<p>Um dos mais importantes setores da economia brasileira, o agroneg&oacute;cio responde por grande parte do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, al&eacute;m de contribuir para o equil&iacute;brio da balan&ccedil;a comercial. Ainda dependente de transa&ccedil;&otilde;es que envolvem commodities, o pa&iacute;s deposita na atividade rural boa parte de suas expectativas econ&ocirc;micas.<br /> <br /> De acordo com o Centro de Estudos Avan&ccedil;ados em Economia Aplicada da Universidade de S&atilde;o Paulo (CEPEA/USP), o PIB da agropecu&aacute;ria brasileira, apesar de cair 6% em 2009, movimentou R$ 718 bilh&otilde;es. No ano passado, segundo o Minist&eacute;rio da Agricultura, Pecu&aacute;ria e Abastecimento, o setor foi respons&aacute;vel por 42% das exporta&ccedil;&otilde;es brasileiras, cujo valor total contabilizou US$ 64,7 bilh&otilde;es. O setor emprega aproximadamente um ter&ccedil;o dos brasileiros e sustenta cerca de 30% do PIB local.<br /> <br /> Embora gere dividendos, as pr&aacute;ticas agr&iacute;colas est&atilde;o, tamb&eacute;m, associadas a quest&otilde;es delicadas, sobretudo em rela&ccedil;&atilde;o ao meio ambiente e aspectos sociais. A expans&atilde;o das fronteiras produtivas exp&ocirc;s uma s&eacute;rie de novos desafios para o setor, que deve, em contrapartida, amadurecer seu modelo de relacionamento junto aos p&uacute;blicos e localidades com vistas ao equil&iacute;brio entre produtividade e engajamento positivo perante comunidades, organiza&ccedil;&otilde;es civis, entidades governamentais, dentre outros agentes relevantes.<br /> <br /> Este cen&aacute;rio abre oportunidade para que as principais empresas do setor criem plataformas de atua&ccedil;&atilde;o sobre causas &ndash; que s&atilde;o muitas em um mercado t&atilde;o sens&iacute;vel. De acordo com o Financiamento e Oportunidades de Conserva&ccedil;&atilde;o e Uso Sustent&aacute;vel (Focus) &ndash; uma parceria entre o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e o Instituto Arapya&uacute; &ndash; h&aacute; elementos cruciais a serem endere&ccedil;ados no contexto do setor. S&atilde;o pontos de aten&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o devem alertar apenas os governos, como tamb&eacute;m empresas.<br /> <br /> De acordo com o Focus, &eacute; preciso conciliar produtividade e redu&ccedil;&atilde;o dos impactos socioambientais, o que toca temas como educa&ccedil;&atilde;o, conserva&ccedil;&atilde;o, rela&ccedil;&atilde;o com comunidades, incremento de tecnologias, transi&ccedil;&atilde;o para uma economia de baixo carbono e sustentabilidade incorporada &agrave;s cadeias e processos produtivos.<br /> <br /> O agroneg&oacute;cio brasileiro dedica mais de 83% do seu territ&oacute;rio &agrave; &ldquo;pecu&aacute;ria bovina, soja, cana-de-a&ccedil;&uacute;car, florestas plantadas e agroenergias derivadas da cana-de-a&ccedil;&uacute;car (etanol e eletricidade a partir do baga&ccedil;o da cana), al&eacute;m do carv&atilde;o vegetal proveniente de florestas plantadas&rdquo;, segundo o Focus. E, neste cen&aacute;rio, figuram grandes empresas &ndash; como Bunge, Syngenta, Marfrig, Cargill e JBS-Friboi &ndash; que desenham, por meio de atitudes de marca socioambientais, as prioridades de a&ccedil;&atilde;o inerentes ao setor.<br /> <br /> Uma an&aacute;lise geral leva &agrave; conclus&atilde;o de que tais empresas procuram ocupar os mesmos espa&ccedil;os. Quest&otilde;es ambientais, educacionais, comunit&aacute;rias e culturais est&atilde;o na pauta de corpora&ccedil;&otilde;es que desejam equilibrar suas rela&ccedil;&otilde;es locais e, ao mesmo tempo, vincular suas marcas a preceitos sustent&aacute;veis. Por viverem problemas e oportunidades semelhantes, as marcas acabam por ocupar plataformas convergentes em suas atitudes.