Palpiteiros e jovens profissionais no marketing. O que fazer com eles?
O site ouviu especialistas e profissionais que explicam o que fazer quando encontrá-los no corredor ou numa reunião
Por Redação - 05/03/2007 Reportagens
<p><strong>Palpiteiros e jovens profissionais no marketing. O que fazer com eles?</strong></p><p>Por Bruno Mello<br /><a href="mailto:bruno@mundodomarketing.com.br">bruno@mundodomarketing.com.br</a></p><p><img class="foto_laranja_materias" src="images/materias/reportagens/palpiteiros_jovens.jpg" border="0" alt=" " title="Marketing exige trabalho multidisciplinar" hspace="6" vspace="2" width="250" height="166" align="left" />Poucas atividades s&atilde;o exercidas por tantos profissionais de diferentes forma&ccedil;&otilde;es como o marketing. Ge&oacute;grafo, qu&iacute;mico, matem&aacute;tico, m&eacute;dico, advogado, engenheiro, administrador e publicit&aacute;rio&nbsp;s&atilde;o alguns dos exemplos mais inusitados e comuns. </p><p>Com essa diversidade, com a necessidade de atua&ccedil;&atilde;o multidisciplinar e com a ascens&atilde;o de jovens profissionais&nbsp;&agrave; cargos gerenciais, surgem problemas como sugest&otilde;es sem fundamento e falta de experi&ecirc;ncia no comando de a&ccedil;&otilde;es de marketing. Longe de um cen&aacute;rio apocal&iacute;ptico, esta &eacute; uma realidade comum no dia-a-dia de todos que fazem parte desta engrenagem. </p><p>Tanto &eacute; assim que&nbsp;a ESPM-SP criou o curso de f&eacute;rias &ldquo;Marketing para N&atilde;o Marketeiros&rdquo;. Alfredo Passos, professor de intelig&ecirc;ncia competitiva da Escola, ministra este curso h&aacute; dez anos. &ldquo;A complexidade da gest&atilde;o de marketing tem crescido cada vez mais ao passo que as pessoas d&atilde;o palpites porque essas a&ccedil;&otilde;es mexem com a empresa toda&rdquo;, afirma Passos. &ldquo;Quando tem quest&otilde;es subjetivas as pessoas acham que podem dar palpites&rdquo;, analisa em entrevista ao site.</p><p>O fato de o marketing ser uma disciplina gerencial relativamente nova contribui para a multiplicidade de vis&otilde;es. &ldquo;H&aacute; uma diversidade profissional porque o marketing existe somente h&aacute; 50 anos no pa&iacute;s&rdquo;, complementa Mario Cunha, S&oacute;cio-Diretor, da consultoria Academia de Marketing. Com forma&ccedil;&atilde;o em administra&ccedil;&atilde;o de empresas, Cunha fez especializa&ccedil;&atilde;o em Com&eacute;rcio Exterior na Funda&ccedil;&atilde;o Get&uacute;lio Vargas e MBA em Marketing no IBMEC. Ele tamb&eacute;m se aperfei&ccedil;ou em Gerenciamento de Projetos na University of Calif&oacute;rnia e em E-Business Marketing na University of Florida.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Diversidade ajuda, mas pode atrapalhar</span><br />Mesmo com este curr&iacute;culo, Mario Cunha n&atilde;o dispensa profissionais com outras forma&ccedil;&otilde;es em sua empresa. Pelo contr&aacute;rio, tem um funcion&aacute;rio formado em agronomia. &ldquo;O marketing n&atilde;o &eacute; uma ci&ecirc;ncia exata e outras vis&otilde;es contribuem para o trabalho&rdquo;, salienta. Mesmo assim, ele reconhece que pode haver problemas em recomenda&ccedil;&otilde;es, principalmente por falta de experi&ecirc;ncia. &ldquo;H&aacute; sugest&otilde;es que &agrave;s vezes s&atilde;o superficiais porque as pessoas acham que uma coisa &eacute; f&aacute;cil, mas a implementa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; t&atilde;o f&aacute;cil assim&rdquo;, diz em entrevista ao Mundo do Marketing.