Primeira pesquisa do segmento do Luxo no Brasil 23 de maio de 2007

Primeira pesquisa do segmento do Luxo no Brasil

         

Primeira pesquisa do segmento do Luxo no Brasil

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<p><strong>Primeira pesquisa do segmento do Luxo no Brasil</strong></p><p>Por Carlos Ferreirinha* </p><p>No mês de Abril, nós da MCF Consultoria & Conhecimento apresentamos a primeira pesquisa sobre o Mercado do Luxo no Brasil, sendo esta, portanto, a primeira pesquisa do segmento na América Latina. O estudo foi realizado em parceria com a empresa alemâ GFK Indicator, o quarto maior instituto de pesquisa do mundo.<br />   <br />A pesquisa foi aplicada entre setembro de 2006 e janeiro de 2007 e teve a participação de 68 empresas nacionais e internacionais com operação no Brasil.</p><p>Com o objetivo de mensurar o tamanho do mercado do Luxo brasileiro, conhecer os investimentos realizados, perspectivas para 2007 e desenvolver uma cultura de coleta de dados e informações que auxiliem o gerenciamento profissional do mercado, minha empresa MCF se juntou à GfK Indicator nesta pioneira iniciativa na América Latina. </p><p>Nós traçamos o perfil das empresas do universo do Luxo do país, coordenamos os contatos com as empresas selecionadas e ajudamos na elaboração dos questionários utilizados para a pesquisa, que foi totalmente realizada através de um site exclusivo. A GfK ficou responsável pela metodologia e análise da pesquisa.</p><p>Como o comprometimento esteve presente durante toda a realização da pesquisa, as empresas participantes foram as primeiras a conhecerem os resultados e as análises referentes a esta pesquisa. </p><p>As empresas que participaram desta primeira pesquisa, em unanimidade, já demonstraram interesse na edição 2007/2008 e as empresas não respondentes já demostraram o desejo de participar da nova Pesquisa. Ou seja, a expectativa é de que haja um número ainda maior de participantes para esta próxima edição. A MCF e a GfK expandirão ainda esta iniciativa para Argentina, Chile e México, passando a ter a liderança na análise dos dados do setor na América Latina já neste ano de 2007/2008.</p><p>O mercado brasileiro para o Negócio do Luxo é muito promissor e ainda se encontra em fase embrionária. Quando comparado aos países também emergentes, como Rússia, Índia e China, o Brasil ocupa uma posição tímida. Esses países têm mantido taxas de crescimento que ultrapassam o percentual dos 45%. Mesmo assim, o crescimento do mercado do luxo em 2006 (17%) é significativo se comparado ao do PIB brasileiro (3,7%).</p><p>A constatação é que o Brasil ainda foi pouco explorado por empresas internacionais e que o cenário do negócio nacional, em sua grande parte, é “made in Brazil”, com 60% de empresas nacionais participantes.</p><p>Mas temos um outro lado também, o do Luxo brasileiro que começa a ganhar espaço fora dos limites territoriais, o que reforça a globalização do mercado e a evolução da qualidade dos produtos e serviços brasileiros, que ganham robustez num mercado tão competitivo. <br /> <br />O faturamento do mercado do Luxo em 2006 foi de US$ 3,9 bilhões, o que representa cerca de 1% do faturamento do mercado mundial e um crescimento de 32% se comparado ao ano anterior. No mesmo ano, o investimento brasileiro foi de US$ 680 milhões, 62% a mais que 2005. Deste total, 24% da verba foi alocada na área de comunicação e 20% na expansão do negócio. Assim como em outros paises, o perfil do executivo do negócio do Luxo ainda é predominantemente masculino, mas diferente do restante do mundo, o executivo de Luxo brasileiro é jovem. Aproximadamente 73% dos executivos têm entre 31 e 50 anos. Este dado coloca o Brasil em uma situação privilegiada de gerenciamento contemporâneo. </p><p>Outro resultado importante se refere às cidades que tiveram maior crescimento do negócio do Luxo. Só em São Paulo esse mercado cresceu 74% em 2006; no Rio, 32%; em Belo Horizonte e Porto Alegre, 21%; e Curitiba e Distrito Federal, 16%. Vale ressaltar que para os próximos anos cidades do Norte e Nordeste brasileiro começam a surgir como destinos de investimentos e crescimento.</p><p>Mas o grande inimigo da expansão e implantação do negócio do Luxo no Brasil, como não poderia deixar de ser, se deve à tributação. Entre todas as empresas, 70% consideram este o principal obstáculo e 44% têm dificuldade de importação e colocam este como o segundo maior entrave. Esses dois primeiros obstáculos que dominam a importância, sugerem uma reflexão profunda sobre passos e ações que as empresas que atuam no segmento precisam tomar perante aos órgãos oficiais. Os entraves tributários e alfandegários barram o crescimento e o vigor de uma atividade que tem mantido taxas de crescimento em faturamento e empregabilidade.</p><p>* Carlos Ferreirinha é Diretor Presidente da MCF Consultoria & Conhecimento, Especializada na Segmentação do Negócio do Luxo & Premium. Administrador, com MBA em Business Marketing pela SMU University, Ferreirinha foi Diretor de Marketing, Comunicação & Novos Negócios América Latina, Presidente da Louis Vuitton Brasil e Diretor da divisão Moda do grupo LVMH América Latina.</p>


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