<p>Estudar em uma boa faculdade &eacute; o suficiente? Ingl&ecirc;s fluente &eacute; um diferencial? Que cursos extracurriculares fazer? Experi&ecirc;ncia em est&aacute;gio &eacute; essencial? Essas e outras quest&otilde;es rodeiam a cabe&ccedil;a dos profissionais que d&atilde;o os seus primeiros passos no mercado. Por&eacute;m, o que esses jovens devem ter em mente &eacute; que a vontade de aprender e contribuir com garra e id&eacute;ias novas contam mais do que um curr&iacute;culo recheado na hora de conseguir o primeiro emprego.<br /> <br /> O problema &eacute; que muitos jovens que entram no mercado de trabalho unem inexperi&ecirc;ncia com prepot&ecirc;ncia e pregui&ccedil;a, combina&ccedil;&atilde;o fatal para qualquer carreira. &ldquo;As pessoas devem entrar nas empresas com a manga erguida. Se elas chegarem com pregui&ccedil;a n&atilde;o v&atilde;o se dar bem. Esse &eacute; um problema da gera&ccedil;&atilde;o Y, muitos querem ser gerentes sem antes executarem o que precisam para conquistar espa&ccedil;o&rdquo;, afirma Adriana Cambiaghi, executiva da Robert Half, empresa de recrutamento. <br /> <br /> Nesse in&iacute;cio, o que deve importar para os profissionais &eacute; o aprendizado, n&atilde;o o dinheiro. Humildade para aprender &eacute; vista com bons olhos pelos gestores, bem mais do que ambi&ccedil;&otilde;es financeiras. &ldquo;Quem est&aacute; come&ccedil;ando n&atilde;o pode pensar s&oacute; no dinheiro. Ele tem que vir aberto para contribuir e aprender, independente do que v&aacute; fazer. As pessoas t&ecirc;m que estar mais abertas para se desenvolverem&rdquo;, afirma Mari&acirc;ngela Cifelli, Gerente da Divis&atilde;o de Talent da Page Personnel.<br /> <br /> <strong>Universidade X Experi&ecirc;ncia profissional</strong><br /> Ter experi&ecirc;ncias profissionais anteriores &eacute; um fator muito importante. Mesmo que esses trabalhos n&atilde;o tenham sido est&aacute;gios na &aacute;rea, eles servem para mostrar a vontade e o engajamento dos jovens. &ldquo;J&aacute; ter trabalhado mostra que esse jovem &eacute; diferente dos outros que fogem do que &eacute; chato, que t&ecirc;m medo de come&ccedil;ar de baixo. Mas se voc&ecirc; n&atilde;o passar por isso n&atilde;o vai aprender a resolver coisas maiores no futuro&rdquo;, afirma Am&aacute;lia Sina, CEO da Sina Cosm&eacute;ticos. <br /> <br /> Em alguns casos a experi&ecirc;ncia profissional vale como diferencial, mesmo que a faculdade em que a pessoa tenha se formado n&atilde;o seja t&atilde;o reconhecida. &ldquo;Se o profissional fez uma faculdade de primeira linha e n&atilde;o teve experi&ecirc;ncias profissionais de realiza&ccedil;&atilde;o e entrega de resultados, esse perfil tende a ser esquecido. Por outro lado, uma pessoa que corre atr&aacute;s tende a se destacar&rdquo;, afirma Adriana, da Robert Half. <br /> <br /> Al&eacute;m do terceiro grau, para trabalhar na &aacute;rea de Marketing os cursos de l&iacute;nguas s&atilde;o praticamente obrigat&oacute;rios. O ingl&ecirc;s, antes considerado um diferencial, hoje &eacute; quase t&atilde;o elementar quanto o portugu&ecirc;s. &ldquo;Dizer que fala e escreve bem o portugu&ecirc;s e o ingl&ecirc;s &eacute; a mesma coisa que dizer que &eacute; honesto&rdquo;, comenta Am&aacute;lia Sina sobre o quanto essas caracter&iacute;sticas s&atilde;o elementares. &ldquo;Tamb&eacute;m n&atilde;o vale dizer que &eacute; intermedi&aacute;rio. Saber intermedi&aacute;rio &eacute; a mesma coisa que nada. N&atilde;o vale para o curr&iacute;culo&rdquo;, completa Am&aacute;lia. <br /> <br /> <strong>Comportamento do candidato</strong><br /> O conhecimento de qualquer idioma vale mais ainda quando vem acompanhado de uma experi&ecirc;ncia no exterior, seja com passeios, interc&acirc;mbios de trabalho ou estudantil. &ldquo;Depois que ele j&aacute; estiver trabalhando na &aacute;rea &eacute; bom se especializar com um curso de ingl&ecirc;s para Business. No in&iacute;cio n&atilde;o &eacute; essencial, mas depois pode ajudar bastante&rdquo;, afirma Danielle Martins, Gerente da divis&atilde;o de Vendas e Marketing da Page Personnel. Com a exig&ecirc;ncia do ingl&ecirc;s, o espanhol passou a ser um diferencial, al&eacute;m de estritamente necess&aacute;rio quando a empresa almejada negocia com nossos vizinhos.</p> <p>Outros cursos extracurriculares tamb&eacute;m s&atilde;o bem vindos, mas tamb&eacute;m n&atilde;o s&atilde;o essenciais. Eles podem servir como forma de mostrar aos estudantes &aacute;reas de poss&iacute;veis atua&ccedil;&otilde;es, mas tamb&eacute;m podem ser interessantes como forma de complementar sua atua&ccedil;&atilde;o depois que eles j&aacute; estiverem encaminhados em uma determinada &aacute;rea. <br /> <br /> Mesmo com um curr&iacute;culo impec&aacute;vel, na hora da entrevista de emprego, a personalidade e o comportamento do candidato s&atilde;o os itens mais avaliados. Por isso, s&atilde;o v&aacute;lidos aqueles velhos conselhos como usar uma roupa bem arrumada, por&eacute;m, simples e discreta, al&eacute;m do &ldquo;seja voc&ecirc; mesmo&rdquo;, j&aacute; que o perfil do candidato requisitado depende muito da necessidade de cada empresa. &ldquo;O que os jovens devem ter em mente &eacute; que ser&atilde;o recrutados para agregar energia, trazer novas tend&ecirc;ncias, dar ideias fora da caixa&rdquo;, afirma Adriana Cambiaghi.</p>
O que os jovens profissionais de Marketing precisam saber?
13 de dezembro de 2010
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