<p>Por Gustavo Reis*<br /> <br /> Para o mercado publicit&aacute;rio, 2009 come&ccedil;ou cercado de especula&ccedil;&otilde;es sobre o impacto do cen&aacute;rio macro-econ&ocirc;mico nos budgets dos anunciantes. Uma das maiores expectativas era o poss&iacute;vel crescimento da internet, uma vez que permite aos anunciantes um ganho de performance devido &agrave; modelos de negocia&ccedil;&atilde;o agressivos, possibilidades de otimiza&ccedil;&atilde;o em tempo real e oportunidades em embarcar em tend&ecirc;ncias como o Twitter.<br /> <br /> Ao longo do ano, de fato, algumas empresas souberam aproveitar o momento e realizar a&ccedil;&otilde;es inovadoras, gerando uma experi&ecirc;ncia diferenciada e/ou ocupando um posicionamento estrat&eacute;gico que lhes d&ecirc; alguma vantagem, afinal os n&uacute;meros do meio impressionam: Projeta-se para 2009 um crescimento aproximado de 10% no total de usu&aacute;rios, totalizando quase 70 milh&otilde;es de pessoas conectadas (alcance de 49%, segundo dados do TGI Am&eacute;rica Latina). <br /> <br /> Com a prolifera&ccedil;&atilde;o das plataformas sociais, o Brasil que j&aacute; se destacava entre os pa&iacute;ses com maior tempo m&eacute;dio de navega&ccedil;&atilde;o, passou a somar &iacute;ndices igualmente impressionantes de p&aacute;ginas vistas em blogs, micro-blogs e comunidades (m&eacute;dia mensal de 747 p&aacute;ginas por pessoa segundo o Ibope Nielsen Online) e de interatividade (79% dos usu&aacute;rios navegam por sites de comunidades, 82% v&ecirc;em v&iacute;deos on-line todo m&ecirc;s e 76% escutam r&aacute;dios on-line, conforme pesquisa global da McCann Ericsson). Estima-se tamb&eacute;m um crescimento de 30% no total investido em web, chegando a R$ 987 milh&otilde;es segundo proje&ccedil;&atilde;o da IAB e do Projeto Intermeios.<br /> <br /> Esses s&atilde;o apenas alguns indicadores que refletem a consolida&ccedil;&atilde;o do meio, mas ainda assim a internet responde por apenas 6% do budget. Acredito que esse valor n&atilde;o &eacute; superior n&atilde;o porque os gestores, empres&aacute;rios e ag&ecirc;ncias n&atilde;o conhe&ccedil;am a web, mas porque n&atilde;o conseguiram responder quest&otilde;es como: como encaixar a internet dentro de um plano de comunica&ccedil;&atilde;o consistente, de forma que traga resultado direto para o neg&oacute;cio? Em outras palavras, como trazer dinheiro?<br /> <br /> Claro que n&atilde;o existe uma f&oacute;rmula m&aacute;gica que resolva a quest&atilde;o. Talvez nem precise. Existem tantas possibilidades de atua&ccedil;&atilde;o que um &uacute;nico caminho n&atilde;o parece fazer sentido. Ao longo das pr&oacute;ximas semanas vou escrever sobre os principais desafios para os anunciantes para entrar no marketing digital, como as ag&ecirc;ncias tiveram que se adaptar a esse novo modelo de neg&oacute;cio (alterando inclusive a rela&ccedil;&atilde;o com clientes), como encarar a web de forma estrat&eacute;gica e claro, sobre tend&ecirc;ncias digitais.<br /> <br /> Para come&ccedil;ar, diz a&iacute;, o que falta para a internet deslanchar?<br /> <br /> * Gustavo Reis &eacute; graduado em Propaganda e Marketing pela ESPM-SP e possui especializa&ccedil;&otilde;es em Strategy e Consumer Behavior pela Harvard Business School, EUA. Atua em marketing digital h&aacute; 10 anos, acumulando passagens pelo iG e Predicta. Respondeu pela &aacute;rea de internet da Tecnisa e atualmente responde pela diretoria de m&iacute;dia da Wunderman, atendendo Colgate, Dell, Johnnie Walker, Smirnoff, Land Rover, Perdig&atilde;o e Syngenta.</p>
O que falta para a internet deslanchar?
23 de novembro de 2009