<p>Como o mercado de luxo se posiciona diante do seu p&uacute;blico? Como falar com um target refinado que busca a diferencia&ccedil;&atilde;o e a exclusividade? Para uma comunica&ccedil;&atilde;o efetiva e eficaz &eacute; preciso primeiro definir certas quest&otilde;es como qual &eacute; o p&uacute;blico? Como quero ating&iacute;-lo? E qual dos meus produtos &eacute; classificado nesta categoria? Sem estabelecer estas diretrizes, n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel saber a mensagem e nem o posicionamento que a marca deve tomar.</p> <p>As marcas mais luxuosas t&ecirc;m procurado se adaptar a esse perfil de consumidor a fim de torn&aacute;-lo mais pr&oacute;ximo. A linguagem usada &eacute; diferente, pois o cliente deste segmento n&atilde;o quer aquilo que &eacute; comum. Eles buscam algo &uacute;nico. &ldquo;A presen&ccedil;a dessas marcas em editoriais tem muita mais import&acirc;ncia do que an&uacute;ncios em revistas&rdquo;, diz Rafael Sampaio, Vice Presidente da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Anunciantes.</p> <p>Quem entendeu como fazer isso foi a Daslu, embora at&eacute; a&nbsp;um tempo atr&aacute;s a&nbsp;marca n&atilde;o tivesse um trabalho de posicionamento no mercado. Em sua loja n&atilde;o havia vitrine, mas vendia tudo o que muitas n&atilde;o tinham, como produtos da marca Chanel. Um ponto forte &eacute; que a Daslu sempre soube qual era o seu p&uacute;blico, entendia o estilo de vida das mulheres de S&atilde;o Paulo de maneira &uacute;nica como nenhuma outra loja conseguia capturar, mas n&atilde;o se posicionava para ela.</p> <p style="text-align: left"><strong>Ess&ecirc;ncia da marca<img alt="Revistas como forma de atingir o consumidor do luxo" align="right" style="width: 206px; height: 268px" src="/images/materias/daslu-revista.jpg" /></strong><br /> A marca iniciou ent&atilde;o uma estrat&eacute;gia para se expressar de forma pertinente e diferente. Em vez de fazer um cat&aacute;logo tradicional, semelhante aos que fazem a maior parte das lojas, a Daslu criou uma revista mostrando a sua cara, contando sobre o que acredita, promovendo o seu estilo.</p> <p>A publica&ccedil;&atilde;o &eacute; distribu&iacute;da para 40 mil clientes especiais e traz assuntos de moda, mostra quem s&atilde;o as pessoas que fazem a marca e tem como id&eacute;ia principal humanizar a rela&ccedil;&atilde;o com seus consumidores. &ldquo;Isso faz com que quem &eacute; parecido com aquilo se sinta atra&iacute;do e queira se aproximar da marca&rdquo;, explica Fernando Luna, S&oacute;cio-diretor Editorial da Trip, durante o IV F&oacute;rum de Comunica&ccedil;&atilde;o Integrada de Marketing, promovido pela ABA.</p> <p>Outro modelo de sucesso para se comunicar com o consumidor do luxo &eacute; a revista do Shopping Cidade Jardim, tamb&eacute;m produzida pela Trip. O centro de compras tinha como objetivo se posicionar de forma diferente de seus concorrentes at&eacute; ent&atilde;o, como o Shopping Iguatemi e at&eacute; o Shopping Morumbi, ambos os que conseguiam atrair este p&uacute;blico, al&eacute;m da Daslu. A distin&ccedil;&atilde;o em rela&ccedil;&atilde;o aos demais come&ccedil;ou pela arquitetura.</p> <p><strong><img alt="Revistas como forma de atingir o consumidor do luxo" align="left" width="200" height="252" src="/images/materias/cidade-jardim-revista(1).jpg" />Modelo de diferencia&ccedil;&atilde;o</strong><br /> O Cidade Jardim &eacute; aberto e conta com luz e vegeta&ccedil;&atilde;o natural, lembrando shoppings americanos. Outro diferencial &eacute; o seu portf&oacute;lio que conta com lojas refinadas como Chanel, Tiffany e Rolex. O shopping tamb&eacute;m tem lojas como a Zara e o sorvete Mil Frutas, por entender que luxo n&atilde;o &eacute; s&oacute; aquilo que &eacute; caro e tem marca conhecida, mas sim o que &eacute; de qualidade.</p> <p>O&nbsp;estabelecimento utiliza a revista para ajudar na constru&ccedil;&atilde;o da imagem de exclusividade. A id&eacute;ia &eacute; fazer com que o target saiba com quem est&aacute; falando, mostrar qual a cara do shopping e fazer com que o p&uacute;blico se identifique. Os personagens da revista ajudam neste posicionamento. Em uma de suas edi&ccedil;&otilde;es, a publica&ccedil;&atilde;o trouxe Luiz Felipe D&rsquo;&Aacute;vila, s&oacute;cio da Casa do Saber, que falou sobre a necessidade da elite brasileira de se engajar nas quest&otilde;es sociais do pa&iacute;s. O entrevistado fala isso para o p&uacute;blico direto, para a elite, que s&atilde;o os consumidores das marcas que est&atilde;o no shopping.</p> <p>Outro exemplo &eacute; o da Dufry. Como n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel fazer nenhum tipo de comunica&ccedil;&atilde;o de massa, pois depende do cliente que viaja, a&nbsp;empresa procura dialogar com o seu consumidor. Sua revista&nbsp;vai al&eacute;m de comunicar os produtos. A publica&ccedil;&atilde;o mostra rostos conhecidos no mundo inteiro como Julia Roberts e Geoge Clooney contando sobre suas experi&ecirc;ncias de viagens. &ldquo;Com a a&ccedil;&atilde;o, a Dufry deixa de ser uma loja que vende muitos produtos e passa a ter algo sobre cultura&rdquo;, completa Luna.<br /> &nbsp;</p>
Revistas como forma de atingir o consumidor do luxo
21 de dezembro de 2010
![](https://z7p855.p3cdn1.secureserver.net/wp-content/uploads/2022/11/revista-luxo_foto1.jpg?time=1722046150)