<p>As redes sociais est&atilde;o ocupando cada vez mais a aten&ccedil;&atilde;o dos internautas brasileiros e tirando o espa&ccedil;o dos sites de conte&uacute;do adulto. Segundo um levantamento da Hitwise realizado durante 12 semanas no Brasil, 4% das pessoas que acessam a internet procuram sites de conte&uacute;do adulto, enquanto que nos EUA o n&uacute;mero &eacute; quase o dobro, 7%.</p> <p>Esse &eacute; um dos resultados apresentados por Bill Tancer, CEO da ag&ecirc;ncia e especialista em comportamento on-line, al&eacute;m de autor do livro &ldquo;Click: o que milh&otilde;es de pessoas est&atilde;o fazendo on-line e porque isso &eacute; importante&rdquo;, lan&ccedil;ado no pa&iacute;s pela Editora Globo. O executivo esteve no Brasil esta semana apresentando as conclus&otilde;es do estudo, que elaborou um ranking com os 10 sites mais visitados no Brasil.</p> <p>O Google domina a lista, ocupando as quatro primeiras posi&ccedil;&otilde;es com Google Brasil em primeiro, seguido por Orkut, Google.com e YouTube. Tamb&eacute;m reaparece em sexto, com o Google Images. A boa coloca&ccedil;&atilde;o do Orkut no Brasil refor&ccedil;a a tese do executivo de que o crescimento de redes sociais est&aacute; fazendo com que visitas a portais com conte&uacute;do pornogr&aacute;fico estejam em queda. A estimativa &eacute; de&nbsp;que os sites de relacionamento sejam respons&aacute;veis por 62% do tr&aacute;fego da internet no Brasil.</p> <p><strong><img alt="" align="left" width="200" height="133" src="/images/materias/billtancer.jpg" />&ldquo;As a&ccedil;&otilde;es falam mais alto do que as palavras&rdquo;</strong><br /> Nos Estados Unidos, as redes sociais tamb&eacute;m provocaram uma baixa na audi&ecirc;ncia de sites adultos, que j&aacute; chegou a atrair 16% dos internautas locais. Segundo a companhia, desde 2007 a audi&ecirc;ncia desse tipo de conte&uacute;do tem ca&iacute;do nos pa&iacute;ses que a empresa atua, mas costuma crescer no inverno.</p> <p>&ldquo;O comportamento do internauta muda a cada dia. Os profissionais de Marketing precisam estar mais atentos a isso. A Internet d&aacute; muitas informa&ccedil;&otilde;es valiosas sobre o consumidor&rdquo;, aponta Bill Tancer&nbsp;(foto), para quem &ldquo;Se as a&ccedil;&otilde;es falam mais alto que as palavras, verifiquemos os cliques&rdquo;.</p> <p>Segundo o executivo, &eacute; preciso ter cuidado para manter a privacidade dos usu&aacute;rios, n&atilde;o coletando dados individuais sobre nenhum usu&aacute;rio, mas sim observando padr&otilde;es ao analisar uma grande quantidade de internautas. O anonimato ou falta de contato pessoal tamb&eacute;m podem ser uma oportunidade para as&nbsp;empresas que vendem produtos e solu&ccedil;&otilde;es que envolvem emo&ccedil;&otilde;es delicadas. &ldquo;&Eacute; mais f&aacute;cil atrair o consumidor que tem vergonha de adquirir determinado produto na internet do que em uma loja f&iacute;sica&rdquo;, explica.</p> <p><strong>Diferen&ccedil;as entre consumidor off-line e on-line diminuem cada vez mais</strong><br /> A liberdade na internet tamb&eacute;m abre espa&ccedil;o para o consumidor tomar mais coragem e acabar denegrindo a imagem da empresa, esteja ele com a raz&atilde;o ou n&atilde;o. Para combat&ecirc;-la, Tancer defende um di&aacute;logo um-a-um no ambiente virtual. &ldquo;&Eacute; preciso responder ao m&aacute;ximo cada consumidor que entra em contato com a empresa atrav&eacute;s da internet&rdquo;, recomenda.</p> <p>As diferen&ccedil;as do consumidor off-line e on-line, no entanto, estariam ficando cada vez mais complexas de&nbsp;mensurar &agrave; medida que mais usu&aacute;rios adentram o espa&ccedil;o, fazendo com que o&nbsp;seu comportamento no mundo f&iacute;sico se refletisse no mundo virtual. Um exemplo &eacute; o dado de que o fluxo de visitas aos sites de conte&uacute;do adulto cai aos domingos, dia de comparecer &agrave; igreja.</p> <p>A pesquisa tamb&eacute;m atesta um aumento na procura por informa&ccedil;&otilde;es sobre a gripe su&iacute;na em buscadores, que apresentou um&nbsp;crescimento de 314% entre 27 de junho a 22 de agosto ao mesmo tempo em que o assunto ocupava cada vez mais espa&ccedil;o na imprensa nacional.&nbsp; A procura por dietas para perda de peso tamb&eacute;m chamou a aten&ccedil;&atilde;o, teve alta de 76% no per&iacute;odo.</p> <p>Atualmente, o Hitwise fornece informa&ccedil;&otilde;es sobre a intera&ccedil;&atilde;o de 90 mil pessoas em 60 mil websites no Brasil. O Hitwise possui cerca de 1.500 clientes no mundo e est&aacute; presente nos seguintes pa&iacute;ses: Estados Unidos, Reino Unido, Canad&aacute;, Austr&aacute;lia, Nova Zel&acirc;ndia, Cingapura e Hong Kong.&nbsp;</p> <p>Veja o ranking dos sites mais acessados no Brasil:</p> <p><strong>1&ordm;</strong>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Google Brasil<br /> <strong>2&ordm;&nbsp;&nbsp; </strong>&nbsp; Orkut<br /> <strong>3&ordm;&nbsp; </strong>&nbsp;&nbsp; Google<br /> <strong>4&ordm;&nbsp; </strong>&nbsp;&nbsp; YouTube<br /> <strong>5&ordm;&nbsp; </strong>&nbsp;&nbsp; Window Live Mail<br /> <strong>6&ordm;&nbsp; </strong>&nbsp;&nbsp; Google Image<br /> <strong>7&ordm;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </strong>Globoesporte<br /> <strong>8&ordm;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </strong>Globo<br /> <strong>9&ordm;</strong>&nbsp;&nbsp; &nbsp; UOL<br /> <strong>10&ordm;</strong>&nbsp; &nbsp;MSN Brasil</p>
Redes sociais são responsáveis por 62% do tráfego na internet brasileira
4 de setembro de 2009