<br /> <br /> <img height="162" align="left" width="128" alt="O que Bunge, Syngenta, Marfrig, Cargill e JBS-Friboi t&ecirc;m em comum?" src="/images/materias/thumb_projeto_agua_viva.gif" /><strong>Meio ambiente</strong><br /> Quest&atilde;o central para as empresas de agroneg&oacute;cio, o aspecto ambiental passa por v&aacute;rias dimens&otilde;es dos neg&oacute;cios na economia rural. Desmatamento, queimadas, uso de produtos qu&iacute;micos e rastreabilidade s&atilde;o alguns dos temas que sempre mobilizam p&uacute;blicos fundamentais para a constru&ccedil;&atilde;o de uma real percep&ccedil;&atilde;o de valor para as corpora&ccedil;&otilde;es que exploram o setor prim&aacute;rio.<br /> <br /> Uma das companhias mais representativas do pa&iacute;s, a su&iacute;&ccedil;a Syngenta, tem no manejo agr&iacute;cola o mote para o seu prop&oacute;sito global, sintetizado no conceito &ldquo;Trazendo o potencial faz plantas para a vida&rdquo;. Com uma receita bruta de R$ 3,6 bilh&otilde;es, a companhia considera que h&aacute; tr&ecirc;s desafios a serem endere&ccedil;ados: produzir alimentos de forma alinhada &agrave; demanda global; produzir energia limpa e executar suas entregas sem ampliar &aacute;reas de cultivo ou o consumo de &aacute;gua.<br /> <br /> Neste sentido, a companhia afirma considerar os preceitos ambientais da sustentabilidade em seus processos de neg&oacute;cio e, tamb&eacute;m, em projetos junto a agricultores, entidades e governos. No Brasil, o Projeto &Aacute;gua Viva &eacute; um exemplo: focado em recupera&ccedil;&atilde;o de nascentes, a atitude j&aacute; beneficiou 4,8 mil localidades em todo o pa&iacute;s. Outro destaque da companhia &eacute; o apoio &agrave; cidade mato-grossense de Lucas do Rio Verde, que tem como meta ser um munic&iacute;pio pioneiro na regulariza&ccedil;&atilde;o de todas as propriedades rurais &agrave; luz do C&oacute;digo Florestal, de maneira que nenhuma delas tenha passivos socioambientais ou trabalhistas, bem como fa&ccedil;a uso seguro de defensivos agr&iacute;colas &ndash; um dos neg&oacute;cios da Syngenta ao lado do desenvolvimento de sementes.<br /> <br /> <img height="176" align="right" width="168" alt="O que Bunge, Syngenta, Marfrig, Cargill e JBS-Friboi t&ecirc;m em comum?" src="/images/materias/thumb_projeto_escola_campo.jpg" /> Outro ponto relevante da quest&atilde;o ambiental no agroneg&oacute;cio &eacute; o manejo sustent&aacute;vel dos territ&oacute;rios que s&atilde;o objeto de plantio. Neste sentido, a educa&ccedil;&atilde;o consiste em uma das principais vias para garantir uma atividade agr&iacute;cola sustent&aacute;vel. O Projeto Escola no Campo, da Syngenta, visa incentivar, por meio da capacita&ccedil;&atilde;o de estudantes da zona rural, pr&aacute;ticas que respeitem o meio ambiente.<br /> <br /> As diretrizes ambientais da Syngenta s&atilde;o globais e, em 2009, segundo a companhia, foram aplicados R$ 2,1 milh&otilde;es entre projetos incentivados e investimentos diretos distribu&iacute;dos entre esporte, cultura e projetos socioambientais.<br /> <br /> Outra multinacional com forte presen&ccedil;a no pa&iacute;s, a Monsanto tamb&eacute;m parte de uma pol&iacute;tica de sustentabilidade para direcionar suas atitudes na &aacute;rea. De acordo com a companhia, estes princ&iacute;pios obedecem a tr&ecirc;s eixos: respeitar a legisla&ccedil;&atilde;o vigente; incrementar processos e promover junto aos p&uacute;blicos iniciativas voltadas &agrave; conserva&ccedil;&atilde;o e educa&ccedil;&atilde;o ambiental.