<p>O segmento de material de constru&ccedil;&atilde;o europeu j&aacute; est&aacute; estabilizado h&aacute; muitos anos e conta com um fator important&iacute;ssimo: o europeu tem o h&aacute;bito de fazer bricolagem e realizar, ele mesmo, pequenos reparos e reformas em sua casa, diferentemente do brasileiro que mal sabe pregar um quadro. No Brasil, o segmento vem fazendo um esfor&ccedil;o para demonstrar ao consumidor que &eacute; muito simples pintar uma parede, consertar uma gaveta desmontada, lixar e envernizar um m&oacute;vel e construir a imagem de que os trabalhos manuais s&atilde;o uma maneira r&aacute;pida e econ&ocirc;mica de embelezar a sua casa, sendo tamb&eacute;m um excelente hobby e, portanto, uma ferramenta para tirar o estresse.</p> <p>Enquanto o h&aacute;bito da bricolagem ainda n&atilde;o est&aacute; instalado no Brasil, o segmento deveria trabalhar muito com informa&ccedil;&atilde;o na m&iacute;dia, no PDV e capacita&ccedil;&otilde;es r&aacute;pidas dos consumidores para realiza&ccedil;&atilde;o de pequenos trabalhos dom&eacute;sticos.&nbsp; Por&eacute;m, apesar dos avan&ccedil;os, essa ainda n&atilde;o &eacute; uma pratica nacional. O que percebemos quando vamos para as lojas, com a exce&ccedil;&atilde;o das grandes lojas como Leroy Merlin, C&amp;C, Telhas Norte e outras que j&aacute; est&atilde;o mais estruturadas em termos de comunica&ccedil;&atilde;o &eacute; que a maioria do segmento est&aacute; longe de perceber a import&acirc;ncia da comunica&ccedil;&atilde;o, do merchandising, da gest&atilde;o por categoria e da informa&ccedil;&atilde;o ao consumidor no PDV.</p> <p style="text-align: center"><img alt="Show do Material de Constru&ccedil;&atilde;o Europeu &ndash; 1&ordf; parte" src="/images/materias/sim_terra_matconst1.jpg" /></p> <p>Castorama, das lojas Europ&eacute;ias, &eacute; no meu ponto de vista uma das redes que melhor se comunica com o consumidor, ela d&aacute; um show de informa&ccedil;&atilde;o, simplifica&ccedil;&atilde;o e tr&aacute;s o tempo inteiro solu&ccedil;&otilde;es para os problemas e d&uacute;vidas do consumidor. Por exemplo, vejam nesta fotos (acima) como ela explica de maneira bem did&aacute;tica para que serve cada parafuso e bucha. Assim ela faz com diversos segmentos: pintura de paredes, m&oacute;veis, escolha dos tipos de lixa etc. Ela trabalha o tempo inteiro em parceria com a Ind&uacute;stria deixando-os comunicarem em seus PDVs como escolherem e utilizarem os produtos.</p> <p>E os fabricantes do segmento na Europa, como sabem da necessidade da informa&ccedil;&atilde;o na hora da compra, colocam v&iacute;deos, luminosos, displays, banners e v&aacute;rios tipos de comunica&ccedil;&atilde;o para ajudar o consumidor a definir sua escolha, como por exemplo, como selecionar e o que levar em considera&ccedil;&atilde;o na hora de comprar uma antena ou um cofre! Ningu&eacute;m sabe como comprar um cofre antes de haver comprado seu primeiro cofre. Os consumidores precisam deste tipo de informa&ccedil;&atilde;o para realizar suas escolhas.</p> <p>Como comentado acima, no caso de uma pessoa ir comprar um parafuso, a falta de informa&ccedil;&atilde;o muitas vezes a leva a comprar o produto errado. Imagina voc&ecirc; chegar em casa, pendurar um espelho e ele cair no ch&atilde;o por causa do parafuso errado! A falta de informa&ccedil;&atilde;o gera uma m&aacute; experi&ecirc;ncia de compra e de utiliza&ccedil;&atilde;o, sem contar que faz um estrago em sua parede. Pode acontecer a mesma coisa com uma tinta. O consumidor compra um tipo inadequado a sua necessidade e n&atilde;o obt&eacute;m o resultado desejado. Todas essas experi&ecirc;ncias de compra desagrad&aacute;veis geram sensa&ccedil;&atilde;o de incapacidade e podem gerar inclusive rejei&ccedil;&atilde;o &agrave;s marcas, mas o pior &eacute; que faz com que reafirmem que para servi&ccedil;os deste tipo &eacute; melhor pagar ao porteiro ou a um profissional para que ele seja bem realizado. Mais uma vez, muitas vezes sofrem nas m&atilde;os dos pseudo-especialistas!</p> <p>Ent&atilde;o acredito que o grande aprendizado do segmento no Brasil &eacute; prestar aten&ccedil;&atilde;o em tr&ecirc;s fatores, visto que algumas redes nacionais j&aacute; est&atilde;o come&ccedil;ando a oferecer e isso n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel de ser feito por todo tipo de loja, s&atilde;o eles: informa&ccedil;&atilde;o de v&aacute;rias formas, merchandising para tornar os produtos vis&iacute;veis e atrativos e profissionalismo no atendimento. O que o consumidor espera dos vendedores nas lojas de materiais de constru&ccedil;&atilde;o e home center &eacute; que eles sejam mini-consultores, para esclarecer d&uacute;vidas, fazer sugest&otilde;es e explicar como utilizar os produtos, sem contar que estejam dispon&iacute;veis no PDV, pois em algumas lojas &eacute; dif&iacute;cil encontrar um vendedor livre para acompanhar os consumidores em suas compras.</p> <p>Neste caso, mais uma vez, &eacute; muito importante que o varejo trabalhe com a ind&uacute;stria para facilitar a vida dos consumidores. Vamos informar, atrair e tornar nossas lojas de material de constru&ccedil;&atilde;o mais agrad&aacute;veis para o consumidor!</p> <p>Na pr&oacute;xima mat&eacute;ria falarei das tend&ecirc;ncias Europ&eacute;ias no segmento. At&eacute; l&aacute;!</p>
Show do Material de Construção Europeu ? 1ª parte
13 de novembro de 2009