Até pode parecer um anúncio de vaga de emprego, mas é a relação hoje demandada pela interação dos consumidores e as marcas. A busca é para que o consumidor (que faz vezes de usuário) possa ter a melhor experiencia possível com a marca. Que essa experiencia seja memorável e, obviamente, se converta em compras. Para isso, as empresas vêm desenvolvendo estratégias para melhoria na usabilidade de suas páginas de compra e investindo em sistemas mais responsivos.
A demanda por um sistema mais responsivo surge da necessidade de adaptar os conteúdos das páginas online para as telas dos celulares. Segundo a empresa App Annie (responsável pela análise de dados do segmento de aplicativos), houve um aumento de cerca de 7% (de 2020 em relação ao ano anterior) de aplicativos baixados em celulares. Chegando à marca de 218 bilhões de downloads e a um aumento de 20% no valor gasto dos consumidores com apps, chegando a US$ 143 bilhões. Daí vem a urgência de se criar conteúdos que possam ser adaptados aos celulares, sem a perda da otimização das buscas dentro do site e uma interface mais amigável.
A partir desses números mostrados, há alguma dúvida que as empresas tem de entender claramente os anseios desse consumidor e buscar uma melhor interação com eles? Acredito que não, né? A estratégia para o consumidor passa para a estratégia do consumidor, ou seja, a ótica muda.
A estratégia centralizada no consumidor não é necessariamente uma novidade, porém nos traz a necessidade de se entender quem é esse consumidor. Ele, hoje, é alguém que tem uma grande gama de informações sobre as empresas, têm acesso a comparadores de preços a um clique e buscam praticidade e rapidez nas mais diversas atividades de seu dia. O consumidor não mais aceita preencher cadastros longos e ter muita burocracia no momento de sua compra, sobretudo a online.
Segundo o Estudo global da empresa Barrilliance (empresa israelense especializada em customização de interfaces para e-commerce), cerca de 77% é a taxa média global de abandono de carrinho nas lojas virtuais. Esse dado é de 2020, ano em que somente no Brasil, o e-commerce cresceu mais de 70% em comparação com o ano de 2019. Como pode isso?
Se analisarmos de uma maneira otimista, temos uma oportunidade enquanto gestores de converter mais vendas e reter essa maioria de visitantes, os transformando em clientes. E para tal, algumas saídas possíveis como a melhoria da usabilidade dos aplicativos de lojas online, otimização de interfaces, melhorias nos mecanismos de busca, cadastros vinculados a contas Google, etc.
Percebemos também que apesar de termos uma grande taxa de abandono de carrinho, a pandemia firmou a modalidade de compra online como uma importante ferramenta de compras. Mas com o consumidor cada vez mais exigente e com o poder em suas mãos, trouxe um desafio às marcas. E nesse momento o termo de experiência do usuário (UX, termo em inglês que se refere a user experience) se faz bastante presente e necessário.
Entendemos como User Experience, todas as estratégias criadas para a melhoria da experiencia que um consumidor tem com uma marca, seja ela de serviço ou produto. Dessa maneira, podemos julgar que é uma estratégia focada totalmente no cliente e que precisa ser agradável para que este visitante do site ou app, se torne cliente de fato. Uma experiencia ruim pode gerar o abandono da compra, conforme falamos, mas também uma imagem bastante negativa para a marca no médio prazo.
Na semana do consumidor, nada melhor do que nos prepararmos para gerar ainda mais interação com os nossos leads (visitantes prospects que ainda não realizaram transações conosco), transformando os em clientes fiéis e para isso, dou algumas dicas:
– Invista na melhoria da experiencia do usuário em suas páginas do site, desde a Home até as páginas internas de finalização de compras;
– Invista em comunicação setorizada, impulsionando a campanha em mídias sociais e compras de links patrocinados;
– Crie landing pages atrativas para aumentar sua capacidade de captação de leads e conversão;
– Utilize seu banco de dados para direcionar promoções afins aos diferentes perfis de clientes cadastrados;
– Use diferentes plataformas para capturar esses clientes;
– Se preocupe com uma experiência do seu cliente no pós venda, pois dessa maneira será mais provável que ele volte a comprar em breve.
Hoje aquele anúncio do título teria uma verdadeira enxurrada de candidatos. Posso apostar que até você que está lendo esse artigo se encaixaria no perfil e por isso, cabe as empresas o entendimento rápido de que o poder está em outras mãos há um tempo. Esses são os novos colaboradores das empresas, participativos, questionadores, insatisfeitos, cheios de referências e ávidos por inovação. Cuide muito bem desse novo “ativo” da sua empresa e muito cuidado para que eles não peçam demissão tão cedo.
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