<br /> <br /> A plataforma de meio ambiente da companhia, cuja receita bruta no Brasil foi de R$ 3,6 bilh&otilde;es no exerc&iacute;cio mais recente, divide-se em oito programas focados, basicamente, em conserva&ccedil;&atilde;o, restaura&ccedil;&atilde;o florestal, cuidado com mananciais e preserva&ccedil;&atilde;o de esp&eacute;cies animais. Em suas atitudes, a empresa mant&eacute;m parcerias junto a &oacute;rg&atilde;os como a The Nature Conservancy e o EarthWatch Institute.<br /> <br /> <img height="121" align="left" width="126" alt="O que Bunge, Syngenta, Marfrig, Cargill e JBS-Friboi t&ecirc;m em comum?" src="/images/materias/logo-gado-legal.jpg" /> Na pecu&aacute;ria, outra frente importante do agroneg&oacute;cio, o grupo Marfrig &ndash; detentor de marcas como a Seara &ndash; confere autonomia &agrave;s suas unidades para que desenvolvam a&ccedil;&otilde;es alinhadas &agrave;s particularidades de cada comunidade em que operam. Para refor&ccedil;ar seu engajamento ambiental, a companhia foca seu compromisso em duas frentes: conserva&ccedil;&atilde;o da biodiversidade e melhoria dos processos produtivos.</p> <p>Tendo em vista seu alcance internacional, o grupo &eacute; signat&aacute;rio de pactos vinculados &agrave; causa e ocupa postos em inst&acirc;ncias relevantes que debatem solu&ccedil;&otilde;es e pol&iacute;ticas para o tema. Uma dessas posi&ccedil;&otilde;es &eacute; a presid&ecirc;ncia do Conselho Diretor do Grupo de Trabalho da Pecu&aacute;ria Sustent&aacute;vel, conduzido pelo Banco Mundial junto ao International Finance Corporation (IFC), voltado &agrave; promo&ccedil;&atilde;o de pr&aacute;ticas sustent&aacute;veis na cadeia de carne bovina.<br /> <br /> As principais empresas do setor t&ecirc;m diretrizes de sustentabilidade estruturadas e procuram divulgar a incorpora&ccedil;&atilde;o dos princ&iacute;pios sustent&aacute;veis aos processos produtivos internos e externos, de modo a influenciar toda a cadeia. Al&eacute;m disso, as plataformas ambientais visam minimizar impactos, incentivar a conserva&ccedil;&atilde;o e recupera&ccedil;&atilde;o de esp&eacute;cies da fauna e flora, al&eacute;m de serem potencializadas por um vi&eacute;s educativo, que capacite agentes locais a adotarem pr&aacute;ticas alinhadas aos preceitos corporativos de sustentabilidade.<br /> <br /> <strong>Educa&ccedil;&atilde;o</strong><br /> Tema central para o desenvolvimento do pa&iacute;s, a educa&ccedil;&atilde;o tem uma relev&acirc;ncia adicional para o mundo do agroneg&oacute;cio. Al&eacute;m da fun&ccedil;&atilde;o pedag&oacute;gica-profissional, trata-se de uma &aacute;rea que cumpre importante papel quanto &agrave; conscientiza&ccedil;&atilde;o de jovens, fam&iacute;lias, produtores e organiza&ccedil;&otilde;es em rela&ccedil;&atilde;o a temas sens&iacute;veis ao universo rural, como &eacute; o caso do meio ambiente.