<p><strong>Os novos donos das marcas</strong></p><p>Por Thiago Terra<br /><a href="mailto:[email protected]">[email protected]</a></p><p>O relacionamento entre consumidor e empresa muda a cada dia e tem mostrado caracter&iacute;sticas surpreendentes ao longo de seu desenvolvimento com novas tecnologias e de acordo com o perfil do consumidor. Na era do consumidor, empresas disputam cada cliente, a fim de carimbar a sua marca, produtos e servi&ccedil;os no cora&ccedil;&atilde;o de cada um. Ferramentas n&atilde;o faltam no mundo virtual e &ldquo;oper&aacute;rios&rdquo; para us&aacute;-las, tamb&eacute;m n&atilde;o. O resultado &eacute; o consumidor participando direta ou indiretamente de a&ccedil;&otilde;es, promo&ccedil;&otilde;es e at&eacute; do conte&uacute;do disponibilizado na grande rede.</p><p><img class="foto_laranja_materias" src="images/materias/reportagens/workshop_rizzo.jpg" border="0" alt=" " title="Risoletta Miranda" hspace="6" vspace="2" width="200" height="184" align="left" />O Mundo do Marketing realizou Workshop, dia 26 e 27 deste m&ecirc;s, sobre marketing digital, direto, promocional e marketing de relacionamento, com palestras de executivos com experi&ecirc;ncia no mercado. O evento realizado no Rio de Janeiro mostrou cases de sucesso e experi&ecirc;ncias de profissionais que detalham os principais erros e acertos de grandes companhias, estrat&eacute;gias e o perfil do comportamento, tend&ecirc;ncias e necessidades do consumidor contempor&acirc;neo. </p><p>&ldquo;As pessoas n&atilde;o querem mais ser apenas informadas, querem ser os provedores tamb&eacute;m&rdquo;, conta Risoletta Miranda (foto), no evento realizado pelo site. Para a constru&ccedil;&atilde;o das marcas e do relacionamento entre empresa e cliente, a presidente da Addcomm sabe que &eacute; fundamental fazer uma ponte de um lado para o outro, ligando a demanda com a oferta, onde o melhor caminho &eacute; a web, uma das vertentes do marketing.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Nativos Digitais e o e-commerce</span><br />Um dos duelos mais empolgantes e pol&ecirc;micos desta realidade no mercado acontece entre o que &eacute; p&uacute;blico e o que &eacute; privado. Risoletta aponta para os principais ativadores deste conflito, os adolescentes, ou &ldquo;nativos digitais&rdquo;. Este cen&aacute;rio gera a d&uacute;vida sobre qual o verdadeiro direito sobre uma foto publicada na Internet, j&aacute; que qualquer pessoa pode salvar a imagem e us&aacute;-la como quiser. A d&uacute;vida &eacute; at&eacute; onde h&aacute; controle na web, visto que blogs recebem milhares de coment&aacute;rios por dia, e se algu&eacute;m distorce uma informa&ccedil;&atilde;o e o respons&aacute;vel perde o controle sobre ela, provavelmente esta ser&aacute; a informa&ccedil;&atilde;o oficial. As marcas n&atilde;o escolhem onde atuar e sim o seu consumidor e a linguagem apresenta novo c&oacute;digo, um dialeto desenvolvido principalmente pelos nativos digitais.</p><p>J&aacute; o e-commerce cresce no Brasil, mesmo havendo o receio de clientes em fornecer senhas, n&uacute;meros de documentos, dados, entre outros. A Internet n&atilde;o &eacute; a preocupa&ccedil;&atilde;o, mas sim o tratamento que a marca d&aacute; ao seu consumidor, que gera o receio nele. Segundo Bruno Dreux, s&oacute;cio-diretor da Publicidade Interativa, o relacionamento com o cliente pode deix&aacute;-lo contra a montadora do seu carro, contra o pr&oacute;prio ve&iacute;culo, caso n&atilde;o o agrade.</p><p><span class="texto_laranja_bold"><img class="foto_laranja_materias" src="images/materias/reportagens/workshop_bruno.jpg" border="0" alt=" " title="Bruno Dreux" hspace="6" vspace="2" width="200" height="222" align="right" />Estrat&eacute;gias e pecados</span><br />Sobre as estrat&eacute;gias virtuais para estreitar o relacionamento com os consumidores, o executivo destaca a comunica&ccedil;&atilde;o atrav&eacute;s da &ldquo;estrat&eacute;gia Highlander&rdquo;, que como o filme, afirma que s&oacute; pode haver uma. Para executar as a&ccedil;&otilde;es digitais, &eacute; preciso ter monitoramento permanente e relat&oacute;rio transparente. &ldquo;Quem achar que a web n&atilde;o &eacute; o futuro, deve sair do mercado. A empresa tem que chegar para ficar&rdquo;, aponta Dreux (foto). De acordo com ele, hoje a facilidade de desmascarar uma marca na web &eacute; muito grande. &ldquo;&Eacute; preciso dar o bra&ccedil;o ao cliente e dividir o risco do projeto em um trabalho de longo prazo&rdquo;, afirma.