<p>Com o constante crescimento das vendas no e-commerce brasileiro, aumenta tamb&eacute;m o n&uacute;mero de empresas para dividir o mercado com grandes competidores. As pequenas e m&eacute;dias tentam ganhar espa&ccedil;o atingindo p&uacute;blicos bem mais segmentados. Segundo dados da e-bit, o &ldquo;long tail&rdquo;, que engloba os varejistas menores, ganhou 1,62% em market share no mercado brasileiro, seguindo uma tend&ecirc;ncia global. De acordo com o e-Marketer – que faz o acompanhamento do mercado virtual norte-americano – as tr&ecirc;s lojas l&iacute;deres do e-commerce local (Amazon, Staples e Dell) representam, juntas, cerca de 25% do faturamento total do canal, apontando a grande distribui&ccedil;&atilde;o das lojas virtuais no pa&iacute;s.</p> <p>No Brasil, h&aacute; poucos anos, apenas um grupo obtinha mais de 45% do total de share em vendas B2C. &ldquo;Quanto mais segmentada for a loja, mais vai ter conhecimento sobre o produto, mais conte&uacute;do informativo vai gerar e conseguir&aacute; mais parceiros na &aacute;rea, passando os benef&iacute;cios para o consumidor&rdquo;, afirma Maur&iacute;cio Salvador, autor do livro <a target="_blank" href="https://www.mundodomarketing.com.br/5,15672,livro-ensina-e-commerce-para-pequenas-empresas.htm">Como Abrir uma Loja Virtual de Sucesso</a>, em entrevista ao Mundo do Marketing. Mas procurar o nicho n&atilde;o &eacute; a &uacute;nica solu&ccedil;&atilde;o para o mercado promissor, j&aacute; que a maioria das lojas virtuais fecha em seu primeiro ano de opera&ccedil;&atilde;o.</p> <p>Entre os primeiros passos para o sucesso est&aacute; a escolha da plataforma mais adequada e a organiza&ccedil;&atilde;o do estoque, da log&iacute;stica e ganhar a confian&ccedil;a do consumidor. &ldquo;O ideal &eacute; que, desde o in&iacute;cio, o varejista se cadastre para conseguir selos como o da e-bit, do Buscap&eacute; e do Zura, que garantem a confiabilidade daquele portal&rdquo;, afirma Salvador.</p> <p><strong>Conquistando a confian&ccedil;a<img alt="Os desafios das pequenas empresas no e-commerce" align="right" width="186" height="173" src="/images/materias/girafa_ecommerce.jpg" /><br /> </strong>Para conquistar a confian&ccedil;a do consumidor, o portal de venda de aparelhos eletr&ocirc;nicos <a target="_blank" href="https://www.mundodomarketing.com.br/17,13916,marketing-de-busca-entra-na-estrategia-das-empresas.htm">Girafa</a> investe no relacionamento. &ldquo;Ainda existe muita picaretagem na internet e o nosso desafio &eacute; provar que somos honestos. Muitos sites t&ecirc;m a vida curta porque se descuidam da base de consumidores. Nossa miss&atilde;o &eacute; conquistar o cliente a cada dia&rdquo;, afirma Marcelo Volpe, propriet&aacute;rio da loja virtual.</p> <p>O portal se preocupa em estabelecer rela&ccedil;&otilde;es quase pessoais com os consumidores, muitas vezes utilizando meios que podem parecer &ldquo;ultrapassados&rdquo; no meio virtual. &ldquo;Se temos algum problema com o cliente, eu mesmo envio uma carta pedindo desculpas&rdquo;, conta o empres&aacute;rio. As iniciativas parecem dar certo, j&aacute; que 10% dos e-consumidores compraram mais de uma vez no site que existe h&aacute; dois anos.</p> <p>Para o <a target="_blank" href="http://www.pedala.com.br">Pedala</a>, portal especializado em materiais esportivos, o primeiro passo para a confian&ccedil;a dos internautas foi a apresenta&ccedil;&atilde;o da loja. &ldquo;Hoje, os consumidores est&atilde;o aprendendo a reconhecer um site confi&aacute;vel. Por isso, ter um layout bem feito, &lsquo;naveg&aacute;vel&rsquo; e bem trabalhado ajuda na conquista&rdquo;, afirma Dannyel Filgueiras, fundador da loja. Al&eacute;m disso, a escolha do nome foi pensada para que o consumidor crie intimidade com a marca. &ldquo;Pedala &eacute; uma palavra comum e o consumidor pensa que j&aacute; ouviu falar na gente&rdquo;, completa.</p> <p><strong>Primeiras visitas</strong><br /> Antes de fazer o cliente comprar, &eacute; necess&aacute;rio primeiro que ele passe a conhecer o site. Pensando nisso, a <a target="_blank" href="http://www.loosho.com">Loosho</a>, loja virtual de maquiagem, contou com parceiras bem pr&oacute;ximas ao seu p&uacute;blico-alvo: as blogueiras. Focada em meninas que gostam de moda e beleza, acostumadas a comprar pela internet, Suzana Rosenfeld, s&oacute;cia do portal, estreitou la&ccedil;os com internautas, garantindo um crescimento de 500% desde que come&ccedil;ou a operar, em mar&ccedil;o deste ano.