<br /> <br /> Na Monsanto, a plataforma educacional divide-se em seis programas que t&ecirc;m como foco, sobretudo, crian&ccedil;as, adolescentes e professores que trabalham nas redes p&uacute;blicas de ensino. As iniciativas, de acordo com a companhia, visam estimular a leitura, capacitar profissionais, formar leitores, treinar professores, prover refor&ccedil;o escolar, bem como promover a inclus&atilde;o social por meio de uma forma&ccedil;&atilde;o por valores. Um dos programas que cumpre fun&ccedil;&atilde;o transcendente &agrave; pedagogia tradicional &eacute; o &ldquo;Dissemina&ccedil;&atilde;o da Sustentabilidade&rdquo;. Nele, equipes de funcion&aacute;rios da corpora&ccedil;&atilde;o s&atilde;o respons&aacute;veis pela divulga&ccedil;&atilde;o e compartilhamento de conceitos e pr&aacute;ticas sustent&aacute;veis junto a estudantes e outros p&uacute;blicos que integram a cadeia produtiva da empresa.<br /> <br /> A educa&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m figura entre as prioridades da Bunge. H&aacute; mais de cem anos no pa&iacute;s, a produtora norte-americana de alimentos, fertilizantes e processadora de gr&atilde;os &ndash; que tamb&eacute;m atua no segmento energ&eacute;tico &ndash; foi respons&aacute;vel, em 2009, por um faturamento bruto de R$ 27,2 bilh&otilde;es. Propriet&aacute;ria de marcas como Soya e Del&iacute;cia, a multinacional est&aacute; &agrave; frente de diversas a&ccedil;&otilde;es junto a estudantes. Uma delas &eacute; o programa Comunidade Educativa, que completa oito anos e leva o conceito de &ldquo;escola sustent&aacute;vel&rdquo; ao sistema p&uacute;blico de ensino fundamental instalado no entorno das opera&ccedil;&otilde;es da companhia. <br /> <br /> Na iniciativa, colaboradores da empresa s&atilde;o formados e estimulados a auxiliar no processo de aprendizado infantil, o que se articula com o sistema de voluntariado corporativo da marca. Ainda no escopo do programa, s&atilde;o capacitados &ndash; em parcerias com &oacute;rg&atilde;os p&uacute;blicos estaduais e municipais &ndash; educadores para a condu&ccedil;&atilde;o de novas pr&aacute;ticas pedag&oacute;gicas. Articulado ao Comunidade Educativa, teve in&iacute;cio recentemente o Comunidade Criativa, voltado &agrave; forma&ccedil;&atilde;o profissional de jovens em fun&ccedil;&otilde;es correlatas ao desenvolvimento sustent&aacute;vel dos locais em que a companhia est&aacute; presente.<br /> <br /> As a&ccedil;&otilde;es educativas da empresa s&atilde;o coordenadas pela Funda&ccedil;&atilde;o Bunge. Criada h&aacute; mais de 50 anos, a entidade sistematiza e direciona os investimentos sociais da companhia. Al&eacute;m dos programas pedag&oacute;gicos, que comp&otilde;em a plataforma socioambiental, a organiza&ccedil;&atilde;o atua no incentivo &agrave; pesquisa e excel&ecirc;ncia em torno da sustentabilidade e na preserva&ccedil;&atilde;o da mem&oacute;ria corporativa. <br /> <br /> Segundo Cl&aacute;udia Calais, gerente de Responsabilidade Social da Funda&ccedil;&atilde;o Bunge, os programas educativos foram modificados com vistas a estimular &ldquo;o aparecimento de ideias inovadoras e inclusivas&rdquo;. &ldquo;Ao optarmos por este caminho, analisamos os programas e projetos existentes e a continuidade de cada um; agrupamos nestas tr&ecirc;s linhas e trabalharemos intensamente para aprimor&aacute;-los ainda mais, com o compromisso de checar os resultados efetivos&rdquo;, afirma. Em 2009, as doa&ccedil;&otilde;es da mantenedora, a Bunge Brasil, somaram R$ 5,5 milh&otilde;es.