Ninguém discorda de que a tecnologia move o mundo e será cada vez mais relevante para a economia. É de esperar, portanto, que os profissionais dessa área sejam valorizados. No Brasil, os profissionais de tecnologia têm salários acima da média. Mas isso não quer dizer que todas as atividades e serviços nesse campo ofereçam salários no mesmo nível. Nem que todas as regiões e empresas paguem de forma equivalente.
Uma pesquisa feita pela Revelo apontou que a função mais bem remunerada dentro da área de tecnologia é a dos Desenvolvedores, por exemplo. Esses profissionais lideram o ranking recebendo R$ 6.400 mensais em média. Já os analistas de Marketing Digital ganham R$ 4.588 em média. A carreira de Business Intelligence recebe R$ 6.241, seguida pelo profissional de Design UX/UI, com R$ 5.466.
As diferenças salariais não se encontram apenas na função do profissional, mas também na cidade onde ele atua. Para desenvolvedores, São Paulo é a cidade que mais valoriza o profissional. A média na capital paulista é de R$ 6.721,69, enquanto a última do ranking para essa função, Belo Horizonte, paga R$ 5.528,42.
Marketing Online tem destaque no Rio de Janeiro, que paga aos profissionais da área mais de R$ 5.000,00, enquanto a média salarial da carreira não ultrapassa os R$ 4.700,00. São Paulo e Belo Horizonte ocupam uma faixa coerente com a remuneração específica dessa carreira, sem abrir um gap muito grande. Outras localidades brasileiras ainda estão muito atrás em Marketing Online, pagando abaixo dos R$ 4.000,00 para os especialistas do setor.
Na comparação com a média salarial de profissionais com Ensino Superior no Brasil, a única função cuja remuneração fica abaixo é a de Marketing Online (R$ 4.588,00). Em todo o país, profissionais assalariados com graduação recebem, em média, R$ 5.349,89, ou seja, cerca de 15% a mais do que os profissionais de Marketing Online. A média das quatro carreiras mais mencionadas nas ofertas salariais em tecnologia é de R$ 5.686,75. Na comparação com profissionais de Nível Superior de todas as áreas no país, os talentos da tecnologia levam a melhor por 9,5%.
É interessante considerar que os níveis salariais mencionados aqui se referem a um ano em que o Brasil estava acabando de sair de uma crise grave e recuperando-se timidamente na criação de empregos. Mas a perspectiva agora é mais positiva. Conforme a edição de 14 de fevereiro do boletim Focus, que reúne as expectativas e estimativas de economistas e do Banco Central, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 2,7% neste ano e 3% em 2019.
O estudo levou em consideração dados relacionados a nove mil ofertas de emprego e 100 mil candidatos registrados na plataforma em 2017 e analisou salários e comparações entre as principais regiões do Brasil.
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