lugar onde as pessoas pudessem fazer essa troca de forma mais direta. Nas redes sociais como Orkut e Facebook, as informa&ccedil;&otilde;es se perdem, j&aacute; que o conte&uacute;do n&atilde;o &eacute; espec&iacute;fico&rdquo;, ressalta Rodrigo Waissman, Diretor de Marketing do Frugar.<br /> <br /> No site lan&ccedil;ado em novembro de 2010, os usu&aacute;rios encontram resenhas feitas pelos pr&oacute;prios internautas, o que acaba dando uma percep&ccedil;&atilde;o de confian&ccedil;a aos consumidores. Mesmo que a opini&atilde;o seja de um desconhecido, ela acaba sendo levada em conta porque o cliente se identifica com o contexto do outro, que entende a sua necessidade.<br /> <br /> Apesar de n&atilde;o ser um canal de venda direto, o Frugar disponibiliza ainda uma busca por produtos que apresenta os pre&ccedil;os para que o cliente decida em que varejista online deseja comprar. &ldquo;Nossa preocupa&ccedil;&atilde;o &eacute; oferecer ao nosso usu&aacute;rio todo o caminho da decis&atilde;o de compra. Desde a consulta a amigos, passando pela concretiza&ccedil;&atilde;o e, depois, podendo falar se ficou satisfeito ou n&atilde;o&rdquo;, relata Waissman.<br /> <br /> Os exemplos mostram que o Social Commerce tende a ser um caminho sem volta. Basta que as marcas saibam unir ferramentas de m&iacute;dia social &agrave; venda. &ldquo;H&aacute; 10 anos, quem mandava era a ind&uacute;stria. Depois foi a vez do varejista. Agora, o poder est&aacute; na m&atilde;o do consumidor. Se ele fala que n&atilde;o gosta, a repercuss&atilde;o &eacute; muito f&aacute;cil de ser ouvida. As oportunidades de neg&oacute;cio est&atilde;o para as empresas que conseguirem capturar essas informa&ccedil;&otilde;es e mostr&aacute;-las de um jeito f&aacute;cil e interessante&rdquo;, diz o S&oacute;cio-Fundador do Busca Descontos.</p>
Social Commerce, a onda do momento
31 de março de 2011
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