<br /> <br /> Al&eacute;m da Bunge, outra companhia norte-americana que contempla a educa&ccedil;&atilde;o e faz uso de uma funda&ccedil;&atilde;o para gerir seus investimentos sociais &eacute; a Cargill. Com receita l&iacute;quida de R$ 15,8 bilh&otilde;es registrada no pa&iacute;s em 2009, a empresa criou sua entidade em 1973, cujo objetivo inicial concentrava-se no incentivo &agrave; produ&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica com aplica&ccedil;&otilde;es nas suas &aacute;reas de neg&oacute;cio, al&eacute;m de atividades com car&aacute;ter social. <br /> <br /> Ap&oacute;s os anos 1990, a organiza&ccedil;&atilde;o ampliou seu escopo de a&ccedil;&otilde;es e, hoje, desenvolve atitudes sociais com foco majorit&aacute;rio em educa&ccedil;&atilde;o. Dentre as principais iniciativas, destaca-se o programa &ldquo;Fura-Bolo&rdquo;. Desenvolvido em parceria com secretarias municipais de educa&ccedil;&atilde;o, visa incrementar o ensino fundamental por meio da distribui&ccedil;&atilde;o de livros elaborados para alunos do segundo ao quinto ano. Al&eacute;m do material did&aacute;tico personalizado, s&atilde;o capacitados anualmente mais de 2 mil educadores, que cumprem a fun&ccedil;&atilde;o de estimular a leitura e valorizar a cultura popular brasileira. As a&ccedil;&otilde;es sociais da companhia contabilizaram, em 2009, R$ 3,4 milh&otilde;es.<br /> <br /> <strong>Cultura</strong><br /> Plataformas culturais tamb&eacute;m s&atilde;o comuns nas protagonistas do agroneg&oacute;cio brasileiro, seja para afirmar o la&ccedil;o junto a comunidades do entorno de opera&ccedil;&otilde;es ou auxiliar na promo&ccedil;&atilde;o simb&oacute;lica do Brasil no exterior, sobretudo nas companhias com forte presen&ccedil;a em outras na&ccedil;&otilde;es.<br /> <br /> A JBS-Friboi, multinacional brasileira l&iacute;der no setor de carne bovina com uma receita l&iacute;quida de R$ 55,2 billh&otilde;es em 2009, apoia a Companhia Brasileira de Ballet, com o objetivo de divulgar mundialmente as express&otilde;es culturais do pa&iacute;s. No escopo da iniciativa, inclui-se o Conservat&oacute;rio Brasileiro de Dan&ccedil;a, que em seu quarto ano j&aacute; &eacute; um centro de refer&ecirc;ncia para praticantes. A escola foi premiada, em 2008 e 2009, como a melhor do pa&iacute;s no Festival de Dan&ccedil;a de Joinville, em Santa Catarina. Atualmente, a Companhia realiza apresenta&ccedil;&otilde;es no exterior, com passagens por M&ocirc;naco, China, Estados Unidos, dentre outros pa&iacute;ses. A internacionaliza&ccedil;&atilde;o do grupo alinha-se ao intuito da marca de expandir-se para os mercados de exporta&ccedil;&atilde;o que fazem da companhia uma das l&iacute;deres globais no agroneg&oacute;cio.<br /> <br /> <strong>Pr&ecirc;mio Funda&ccedil;&atilde;o Bunge: cultura &eacute; prioridade no agroneg&oacute;cio</strong><br /> A Monsanto tamb&eacute;m prioriza as atitudes culturais ao direcionar recursos incentivados sob o argumento da gera&ccedil;&atilde;o de renda, melhoria das condi&ccedil;&otilde;es de acesso &agrave; cultura, educa&ccedil;&atilde;o e incremento da qualidade de vida dos beneficiados. Em 2009, a empresa destinou R$ 4 milh&otilde;es distribu&iacute;dos por oito projetos. Como principais focos, figuram o acesso &agrave; leitura, m&uacute;sica, teatro, dan&ccedil;a e cinema, que atendem a objetivos como formar p&uacute;blicos e preservar o patrim&ocirc;nio cultural imaterial, de modo a criar v&iacute;nculos com o contexto brasileiro sob a forma do seu universo simb&oacute;lico, ao mesmo tempo em que amplifica seu grau de conex&atilde;o junto a comunidades locais.<br /> <br /> Pr&ecirc;mios tamb&eacute;m s&atilde;o comuns ao universo da cultura. A Funda&ccedil;&atilde;o Bunge concede reconhecimento a personalidades proeminentes nas Artes, Letras e Ci&ecirc;ncias. O rigoroso crivo seleciona indicados por acad&ecirc;micos, pesquisadores e entidades culturais. At&eacute; 2009, 159 pessoas foram contempladas com o pr&ecirc;mio.