<p><strong class="titulomateria">Ricardo Eletro investe R$ 50 mi para entrar no Rio</strong></p> <p>Por Bruno Mello<br /> <a href="mailto:[email protected]">[email protected]</a></p> <p>A rede Ricardo Eletro est&aacute; fincando a sua bandeira no Rio de Janeiro. At&eacute; o fim de 2008, a maior varejista de Minas Gerais ter&aacute; pelo menos 40 pontos-de-venda em todo o estado. Em dois anos, a rede que vende eletrodom&eacute;sticos, m&oacute;veis, celulares e servi&ccedil;os financeiros pretende chegar a 100 lojas no Rio mantendo o seu posicionamento agressivo em pre&ccedil;o baixo.</p> <p>A Ricardo Eletro est&aacute; investindo R$ 20 milh&otilde;es nesta expans&atilde;o. Outros R$ 30 milh&otilde;es ser&atilde;o aplicados em publicidade. Grande parte das lojas &eacute; heran&ccedil;a da compra da rede Dan&uacute;bio, que havia adquirido a Arapu&atilde;. No Brasil, a varejista tem 240 lojas e deve fechar o ano com um faturamento de R$ 2 bilh&otilde;es, com meta que o Rio represente 20% neste bolo. Todos os 14 PDVs abertos at&eacute; maio ser&atilde;o lojas de rua. A primeira em shopping ser&aacute; no Ilha Plaza.</p> <p>A estrat&eacute;gia de Marketing para o novo mercado n&atilde;o muda. &Eacute; negociar com o fabricante para ter o menor pre&ccedil;o, manter a filosofia de opera&ccedil;&atilde;o com custo m&iacute;nimo e gritar na m&iacute;dia e no ponto-de-venda para conquistar clientes das classes A, B e C. &ldquo;A oferta &eacute; o nosso grande neg&oacute;cio&rdquo;, afirma Ricardo Nunes, presidente da empresa, em entrevista ao Mundo do Marketing. &ldquo;Temos registro assinado no cart&oacute;rio que nos obriga a cobrir as ofertas da concorr&ecirc;ncia&rdquo;, conta D&eacute;bora Talita, Gerente de Marketing da rede.</p> <p><span class="subtitulomateria">Se o produto &eacute; igual, consumidor privilegia o pre&ccedil;o</span><br /> O mix de produtos e de lojas &eacute; diversificado. Vai desde o varejo tradicional, passando por lojas conceito e megastore at&eacute; a lojas de desconto. Em parceria com o HSBC, a rede oferece servi&ccedil;os financeiros e parcela as compras em carn&ecirc; com opera&ccedil;&atilde;o da Losango dentro do ponto-de-venda, que tem at&eacute; uma revista customizada mostrando os produtos.</p> <p><img class="foto_laranja_materias" title="Ricardo Eletro investe R$ 50 mi para entrar no Rio" height="329" alt=" " hspace="6" width="250" align="left" vspace="2" border="0" src="images/materias/ricardo_nunes_eletro.jpg" />A grande aposta da rede &eacute; mesmo no pre&ccedil;o baixo. &ldquo;Todos os varejistas t&ecirc;m os mesmos produtos, as mesmas marcas e o que vai fazer diferen&ccedil;a para o consumidor &eacute; o pre&ccedil;o&rdquo;, explica Ricardo Nunes (foto). O modelo de neg&oacute;cio aposta na escala para ter as melhores ofertas. A meta &eacute; sempre comprar grande parte da produ&ccedil;&atilde;o de um produto e, com isso, fazer o pre&ccedil;o cair ao m&aacute;ximo. &ldquo;N&atilde;o h&aacute; mist&eacute;rio. Se tem um microondas sendo vendido a R$ 299, negociamos com o fabricante para nos vender o m&aacute;ximo de pe&ccedil;as poss&iacute;vel com um pre&ccedil;o de R$ 199&rdquo;, diz o presidente da empresa.</p> <p>Ainda que o pre&ccedil;o seja o grande diferencial da rede, o relacionamento com o cliente &eacute; um dos principais focos. Em todas as lojas h&aacute; uma central t&eacute;cnica que auxilia o consumidor em caso de defeito nos produtos. &Agrave;s vezes, os funcion&aacute;rios v&atilde;o at&eacute; a ind&uacute;stria trocar um modelo fora de linha ou trocam por um novo.</p> <p><span class="subtitulomateria">Pre&ccedil;o, com&eacute;rcio eletr&ocirc;nico e hist&oacute;ria da rede<br /> </span>No quesito promo&ccedil;&atilde;o, a Ricardo Eletro n&atilde;o dispensa a publicidade. &ldquo;Pelo contr&aacute;rio, brigo por mais verbas de m&iacute;dia&rdquo;, ressalta Nunes. &ldquo;Acredito muito em publicidade. Varejo &eacute; an&uacute;ncio. N&atilde;o adianta ter loja boa, produto bom, pre&ccedil;o bom, se n&atilde;o anunciar&rdquo;, completa o executivo.</p> <p>A entrada no Rio de Janeiro tamb&eacute;m ser&aacute; estrat&eacute;gica para aumentar as vendas pela Internet. Antes mesmo de concluir a transfer&ecirc;ncia do centro de distribui&ccedil;&atilde;o do Esp&iacute;rito Santo para o Rio at&eacute; o fim do ano, a entrega das compras on-line j&aacute; s&atilde;o feitas sem cobrar frete. Segundo o presidente da Ricardo Eletro, o canal virtual &eacute; a sua melhor opera&ccedil;&atilde;o. S&oacute; n&atilde;o &eacute; a maior porque ainda n&atilde;o estava no Rio e est&aacute; apenas no interior de S&atilde;o Paulo, dois dos maiores mercados do com&eacute;rcio eletr&ocirc;nico.</p> <p>A Ricardo Eletro come&ccedil;ou numa loja de 20m<sup>2</sup> quando o seu fundador tinha 18 anos na cidade de Divin&oacute;polis, interior de Minas. Na &eacute;poca, os produtos mais vendidos eram ursos de pel&uacute;cia. &ldquo;No in&iacute;cio, pegava o dinheiro da venda do urso de pel&uacute;cia, comprava geladeira e vendia abaixo do pre&ccedil;o&rdquo;, conta Ricardo. Hoje, a varejista &eacute; a quarta maior do Brasil. Est&aacute; presente no Distrito Federal, Bahia, Esp&iacute;rito Santo, Sergipe, Alagoas, Minas, interior de S&atilde;o Paulo e em Goi&aacute;s, onde adquiriu a rede Mig.</p>
Ricardo Eletro entra no Rio e investe R$ 50 mi
27 de março de 2008