Protestos têm pouco impacto em marcas patrocinadoras da Copa 20 de junho de 2013

Protestos têm pouco impacto em marcas patrocinadoras da Copa

         

Apesar de atrapalhar ações pontuais perto dos estádios e diminuir o espaço do evento na mídia, as manifestações não atrapalham as iniciativas das campanhas com o tema

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Protestos,manifestações,Copa,futebol,Fica,Coca-Cola,SonyOs protestos organizados em várias cidades do país apontam alguns motivos de insatisfação e a questão dos gastos públicos com a Copa do Mundo é um dos principais temas. Frases como “Não queremos estádios, queremos hospitais” e “Copa pra quem?” ganharam as ruas, a internet, e já fazem parte até de um movimento que defende a não ida dos torcedores aos jogos. O panorama é um ponto de alerta para os envolvidos na realização do evento e para as marcas patrocinadoras, que investem verbas e esforços para se associar à competição. Mas apesar de a situação precisar ser monitorada pelas empresas participantes, as manifestações estão tendo um impacto pequeno nas ativações das marcas durante a Copa das Confederações.

Os protestos atrapalham iniciativas pontuais perto dos locais das partidas, mas o efeito mais sentido é o espaço do evento na mídia, que foi reduzido. Os jogos continuam sendo divulgados, especialmente em veículos especializados em esportes, mas a atenção dos consumidores se voltou para os protestos. Por outro lado, as ações dentro dos estádios e no perímetro de dois quilômetros ao redor deles estipulado pela Fifa, as promoções, os concursos culturais e a publicidade continuam ocorrendo. “A exposição poderia ser maior nos noticiários, mas isso não chega a impactar nas ações das marcas como um todo”, opina Fábio Wolff, Sócio e Diretor da Wolff Sports & Marketing, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A Coca-Cola tem desenvolvido seus projetos e programas relacionados ao legado que pretende deixar para o Brasil após os eventos esportivos sem grandes alterações e, em comunicado oficial, defende que “manifestações públicas e pacíficas, como as que vêm ocorrendo em vários lugares do Brasil, fazem parte do processo democrático, que tem como característica a livre expressão de todos os pontos de vista”. A Sony, que também é parceira da Fifa, também não demonstra enfrentar problemas com as passeatas, já que postou uma foto de um protesto internacional em sua fanpage com a hashtag #mudabrasil, que tem sido usado nas reivindicações de simpatizantes dos movimentos no país. 

Protestos,manifestações,Copa,futebol,Fica,Coca-Cola,SonyDa mesma forma que a Copa das Confederações, a exposição das marcas na Copa do Mundo 2014 deve ocorrer normalmente. “Se essas manifestações continuarem, elas vão afetar o clima do evento, mas não a Copa em si porque a força de marca é muito grande. A competição deve ocorrer com estádios cheios, público animado e os patrocinadores da Fifa vão conseguir fazer suas ativações. A expectativa é de um grande evento, especialmente porque até lá podem ocorrer mudanças políticas e econômicas que façam a situação estar mais sob controle”, avalia Fábio Wolff.

A imagem mais afetada poderá ser a do próprio país, já que o noticiário internacional tem mostrado a insatisfação da população com o governo e divulgado dados que levantam questionamentos, como o fato de os gastos da Copa do Mundo terem sido de R$ 28 bilhões  até o momento, o que é praticamente o valor usado para a realização das Copas do Japão, Alemanha e África do Sul juntas. “O evento está envolvido nas manifestações, mas não é o foco. O governo é o alvo”, destaca o Sócio e Diretor da Wolff Sports & Marketing.

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As marcas Itaú, Oi, Seara e Sony foram procuradas, mas não se posicionaram até o fechamento da matéria.


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