</p><p>Para Sergio Magalh&atilde;es, S&oacute;cio-Diretor da ag&ecirc;ncia Centoeseis, h&aacute; empresas delegando a jovens profissionais verbas milion&aacute;rias sem ter garantias de que ter&atilde;o o retorno de volta. &ldquo;Os clientes t&ecirc;m que saber que precisam treinar as pessoas e n&atilde;o colocar assistentes para tomar conta de um lan&ccedil;amento de um produto de R$ 10 milh&otilde;es&rdquo;, afirma. Magalh&atilde;es tem 32 anos e &eacute; arquiteto, mas tem bastante experi&ecirc;ncia na bagagem. Depois de 11 anos como criativo na DM9DDB, passou a atender a clientes como Sansung, Sagatiba, Reebook e Zorba em sua pr&oacute;pria empresa.</p><p>Quando o interlocutor n&atilde;o est&aacute; na mesma sintonia ou &eacute; jovem, a dica de Alfredo Passos, da ESPM, &eacute; conversar. &ldquo;Existem muitos conceitos e metodologias em marketing e por isso &eacute; preciso ser educativo nas apresenta&ccedil;&otilde;es de projetos&rdquo;, ensina. Para Mario Cunha, da Academia de Marketing, o caminho &eacute; ter bom senso, faro para oportunidade e vis&atilde;o de mercado. </p><p><span class="texto_laranja_bold">Eles s&atilde;o jovens e bem-sucedidos</span><br /><img class="foto_laranja_materias" src="images/materias/reportagens/palpiteiros_jovens_cristian.jpg" border="0" alt=" " title="Cristiano &eacute; jovem, mas sabe o que faz" hspace="6" vspace="2" width="200" height="277" align="right" />Cristiano Miano e Michele D&rsquo;ippolito s&atilde;o dois jovens empreendedores e j&aacute; conviveram de perto com estes problemas. Cristiano (foto) montou a ag&ecirc;ncia digital DigiPronto aos 19 anos. Ele reconhece que teve problemas e que sofreu discrimina&ccedil;&otilde;es no in&iacute;cio. &ldquo;Fazia um trabalho pouco organizado na garra de fazer acontecer&rdquo;, conta em entrevista ao Mundo do Marketing.</p><p>Economista de forma&ccedil;&atilde;o, hoje ele desenvolve a&ccedil;&otilde;es de marketing de relacionamento na internet para clientes como Ambev, Porto Seguro, Warner Home V&iacute;deo e Haagen Dazs. &ldquo;O jovem &eacute; muito disperso e para resolver isso criamos um sistema que imp&otilde;e prioridades, metas e prazos que &eacute; monitorado por um gerente&rdquo;, conta o presidente da ag&ecirc;ncia hoje com 26 anos e muitas li&ccedil;&otilde;es apreendidas. &ldquo;O trabalho &eacute; a melhor propaganda e fomos crescendo a partir de indica&ccedil;&otilde;es&rdquo;, explica o jovem executivo que j&aacute; fez p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o em Gest&atilde;o de Neg&oacute;cios.</p><p>O caminho de Michele D&rsquo;ippolito tamb&eacute;m n&atilde;o foi f&aacute;cil. Ele criou a Dim Propaganda aos 24 anos com a id&eacute;ia de ser est&uacute;dio de cria&ccedil;&atilde;o, mas, assim como Cristiano, o seu trabalho ganhou notoriedade e ele conseguiu conquistar um grande cliente na &eacute;poca. Com isso, a ag&ecirc;ncia foi crescendo e hoje atende a AES Eletropaulo, a Bandeirante Energia, e a Cia. Suzano de Papel e Celulose, entre outros.</p><p>Hoje, aos 30 anos, ele tem uma receita para lidar com os jovens profissionais e aqueles que n&atilde;o est&atilde;o muito habituados ao mundo do marketing. O segredo, al&eacute;m de ser pol&iacute;tico em algumas horas, &eacute; dar argumentos para que o interlocutor chegue a um entendimento. &ldquo;Aprendi a estudar e entender o ser humano e pensar com a cabe&ccedil;a do outro, o que &eacute; mesma coisa que se colocar no lugar do consumidor&rdquo;, diz ao site.<br />&nbsp;<br /><span class="texto_laranja_bold">Acesse</span><br /><a href="http://www.espm.br" target="_blank">www.espm.br</a><br /><a href="http://www.academiademarketing.com.br" target="_blank">www.academiademarketing.com.br</a><br /><a href="http://www.centoeseis.com.br" target="_blank">www.centoeseis.com.br</a><br /><a href="http://www.digipronto.com.br" target="_blank">www.digipronto.com.br</a><br /><a href="http://www.dim.com.br" target="_blank">www.dim.com.br</a></p>