</p><p>Do marketing digital para o marketing direto, Pio Borges apresentou os sete pecados capitais desta disciplina. O consultor estrategista da R.epense acredita que para a humanidade ir pra frente, necessita prestar aten&ccedil;&atilde;o ao que se est&aacute; fazendo e ao que os outros fazem. O primeiro pecado, segundo ele, &eacute; a &ldquo;Vontade maior que a raz&atilde;o&rdquo;, ou seja, estabelecer parcerias para trabalhar o que a empresa n&atilde;o sabe ou n&atilde;o pode fazer. Seguido das &ldquo;Inspira&ccedil;&otilde;es mal interpretadas&rdquo;, que &eacute; o caso de profissionais que ignoram o que &eacute; contra sua id&eacute;ia, ou analisar o mundo a partir do seu ponto de vista. </p><p><img class="foto_laranja_materias" src="images/materias/reportagens/workshop_pio.jpg" border="0" alt=" " title="Pio Borges" hspace="6" vspace="2" width="200" height="243" align="left" />O terceiro pecado citado por Pio Borges (foto)&nbsp;&eacute; &ldquo;Partir de princ&iacute;pios determinados pelos outros&rdquo;, comparar fatos, &ldquo;fa&ccedil;a o que eu digo, mas n&atilde;o necessariamente o que eu fa&ccedil;o&rdquo;, diz ele. &ldquo;Passar de espectador a ator sem auto-censura&rdquo; &eacute; mais um empecilho para o marketing direto. Parte do princ&iacute;pio que o seu trabalho ter&aacute; que ser completado de alguma forma, por algu&eacute;m. &ldquo;&Eacute; quando um profissional tenta implantar o m&eacute;todo de uma grande empresa em uma pequena empresa. N&atilde;o d&aacute; certo&rdquo;, aponta.</p><p>Em quinto lugar, &ldquo;Ter horror a fazer contas&rdquo;. Este pecado &eacute; o mais comum, j&aacute; que profissionais de comunica&ccedil;&atilde;o &ldquo;fogem&rdquo; da matem&aacute;tica financeira. &ldquo;Com os c&aacute;lculos, o gestor harmoniza os diferentes grupos da empresa. Fazer a conta &eacute; important&iacute;ssimo&rdquo;, completa. Em sexto, &ldquo;N&atilde;o aprender com os erros dos outros&rdquo;. &Eacute; importante estudar e analisar os casos, perguntar o que aconteceu, ouvir o depoimento das pessoas, conhecer o seu cliente, buscar parceiros que agreguem valores e tragam vantagens. Fecha a lista dos sete pecados do marketing direto &ldquo;N&atilde;o ter dinheiro suficiente&rdquo;, sendo este o combust&iacute;vel que faz o carro andar. &ldquo;O segredo &eacute; n&atilde;o mudar de m&iacute;dia, a relev&acirc;ncia faz as coisas acontecerem e a comunica&ccedil;&atilde;o tem que funcionar&rdquo;, diz Pio Borges no Workshop Mundo do Marketing. </p><p><span class="texto_laranja_bold"><img class="foto_laranja_materias" src="images/materias/reportagens/workshop_flavio.jpg" border="0" alt=" " title="Flavio Salles" hspace="6" vspace="2" width="200" height="212" align="right" />Usu&aacute;rios no poder e como concorrentes</span><br />O papel do marketing direto e de relacionamento foi o tema da palestra do presidente da Sun MRM Worldwide, Fl&aacute;vio Salles, que tamb&eacute;m foi um dos jurados do Festival de Cannes 2007. Para ele, hoje o consumidor tem milhares de canais de comunica&ccedil;&atilde;o e podem fazer tudo, a qualquer hora, pela Internet, em qualquer lugar. &ldquo;Eles est&atilde;o cada vez mais no controle e s&atilde;o tamb&eacute;m geradores de conte&uacute;do, de boca-a-boca&rdquo;, diz Salles. &ldquo;N&atilde;o podemos controlar, mas podemos oferecer o que eles querem com relev&acirc;ncia e sendo pertinentes&rdquo;, completa. Como exemplo deste poder do consumidor atual, ele cita o lan&ccedil;amento do novo &aacute;lbum da cantora Madonna, disponibilizado inteiramente na Internet. </p><p>O Brasil tem caracter&iacute;stica de trocar informa&ccedil;&otilde;es constantemente e hoje a mensagem &eacute; self-service. Este &eacute; o momento em que o pa&iacute;s tem chances de alcan&ccedil;ar um n&iacute;vel maior de import&acirc;ncia e desenvolvimento, sabendo que nesta nova era, o mundo &eacute; orientado para o consumidor e pelo consumidor. &ldquo;Estes meios digitais s&atilde;o anabolizantes do marketing direto, tornando-os mais r&aacute;pidos, flex&iacute;veis e customizados, al&eacute;m de mais barato&rdquo; conta. Como vivemos em um mundo multi-canal, as empresas precisam reconhecer, diferenciar e tratar de forma pertinente e relevante cada consumidor em todos os pontos de contato. &Eacute; preciso entender o cliente.</p><p>&nbsp;</p>
Os novos donos das marcas
30 de outubro de 2007