O trade marketing e as lições do Vale do Silício e da China 26 de agosto de 2019

O trade marketing e as lições do Vale do Silício e da China

         

O novo varejo preconiza uma oferta diferente de bens e serviços, em que pouco importa se você está on ou off-line. A experiência deve ser rápida, fácil, intuitiva e personalizada

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Com o shopper interagindo cada vez mais no ambiente on e off-line (O2O), a absorção de novas tecnologias, o impacto da Inteligência Artificial e das novas formas de pagamento são características fundamentais para o New Retail, ou novo varejo. Esse novo varejo preconiza uma oferta diferente de bens e serviços, em que pouco importa se você está on ou off-line. A experiência deve ser rápida, fácil, intuitiva e personalizada.

É evidente que o trade marketing está passando por profundas transformações, e eu resolvi entender a origem dessas mudanças nos maiores polos econômicos do mundo: Vale do Silício e China. As tecnologias que comentei no início deste artigo são o centro desta revolução, impondo aos atores do setor de varejo um novo mindset, de alta produtividade e inovação, sempre focando em resultados.

Na maior parte das empresas que eu estudo e analiso, o trade marketing ainda é um departamento um tanto quanto antiquado, que pensa de forma linear. Esta área opera com canais de venda e distribuição, em sua maioria, analógicos e tradicionais, sem perceber o quanto as inovações tecnológicas podem auxiliar nos processos. E todo esse contexto conduz a uma obsolescência da área, se não houver atenção e atualização constante sobre as novidades. Após minhas experiências no Vale do Silício e na China, ambientes mais inovadores do planeta, minha visão de mundo mudou completamente. O que eu aprendi por lá foi a entender que o mundo mudou, e que as empresas precisam mudar, e rápido. 

Na China, mais de 70% do comércio acontece no formato de mobile payment. Lá, não se usa praticamente dinheiro ou cartão de crédito. Tudo é comprado por meio de smartphones, desde um lanche na esquina, até um automóvel. Importante lembrar que a loja física não acabou, mas que todos esses aspectos mudaram a forma como o varejo se comporta. Este novo varejo, que significa a digitalização total do varejo, desde a loja física, até os demais pontos de contato, criando empresas cada vez mais guiadas por dados e capazes de predizer o que, como e quando os clientes vão comprar. A automatização de processos para melhorar a experiência dos shoppers também é uma tendência. Vou falar bastante sobre esses assuntos na minha palestra no maior evento de trade marketing da América Latina, o AEx, organizado pela Involves. Por enquanto, minha dica para você, profissional do varejo, é: se reinvente enquanto é tempo. O trade marketing tem tudo para ser a área da empresa que irá puxar esta transformação digital.


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