Paulistanos querem integração de meios digitais e segurança pública 21 de fevereiro de 2018

Paulistanos querem integração de meios digitais e segurança pública

         

Em pesquisa feita com dez cidades ao redor do mundo, 63% dos respondentes apostam na facilidade das mídias para interação com a polícia e denúncia de crimes

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Os cidadãos dos grandes centros urbano anseiam por mais facilidade, rapidez e conveniência na comunicação com os sistemas de segurança pública. São Paulo e Cidade do México se destacam nos resultados, com pessoas mais dispostas a reportar crimes e interagir com a polícia por meio de mídias digitais, segundo estudo global Unisys Safe Cities feito com cerca de quatro mil cidadãos em dez cidades ao redor do mundo.

Em ambas as cidades, 80% dos respondentes consideram que seria mais fácil entrar em contato com a polícia via plataformas digitais. Além disso, 67% dos participantes acreditam que a existência de um canal digital incentiva a denúncia de crimes. Em comparação, entre as dez cidades pesquisadas ao redor do mundo, 50% dos entrevistados concordam com esta última afirmação.

Em São Paulo, 81% dos respondentes apostam na facilidade de entrar em contato com a polícia por meio de plataformas digitais, e 63% acredita que a existência de um canal digital incentivaria a denúncia de crimes. Também nessas capitais, as populações são favoráveis à conveniência e facilidade de registrar ou denunciar crimes online e comportamentos suspeitos, além de alertar sobre trânsito e acidentes na via, por meio de aplicativos ou mensagens de texto.

Perfis e preferências
O estudo mostra também que em todas as regiões, os Millennials (18–34 anos) são mais propensos a utilizar meio digitais para entrar em contato com a polícia, quando comparados com os Boomers (51+ anos). Em São Paulo e na Cidade do México, a aceitação é bastante alta em todas as faixas etárias, incluindo a população com 51 anos ou mais.

Quando perguntados sobre os benefícios que um canal digital poderia proporcionar para a comunicação com os sistemas de segurança, os brasileiros e mexicanos destacaram a agilidade no processo de denúncia (72%), a possibilidade de acompanhar o progresso da investigação (60%) e de enviar fotos e vídeos como evidências (57%).

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Entre as barreiras citadas por eles, há grande preocupação com a facilidade de ser rastreado (48%) e a ameaça ao anonimato (47%), além da possibilidade de falha no recebimento da mensagem (44%). Apesar disso, os entrevistados se mostram muito dispostos a enviar provas pelos canais online: 95% dos participantes de São Paulo e da Cidade do México concordariam em enviar fotos (84%), vídeos (79%), texto (68%) e áudio (62%) à polícia por meio de aplicativos e smartphones. Muitos residentes de São Paulo e da Cidade do México aprovam medidas de proteção mais proativas e "intrusivas" por parte das autoridades.

A pesquisa também mostrou que os entrevistados valorizam o uso da tecnologia para aumentar a segurança. Em relação ao resultado global (70%), os entrevistados em São Paulo e na Cidade do México se mostram mais favoráveis à implementação de sistemas mais "invasivos", com 80% dos respondentes afirmando que se sentiriam mais seguros com a adoção de programas de fiscalização realizados por órgãos públicos.

Além disso, uma maioria (78%) acredita que o monitoramento constante das ruas das cidades é importante para a prevenção do crime, 55% apoia a vigilância no transporte público e 54% é favorável à análise das mídias sociais. Em São Paulo, grande parte (59%) da população é a favor do uso desses sistemas segurança mais "intrusivos", como fiscalização física e digital. Para a prevenção da criminalidade, 78% aposta no monitoramento das ruas como uma medida efetiva de segurança pública.


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