</p> <p>Agora a iniciativa &eacute; conquistar pessoas que n&atilde;o est&atilde;o acostumadas em comprar virtualmente. A empresa conta com um blog em que fala sobre maquiagem e apresenta, principalmente, as cores dos produtos dispon&iacute;veis, al&eacute;m de disponibilizar consultores para dar dicas de beleza e tirar qualquer d&uacute;vida, mesmo de quem n&atilde;o compra nada no site. &ldquo;Quanto mais as pessoas aprenderem sobre maquiagem, mais elas comprar&atilde;o futuramente&rdquo;, acredita a empres&aacute;ria.</p> <p><img alt="Os desafios das pequenas empresas no e-commerce" align="right" width="335" height="212" src="../../../images/materias/loosho_net-rosa.jpg" /></p> <p>Promo&ccedil;&otilde;es tamb&eacute;m figuram entre as principais a&ccedil;&otilde;es do Loosho. &Eacute; o caso do &ldquo;Concurso cultural net rosa &eacute; puro loosho&rdquo;, que dar&aacute; um computador para uma internauta. Outro caminho s&atilde;o as parcerias, como faz o Girafa. &ldquo;Muitas vezes um fornecedor tem produtos que est&atilde;o saindo de linha ou vendendo pouco. N&oacute;s damos esses itens junto com outras vendas. Os clientes adoram isso&rdquo;, completa Volpe, garantindo ainda que a uni&atilde;o com grandes marcas fortelece a imagem do portal.</p> <p><strong>Al&eacute;m do Google Marketing</strong><br /> O investimento no &ldquo;<a target="_blank" href="https://www.mundodomarketing.com.br/17,13916,marketing-de-busca-entra-na-estrategia-das-empresas.htm">Google marketing</a>&rdquo;, como links patrocinados, &eacute; muito usado pelas pequenas e m&eacute;dias empresas virtuais. &ldquo;A estrat&eacute;gia &eacute; a primeira op&ccedil;&atilde;o na hora de divulgar uma loja porque &eacute; mais barata. No entanto, sozinhos, os links patrocinados n&atilde;o trazem resultado. Eles devem representar apenas 20% das a&ccedil;&otilde;es de Marketing&rdquo;, garante Maur&iacute;cio Salvador.</p> <p>A Cookie Web, ag&ecirc;ncia de Marketing Digital especializada em PME&rsquo;s, recomenda o trabalho em redes sociais e de e-mail Marketing. &ldquo;Investimos no &lsquo;remarketing&rsquo;, analisando os &lsquo;passos&rsquo; dos consumidores. Se eles entraram no site e foram para uma determinada se&ccedil;&atilde;o, n&oacute;s entramos em contato oferecendo os produtos adequados&rdquo;, afirma Natan Sztamfater, propriet&aacute;rio da Cookie Web.</p> <p>Para o Pedala, esse trabalho faz parte da fideliza&ccedil;&atilde;o de consumidores. &ldquo;Temos que estar sempre inovando. Nossas campanhas de e-mail Marketing s&atilde;o essenciais nesse processo&rdquo;, completa Filgueiras, que utilizada esta estrat&eacute;gia para apresentar as novidades do site para que os clientes voltam sempre ao portal.</p> <p><strong>Escolhendo o mix de produtos</strong><br /> Outra vantagem para as pequenas e m&eacute;dias empresas na internet &eacute; a possibilidade de ampliar o mix de produtos oferecidos, sem limita&ccedil;&otilde;es f&iacute;sicas. No entanto, &eacute; necess&aacute;rio conhecer bem o consumidor e o mercado para ter a quantidade ideal. &Eacute; o que a <a target="_blank" href="http://www.ciadoslivros.com.br">Cia dos Livros</a>, existente no e-commerce h&aacute; seis anos, est&aacute; fazendo.</p> <p>A empresa passa por uma reformula&ccedil;&atilde;o iniciada com o corte de fornecedores. &ldquo;O site est&aacute; passando por um processo de profissionaliza&ccedil;&atilde;o que inclui a redefini&ccedil;&atilde;o do mix de produtos, mudan&ccedil;as nos departamentos comercial e de Marketing e no atendimento ao cliente&rdquo;, explica Cleber Carvalho, Diretor de Marketing do portal, que dever&aacute; vender 450 mil livros at&eacute; o fim deste ano, apresentando um crescimento de 35%.&nbsp;</p> <p>No caso da Cia dos Livros, a prioridade foi dada aos fornecedores que apresentavam melhor desempenho de vendas no site. De 1.200 editoras, passaram para 400. &ldquo;A diminui&ccedil;&atilde;o melhorou os processos internos, que s&atilde;o essenciais para a otimiza&ccedil;&atilde;o dos servi&ccedil;os&rdquo;, explica Carvalho.</p>
Pequenas e médias empresas superam os desafios do e-commerce
17 de setembro de 2010
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