O que muda na comunicação e no marketing com a TV Digital 25 de julho de 2006

O que muda na comunicação e no marketing com a TV Digital

         

A TV Digital chega ao Brasil e com ela novos meios de interação entre consumidor e produto

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<p><strong>O que muda na comunicação e no marketing com a TV Digital</strong></p><p>Por Mariana Oliveira<br /><a href="mailto:[email protected]">[email protected]</a></p><p>Em junho, um decreto assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva regulamentou o padrão de TV digital japonês como base para implementar esta tecnologia no Brasil. Ele oferece um aumento considerável da qualidade de definição, de cores, de formato da imagem e o som será comparável ao de um CD. Para alguns, a discussão poderia terminar aí, mas as mudanças que estão por vir nos levam a reflexões não só sobre os avanços tecnológicos, mas sobre uma mudança de comportamento que se dará num período de dez anos – prazo que nos separa da implementação total do sistema digital na TV aberta.</p><p>As principais propostas desta tecnologia também incluem mudanças quanto à programação levando em conta a interatividade. O telespectador poderá escolher com quais câmeras quer assistir a um programa, acessar informações complementares disponibilizadas pelas emissoras, ter acesso a tudo isso a partir de dispositivos móveis (como o celular) e – o mais importante – pode decidir a que horas isso vai acontecer.</p><p>Esta tecnologia On Demand guiada pelo nosso controle remoto pode ser portadora de uma revolução no comércio. O t-commerce (television commerce) como é conhecido não está maduro nem nos países onde a TV Digital já foi implantada, mas dá margem a uma reformulação no modo como os produtos são vendidos hoje em dia.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Publicidade e TV Digital</span><br />Você assistiria a comerciais no intervalo de sua novela favorita se pudesse escolher não assisti-los? Este pode ser um dos problemas que a publicidade como conhecemos hoje enfrentará quando a maioria dos telespectadores tiver esta opção. Daniel Barbará, Diretor Comercial da Agência de Publicidade DPZ e um dos maiores especialistas em mídia do País, não acredita em uma transformação radical. “A publicidade tem um longo caminho pela frente. Ela será o último passo desta mudança”, completa.</p><p>Se a procura por formas mais eficientes de interação entre anunciante e consumidor é importante nos dias de hoje, ficará ainda mais latente no futuro, explica Pedro Waengertmer, Professor de comunicação interativa no curso pós-graduação da ESPM – SP. “Os anunciantes estão cada vez mais pragmáticos e querem medir todas as formas de interação, como o celular e o marketing viral. Isso tudo está no mesmo contexto porque a interatividade não pode ser reduzida a escolha da grade de programação”.</p><p><span class="texto_laranja_bold">Marketing e TV Digital</span><br />A TV Digital permite que o grau de segmentação e personalização hoje vistos na internet esteja presente também através do controle remoto. O público brasileiro demonstra grande participação em programas que exigem interatividade e espera-se que ele também seja receptivo à interatividade do sistema digital de TV. </p><p>Vender produtos aliando criatividade e pioneirismo são estratégias atuais no marketing. Neste contexto, formas alternativas de estabelecer uma marca demonstram que podem ser viáveis para se fazer presente no cotidiano do consumidor levando em consideração as novas mídias aptas a transmitir a programação da TV, como o celular.</p><p>Daniel Barbará explica que atualmente promoções e eventos já são a maior área de crescimento na divulgação de um produto principalmente pela capacidade de atingir “nichos diferentes” de mercado. Pedro Waengertmer acrescenta que formas alternativas como merchandising, games e programas de marca como o Joga 10 podem aparecer como fortes tendências. “Todos terão que pensar formas inovadoras de impactar o cliente”, conclui.</p>


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