A rede de lojas de vestuário Primark está investigando denúncias de supostas condições degradantes a que profissionais que produzem suas roupas estariam sendo submetidos. O processo começou após três clientes da marca afirmarem terem encontrado em peças pedidos de socorro. Duas mensagens estavam registradas nas etiquetas de vestidos, e um terceiro foi deixado no bolso de uma calça. Os itens foram comprados em Swansea, no País de Gales, e em Belfast, na Irlanda do Norte.
Um dos recados achados na etiqueta fala em “condições desumanas degradantes”. Outro em chinês afirma que o período de trabalho se estende por 15 horas diárias, na prisão de Xiangnan, em Hubei. A mensagem relatava ainda a péssima alimentação oferecida aos profissionais e clamava à comunidade internacional a denunciar a China pelo ato desumano.
A marca inglesa, conhecida por praticar preços baixos, solicitou o envio das peças pelas clientes para que as etiquetas e o bilhete possam ser analisados. Ainda assim, deixa clara a suspeita de fraude na denúncia. "Apesar da crescente desconfiança em relação à origem das etiquetas e o tempo considerável passado desde que as roupas foram compradas, a Primark conhece suas responsabilidades em relação aos trabalhadores em sua cadeia de suprimentos e já iniciou investigações detalhadas”, afirma em nota publicada em seu site.
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