Pesquisa mostra impactos da pandemia no comportamento dos brasileiros Bruno Mello 22 de abril de 2020

Pesquisa mostra impactos da pandemia no comportamento dos brasileiros

         

Estudo feito pela Demanda Pesquisa apresenta as principais preocupações, atitudes, fontes de informação, entre outros dados referente a mudança de hábito diante do Covid-19

Pesquisa mostra impactos da pandemia no comportamento dos brasileiros
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Quais são os impactos na rotina dos brasileiros ao adotarem medidas necessárias para combater a pandemia do Coronavírus? Esta é a questão principal que inspirou a Demanda Pesquisa e Desenvolvimento a realizar um estudo entre 18 e 21 de março, com 1065 brasileiros com acesso à internet. O objetivo é identificar quais as principais preocupações, atitudes de prevenção e informação sobre o Covid-19 e, de acordo com Gabriela Prado, Diretora Executiva da Demanda, a pesquisa consegue mostrar o impacto na vida das pessoas.

Os dados coletados mostram que o colapso no sistema de saúde é a maior preocupação dos entrevistados (52%), assim como aumento do desemprego (50%) e recessão econômica (43%). Diante da pandemia as mulheres brasileiras têm maior preocupação com o sistema de saúde, com 58%, já os homens se atentam às questões financeiras (43%).

Neste período de pandemia, 86% dos participantes da pesquisa dizem buscar informação sobre o tema na internet, em segundo aparece a TV, com 72%, enquanto o jornal impresso é lembrado por 50%. De acordo com os brasileiros entrevistados, buscar informação com amigos e parentes (22%) é maior do que em entidades como SUS (5%).

Mudança de hábitos

A rotina dos brasileiros sofreu mudança e as atividades ao ar livre, como pede os órgãos de saúde, foram as que tiveram maior redução, citado por 87% dos entrevistados, além de eventos (83%) e frequentar bares e restaurantes (82%). Segundo o estudo, 6 em cada 10 pessoas se sentem bem informadas sobre prevenção e formas de contágio, porém, entre os mais jovens com até 29 anos, mais da metade (53%) não se considera muito bem informado.

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Por gênero, 64% das mulheres estão bem informadas, contra 59% dos homens se dizem muito bem informados sobre prevenção e formas de contágio. O maior índice de brasileiros que se dizem conhecedores destes temas é referente aos maiores de 60 anos, com 71% acreditando que estão bem informados.

Em relação ao nível de informação sobre formas de contágio 77% das mulheres se dizem muito bem informadas, pouco mais que os homens, 71%. Considerando o conhecimento dos entrevistados sobre os sintomas do Coronavírus, o índice mais baixo é o de pessoas com até 29 anos de idade. Já os entrevistados entre 40 e 49 anos refletem o maior índice, com 73% muito bem informados sobre os sintomas.

Principais temores dos brasileiros

Entre as maiores preocupações dos respondentes, a velocidade de propagação do vírus e o risco de contaminar alguém próximo são os de maior destaque, com 80% e 76%, respectivamente. O cenário de preocupação ainda conta com risco de contaminação (55%), alguém próximo ser contaminado (59%) e não acharem a cura para o Coronavírus (50%).

Daqueles que temem a velocidade de propagação do vírus, a faixa etária com maior índice é a de pessoas com até 29 anos (85%) enquanto os entrevistados com mais de 60 anos são os que têm menos medo (74%). Entre as faixas etárias dos entrevistados, a que teve menor índice de preocupação com a velocidade de propagação é a de brasileiros entre 40 e 49 anos, com 5%, contra 12% do público 60+, os mais preocupados.

O mesmo acontece nos resultados sobre a preocupação de contaminar alguém, onde 64% dos mais velhos mostram menor preocupação, contra 81% dos mais jovens. Dos que estão nada preocupados em contaminar alguém próximo, destaque para 19% de pessoas com mais de 60 anos, o maior índice, contra apenas 7% de jovens que não se preocupam tanto.

Grupo de risco

De acordo com a pesquisa feita pela Demanda, 53% dos brasileiros com mais de 60 anos estão preocupados em ter alguém próximo contaminado pelo Coronavírus, enquanto 64% dos jovens pensam da mesma forma. Em contrapartida, os mais velhos têm maior índice entre as faixas etárias dos que estão nada preocupados (29%).

Apesar de estarem no principal grupo de risco de contágio, os idosos têm quase a mesma preocupação de ser contaminado pelo Covid-19 que os jovens. Dos entrevistados com mais de 60 anos, 50% está muito preocupado, e entre os jovens o índice é de 48%. Os mais preocupados em se contaminar estão na faixa dos 40 até 59 anos, com 59%.

De todas as preocupações dos brasileiros com a pandemia, a menor delas é não achar a cura ou vacina para o Coronavírus, principalmente paras os homens (43%), diferente das mulheres (56%). Por outro lado, na hora de buscar informação referente ao Coronavírus, a internet é a principal fonte dos brasileiros, com destaque para os sites de notícias (63%), seguido por Google (31%). Já nas redes sociais, os canais preferidos para obter informação são Instagram (23%); Facebook (18%) e Youtube (12%).

Nova rotina

O impacto do Coronavírus gerou mudança de hábito nos brasileiros. Quase todos os entrevistados afirmaram ter mudado sua rotina em função do risco de ser contaminado (98%), assim como adotar novos hábitos de higiene (99%), como lavar as mãos com mais frequência (93%); evitar abraços e beijos (90%); uso de álcool gel (90%); manter distância de 1 metro (73%) e não tocar em superfícies (67%).

O estudo aponta para 77% dos jovens até 29 anos evitando eventos sociais, enquanto 55% dos idosos com mais de 60 anos evitam tocar em superfícies. Entre os sexos, 68% das mulheres deixaram de frequentar aulas neste período contra 52% dos homens que também estão sem aprendizado.

A principal alteração de rotina para homens e mulheres é deixar de fazer atividades de lazer, 86% e 89%, respectivamente. Para elas, as principais alterações de higiene são lavar as mãos com maior frequência (93%) e não tocar em superfícies (70%). Os homens seguem o mesmo índice para a higiene das mãos, mas um pouco menos para as superfícies (65%).

De todos os entrevistados nesta pesquisa da Demanda, 36% alegam ter mudado seu padrão de compras, adquirindo produtos em maior quantidade como alimentos não perecíveis (76%); produtos de higiene pessoal (60%); e de limpeza doméstica (56%).

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