Sem solução para a crise, otimismo de empresários continua baixo 27 de abril de 2016

Sem solução para a crise, otimismo de empresários continua baixo

         

Índice chega a -13%, apenas um ponto percentual acima do apurado no trimestre anterior, segundo pesquisa Internacional Business Report, realizada pela Grant Thornton

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O otimismo do empresariado brasileiro continua a registrar patamares muito baixos, chegando ao índice de -13%, apenas um ponto percentual acima do apurado no trimestre anterior, de acordo com a pesquisa Internacional Business Report, realizada no primeiro trimestre de 2016, pela Grant Thornton.

O Brasil ocupa a 11ª posição entre 36 países no ranking de otimismo. O cenário incerto, tanto na perspectiva política quanto na econômica, leva a estas expectativas. A possível resposta é um aumento dos investimentos estrangeiros em ativos no Brasil como também uma propensão maior das empresas em se estruturar internamente para gerenciar a expectativa menos otimista do desempenho da economia, em termos de melhoria dos processos para ganho de eficiência e controles custos e gestão do fluxo de caixa.

Ainda de acordo com a pesquisa, a expectativa de rentabilidade das empresas caiu consideravelmente em relação ao último trimestre, passando de 39% para 27%, registrando queda de -12 pontos percentuais tanto no trimestre quanto no ano. Os empresários estão pessimistas também quanto à expectativa de encomendas: 45% deles esperam por redução na demanda nos próximos 12 meses, índice seis pontos percentuais mais alto em relação ao último trimestre.

Na variação trimestral, o estudo registra queda no índice de empresários que consideram o custo da energia o principal entrave para os negócios. O percentual saiu de 57% para 51%, sendo que o Brasil é o segundo país que mais espera gastar com este recurso no próximo ano, ficando atrás apenas da Turquia por um ponto percentual. O crédito é outro fator preocupante. O empresariado espera redução na oferta de crédito no futuro próximo. A percepção sobre a escassez de recurso passou de 25% para 34%, configurando o pior índice desde o primeiro trimestre de 2012.

A pesquisa mostra também a queda na expectativa de investimentos em áreas fundamentais para o desenvolvimento econômico como a de pesquisa e desenvolvimento, que passou de 33% para 20%, e aquisição de máquinas e equipamentos, que baixou 13 pontos percentuais. Os índices considerados pessimistas afetam também os colaboradores. A expectativa para os próximos 12 meses em aumentar salários acima da inflação foi de apenas 4%, quarto menor dentre os 36 países avaliados.

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A prioridade para o ano segue focada em gerir adequadamente a produção versus a expectativa de vendas, que continua baixa, e oportunidades de anúncios como força de vendas.  Segundo 54% dos entrevistados, os investimentos nos próximos 12 meses serão prioritariamente direcionados ao aumento da força de vendas; 47% apostarão mais no incentivo à produção e 21% no investimento em marketing.

Pesquisa, Grant Thornton, Ranking, Otimismo empresarial


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