O que aprendi sobre Publicidade com Startups em Lisboa 13 de novembro de 2018

O que aprendi sobre Publicidade com Startups em Lisboa

         

WebSummit apresentou soluções diversas envolvendo inteligência artificial, big data e análises preditivas para construção do melhor mix para comunicação e Marketing

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Eu não sei você, mas eu tenho exatos 15 anos e meio de experiência em marketing. E não raro a gente acha que há pouca coisa para conhecer de novo. Ou que o novo vem sempre aos pouquinhos, ele vai se apresentando conforme o tempo e você se adapta. Bom, não foi exatamente isso que vi em Lisboa, durante o WebSummit que ocorreu semana passada.

Um ano atrás disso para alguns colegas que, na concorrência entre agências de publicidades e consultorias para obter a verba e a inteligência de comunicação talvez o grande vencedor seria uma startup. Mais enxuta, prática, melhores índices de desempenho… Ou seja: uma grande mudança de macro + microambiente ao qual o mercado de serviços de marketing não acompanhou.

O que antes era uma aposta este ano tive a certeza que é uma certeza. Seja vendo o excelente trabalho de startups de todo o mundo desenvolvendo soluções diversas, envolvendo muita inteligência artificial, big data e análises preditivas para construção do melhor mix de soluções em mídia e auxiliando o planejamento de marketing e comunicação, ou através de iniciativas nacionais interessantes como a VTEX e a instaTeaser que automatiza e/ou revoluciona a interface entre grandes marcas e as áreas tradicionais de todos os serviços de marketing – criação, inclusive.

Mas este não é o fim do mundo, mas o início de uma nova navegação para o nosso mercado – fazendo uma alegoria com o local do WebSummit, a incrível Lisboa que também está fazendo seu “pivot” para ser um lugar mais moderno e integrado com o ambiente empreendedor local, algo que já foi a referência há 5 séculos atrás e que tem um WebSummit seu pilar principal de convergência.

Eu como profissional de marketing e comunicação recomendaria a você alguns pontos como evolução da nossa carreira:

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• Mapeie os novos modelos de negócios que estão avançando sobre nossa área. E fique tranquilo quanto a ales serem mais efetivos e baratos. É melhor se aliar do que correr contra uma tendência que não há volta. O pessoal da Blockbuster deve pensar nisso quando tiveram a chance de comprar uma startup chamada Netflix por US$ 150 milhões e hoje o negócio vale centenas de bilhões.

• Ofereça e/ou represente estes modelos dentro do teu negócio, nem que isso signifique implodir o atual modelo de negócio do que se blindar da “concorrência” que vem do Silício e adjacências. A Kodak inventou a câmera fotográfica, tentou continuar suas formas de receitas e… Bom, vocês sabem o que aconteceu.

• Se puder, construa um venture builder/corporate venture para o seu cliente e/ou para a sua agência, se ela for de médio ou grande porte. Sete em cada dez unicórnios receberam investimento de alguma fundo atrelado a grupo empresarial na última década, segundo a CB Insights. Ofereça seu canal de clientes e know-how mais mentoria a troca de uma participação efetiva em soluções que podem estar no Brasil e/ou exterior. O que seria da Microsoft sem comprar a startup PowerPoint em 1987 ou o Google sem o Android em meados da década passada?

O novo mundo pode parecer inóspito e perigoso, mas pode trazer grandes riquezas. Foi assim para as Grandes Navegações portuguesas que os trouxeram para o Brasil. E pode ser o sentido que nosso mercado pode tomar para atingir um novo patamar de relevância aqui e na rota contrária de Cabral.


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