Redes sociais: Revolução tecnológica ou de comportamento? 12 de agosto de 2013

Redes sociais: Revolução tecnológica ou de comportamento?

         

Revolução posta, comportamentos novos! Os empresários e gestores precisam buscar conhecer o que é novo e que dá sinais de interferência na Organização

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Já pararam para pensar? Em toda e qualquer Revolução, as principais questões são resolvidas quando a análise se volta ao comportamento humano – estou cada vez mais certa disto. Outro ponto que acaba sempre sendo reforçado em diversos aspectos, corporativos ou pessoais, é que a alternativa para adoção, desenvolvimento ou educação de um novo conceito ou regra, normalmente passa pela necessidade de aplicação da palavrinha mágica: Planejamento. A Revolução a qual estou falando é a da Informação e também a de seu fruto, a revolução da Colaboração. Como lidar com as mudanças de comportamento geradas pelo acesso à tecnologia e com as implicações de seu uso no ambiente de trabalho, por exemplo?

Em um mundo conectado, integrado, interativo e de grande mobilidade, algumas muitas empresas estão ainda discutindo se liberam ou não o acesso às redes sociais aos seus colaboradores. Ótima discussão, pois um grande grupo daquelas que bloqueiam os acessos, diretamente e sem análises, ainda existe. O que normalmente acontece é que, na dúvida, sem conhecimento sobre o que fazer e sobre as implicações da Revolução, o empresário determina o bloqueio. Posso dizer que o resultado é superficial, não educativo e não sustentável, além de incoerente e desmotivador. Bloqueios podem acabar sendo burlados e existem “sisteminhas” para isto. Não que seja uma atitude legal, do ponto de vista jurídico, mas normalmente é o resultado que se tem. Não sou a favor de abrir livremente, mas da liberação com procedimentos e regras claras, da educação e treinamento e de se conversar sobre o assunto antes de ter que corrigi-lo e tratá-lo.

Como cobrar transparência de um colaborador se não se pratica transparência? E, indo mais adiante, enquanto empresas discutem liberação de acesso, outras, à frente, discutem uma questão ainda maior: BYOD (Bring Your Own Device) ou Consumerização – conceitos que significam a permissão de uso de “devices” (dispositivos) como smartphones, tablets e notebooks pessoais no ambiente empresarial, mas que tem várias implicações que se estendem além deste artigo. Vamos lá: pensemos sempre no todo e de forma ampla. Estas questões envolvem outras: a produtividade dos trabalhadores, leis trabalhistas (também pelo contrário: o uso de informação e/ou device de trabalho em horários e dias de folga, podendo vir a caracterizar hora-extra); envolve a Segurança da Informação empresarial, que passa a ficar disponível nos dispositivos, entre outras. São questões complexas, de amplo espectro e por isso devem ser tratadas de forma multidisciplinar, unindo todas as áreas envolvidas (jurídica, RH, TI, Endomarketing, etc) para PLANEJAR a construção do seu modelo.

Revolução posta, comportamentos novos! Os empresários e gestores precisam buscar conhecer o que é novo e que dá sinais de interferência na Organização. Precisam acompanhar rapidamente as mudanças e entender que os dispositivos e redes sociais fazem parte do mundo atual assim como o computador que ele usa ou a cadeira em que ele se senta. A evolução é inevitável e natural. As crianças, futuros colaboradores, chegarão às empresas tendo-os como parte de suas vidas diárias. As empresas ainda estarão bloqueando acessos?


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