O que o consumidor quer do celular? 26 de março de 2008

O que o consumidor quer do celular?

         

Pesquisa da TNS InterScience mostra o perfil dos usuários de telefonia e o que eles esperam encontrar com a chegada de novos serviços para o celular. Conheça os resultados.

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<p><strong>O que o consumidor quer do celular?</strong></p> <p>Por Thiago Terra<br /><a href="mailto:[email protected]">[email protected]</a></p> <p>No Brasil, a quantidade de produtos lançados nos mais diferentes mercados é muito grande e chega a cerca de 11 mil, porém entre 60% e 75% deles não chegam a completar dois anos de vida. Além disso, o interesse dos consumidores em experimentar novos produtos diminuiu 25% de 2005 pra cá. Com este cenário aparentemente desfavorável para as empresas, nem tudo está perdido. Basta que as empresas inclinadas a lançar novos produtos em seu mercado atentem para a necessidade decorrente do cenário, ou seja, a relevância das inovações precisam primeiro entender e aplicar instrumentos que permitam um “vislumbre” do futuro.</p> <p>No mercado de telecomunicações, por exemplo, a Coréia já utiliza a rede 3G e o número de usuários só de aplicativos para músicas atinge 70% do público adepto à esta inovação. Este é uma das informações apuradas pela TNS InterScience em pesquisa conduzida em 30 países, com mais de 16 mil entrevistados. A GTI Telecom 2007/08 investigou o perfil e os hábitos de uso do usuário de telefonia móvel, critérios de compra de aparelhos e o envolvimento com as marcas.</p> <p>No Brasil, o estudo mostrou que apesar do alto índice de uso dos aplicativos para o celular, o download não é o serviço mais usado para adquirir músicas. 22% dos usuários transferem os arquivos do – e para o – computador, conhecido como sideload. A pesquisa ainda constatou que as mensagens de texto (SMS) e e-mail podem estar próximas do fim, pois 31% dos latinos que responderam a GTI Telecom 2007/08 demonstraram interesse em usar mensagens instantâneas pelo celular.</p> <p><span class="subtitulomateria">Grupos de consumidores</span><br />A pesquisa da TNS InterScience definiu em grupos os possíveis consumidores das novas tendências, assim como aponta o público que ainda não tem a sensibilidade para avaliar o que será útil ao mercado. Sendo assim, o FutureView funciona como uma forma eficaz de entender e planejar ações no futuro. É um modelo que serve para identificar as pessoas que vão ilustrar o futuro do próprio mercado em que atua.</p> <p>Definidos como Early Adopters, estes consumidores absorverão as novas idéias e novos produtos com mais rapidez, mas o interesse deles por vezes é passageiro e se resume apenas na novidade. Os Future Shapers são curiosos e defendem novas idéias. Entre eles há, porém uma coisa em comum. Todos fazem parte do perfil dos novos consumidores porque valorizam a autenticidade e originalidade de produtos e marcas, tem mais informação e envolvimento com o que compram, gostam de inovação, praticidade e aderiram à responsabilidade sócio-ambiental.</p> <p>O perfil dos consumidores brasileiros mudou de fato, desde a chegada da Internet no país. Com ela, 70% dos entrevistados pesquisam informações sobre produtos e serviços que pretendem comprar. Os mais antenados – Future Shapers segundo a GTI 07/08 -, têm prazer em descobrir antes e contar sobre as novas opções de produtos e serviços para amigos e familiares. Portanto, estes consumidores podem ajudar bastante em ações de lançamentos ou inovações em pesquisas para avaliar o grau de inovação, o conceito, chances e garantias futuras de aceitação do mercado.</p> <p><span class="subtitulomateria">Outros hábitos definem o perfil</span><br />A GTI fez ainda um estudo sobre o consumo de outras categorias como alimentos, personal care – cuidados pessoais -, bebidas e home care – cuidados para o lar para avaliar o perfil destes consumidores de uma forma mais detalhada. Segundo o estudo, produtos relacionados aos cuidados pessoais são os líderes no ranking de intenção de compra, enquanto os cuidados com o lar aparecem nas últimas colocações. Com base nestes dados, Karina Milaré, Diretora de Planejamento da TNS InterScience, afirma que a avaliação da produção seria negativa. “A primeira reação nas empresas seria julgar o investimento como algo sem força para se sustentar”, diz a executiva.</p> <p>O setor financeiro também foi alvo da pesquisa da TNS, em especial os cartões de crédito e seus benefícios. Para os Future Shapers, isto não basta para caracterizar uma inovação. De acordo com Karina, é preciso que os benefícios se tornem também funcionais. “Atributos funcionais e uma proposta de estilo de vida tornam-se uma oportunidade se estiverem em uma estratégia combinada”, conta.</p> <p>O celular aparece na lista ao pesquisar quais as frustrações dos usuários ao usar o Vídeo-Phone. O principal problema destes aparelhos é que o consumidor não gostou de ter que andar na rua olhando para a tela do celular. Foi criado um workshop para avaliar as modificações mais plausíveis para o consumidor como design, usabilidade e necessidades futuras. O envolvimento com os usuários foi tão grande que o evento recebeu idéias deles para aparelhos com tela touch-screen two side, resolução de TV de plasma, bateria movida a energia solar, entre outras. “Os Future Shapers buscam produtos que permitem maior customização e interatividade”, avalia Karina Milaré em entrevista ao Mundo do Marketing.</p> <p>Com os dados e sugestões colhidas, foi possível avaliar a necessidade dos consumidores em novos formatos de baterias com mais durabilidade, qualidade de som e imagem e mais tempo para vídeos. “Notamos que tudo tinha uma razão e que as empresas devem priorizar idéias inovadoras”, explica a Diretora de planejamento da TNS InterScience.</p> <p><span class="subtitulomateria">Preferências que determinam a compra</span><br />Uma outra ferramenta que mereceu destaque na pesquisa da TNS foram os mecanismos de mensagens instantâneas. De acordo com Renato Trindade, Diretor da TNS InterScience Telecom&TI, a Ásia é um laboratório de tendências para as empresas de tecnologia que são responsáveis pela quebra de geração. Ou seja, hoje é comum para as pessoas usar o Instant Messanger – IM – no trabalho sem perder a concentração. “É difícil para os mais velhos entender que a pessoa que usa este serviço pode ou não responder a chamada na hora. Isto é uma mudança de geração”, explica Trindade.</p> <p>O executivo aponta para o Brasil como um dos maiores mercados do mundo com 49% das pessoas trocando de celular em um espaço entre 18 meses. Com a procura intensa por novas tecnologias que caibam no bolso, o consumidor logo estará aplicando o IM nos aparelhos celulares, criando a migração do computador para o celular. No nosso país o diferencial que mais chama a atenção do consumidor na hora de escolher o seu novo aparelho é a configuração da máquina digital. “No Brasil é a câmera fotográfica e nos EUA é o serviço de troca de e-mail”, conta Trindade.</p> <p>A capacidade de comportar músicas em formato MP3 é a preocupação de 78% dos usuários de Hong Kong quando pensam em trocar de aparelho. “A maioria dos consumidores em Hong Kong adquirem as músicas através de sideload e não pelo download de arquivos”, ressalta o Diretor da <a href="http://www.interscience.com.br" target="_blank">TNS InterScience</a> Telecom&TI.</p>


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