<br /> <br /> <strong>Relacionamento comunit&aacute;rio</strong><br /> Al&eacute;m de iniciativas culturais e educacionais, outras a&ccedil;&otilde;es s&atilde;o desenvolvidas pelas marcas de agroneg&oacute;cio com o objetivo de estreitar la&ccedil;os junto a comunidades que envolvem suas opera&ccedil;&otilde;es. Normalmente articuladas a programas de voluntariado corporativo ou organiza&ccedil;&otilde;es locais, as atitudes contemplam temas de interesses variados, pautados pelas necessidades e caracter&iacute;sticas das regi&otilde;es em quest&atilde;o. Predominam, nesse sentido, a&ccedil;&otilde;es de car&aacute;ter pontual conectadas a quest&otilde;es de g&ecirc;nero, sa&uacute;de, alimenta&ccedil;&atilde;o, seguran&ccedil;a, dentre outros. Todavia, trata-se de uma frente transversal &agrave;s demais.<br /> <br /> <strong>Objetivos por &aacute;rea</strong><br /> As pr&aacute;ticas das gigantes do agroneg&oacute;cio brasileiro est&atilde;o vinculadas a objetivos semelhantes que se cruzam com as plataformas de atua&ccedil;&atilde;o: <br /> <br /> <em>Meio ambiente: </em>minimizar impacto ambiental; rever processos produtivos; influenciar a cadeia de valor; conservar esp&eacute;cies e estimular pr&aacute;ticas educacionais voltadas ao tema.</p> <p><em>Cultura:</em> aproximar-se de comunidades locais por meio da preserva&ccedil;&atilde;o dos patrim&ocirc;nios material e imaterial; difundir as express&otilde;es brasileiras no exterior; promover o acesso e formar p&uacute;blico.<br /> <br /> <em>Educa&ccedil;&atilde;o:</em> incrementar relacionamento comunit&aacute;rio; criar reputa&ccedil;&atilde;o de cidadania junto a governo, moradores e outros p&uacute;blicos de influ&ecirc;ncia local.<br /> <br /> <em>Relacionamento comunit&aacute;rio:</em> estimular voluntariado corporativo; contribuir para o saneamento de problemas localizados; estabelecer rela&ccedil;&otilde;es qualificadas pela confian&ccedil;a e conhecimento das necessidades locais.<br /> <br /> <strong>Objetivos de atitude de marca</strong><br /> Ao praticarem atitudes, as marcas comumente buscam endere&ccedil;ar cinco objetivos: valorizar a marca; criar reputa&ccedil;&atilde;o de cidadania; manter relacionamentos; gerar resultados comerciais e realizar endocomunica&ccedil;&atilde;o, fortalecendo o engajamento interno. O hist&oacute;rico de pesquisas realizadas pelo Com:Atitude demonstra que reputa&ccedil;&atilde;o de cidadania &eacute; uma das prioridades entre as empresas, o que se confirma na an&aacute;lise das iniciativas do agroneg&oacute;cio. Relacionamento e endocomunica&ccedil;&atilde;o s&atilde;o outras duas metas fortemente tocadas pelas plataformas de atua&ccedil;&atilde;o das empresas que comp&otilde;em o setor, demonstrando unidade quanto &agrave;s prioridades e quest&otilde;es sens&iacute;veis entre tais corpora&ccedil;&otilde;es.</p> <p style="text-align: center;"><embed height="344" width="425" type="application/x-shockwave-flash" pluginspage="http://www.macromedia.com/go/getflashplayer" src="http://www.youtube.com/v/3fik3Xvh5jY%26hl=en%26fs=1%26rel=0" wmode="transparent"></embed></p> <p><em>* Por Rodolfo Ara&uacute;jo. Esta reportagem foi publicada originalmente no portal </em><a target="_blank" href="http://comatitude.com.br/"><em>Com:Atitude</em></a><em>, da Edelman Significa e agora no Mundo do Marketing de acordo com parceria que os dois portais mant&ecirc;m.</em></p>
O que Bunge, Syngenta, Marfrig, Cargill e JBS-Friboi têm em comum?
1 de fevereiro de 2011
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