O necessário redesign do serviço de educação 24 de março de 2015

O necessário redesign do serviço de educação

         

O necessário redesign do serviço de educação

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Em 1997 Peter Drucker previu que os Grande Campi Universitários seriam relíquias em 30 anos. Estamos na metade do caminho entre a premonição do mais importante trendsetter do Séc. XX e sua previsão. No meio tempo alguns indicadores:  Enciclopédias, Jornais e Gravadoras têm muito em comum com IES.

Acima a queda de circulação dos principais Jornais Norte Americanos (no Brasil a tendência persiste).

Todos estão no negócio da Produção e Disseminação de Conteúdo (monetizando a propriedade intelectual).

Eles prospectam, aglutinam, produzem, processam e gerenciam conhecimento e informação. 

Seus produtos são compostos de átomos – livros, documentos, CDs e DVDs – e são caros para serem criados e distribuídos. Seus produtos são Proprietários, e suas indústrias tomam medidas legais e judiciais contra aqueles que violam os seus direitos de propriedade intelectual. Porque eles criam um valor único, seus clientes pagam por eles e obtém receita com isso. Seu negócio é possível por causa da escassez: notícia de qualidade, informação, conhecimento, aprendizagem, arte.

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No entanto, hoje as empresas de enciclopédias, jornais, e as gravadoras estão em vários estágios de um colapso.

Acima e abaixo as curvas da Indústria Fonográfica. Pelo volume dos gráficos, o volume do faturamento. Músicas para Celular, Games e Downloads pagos certamente não trarão de volta os anos dourados do CD e do Vinil, onde os valores eram computados em Bilhões de Dólares.

Todos perderam seus monopólios sobre a criação e entrega de conteúdo. Estão sendo dizimados pela era digital que trouxe Abundância, Participação em Massa, a Democratização da Produção, o Surgimento de Novos Canais de Entrega Digitais, a Inviabilidade de Noções Antigas de Propriedade Intelectual, e a complementação de novos modelos de negócios – todos viabilizados pela Internet.

Os supostamente inatacáveis atributos de suas Empresas Tradicionais e modelos de negócios foram apagados tão rapidamente quanto uma música, quando você aperta o “delete” no seu iPhone. Analisando, sob essa perspectiva de Geradores de Conteúdo, enciclopédias, jornais e gravadoras são muito parecidos com as Faculdades e as Universidades de hoje.

Se tomarmos como referência a curva de vida de um produto ou serviço o gráfico abaixo certamente aponta o amadurecimento do setor em qualquer perspectiva.

Um convite a reflexão se tudo o que estamos fazendo não é a repetição do que fizemos. Movimentos como Coursera, EduX, Open Learning, Academic Earth e TED, ao serem contrapostos a democratização da WEB inspiram temeridade para quem faz mais do mesmo. Aqueles Gestores Educacionais acostumados e acomodados em uma zona de conveniência que acumula – a cada dia – mofo. Quem sair na frente na revolução do modelo de negócios, certamente irá perpetuar seu negócio no futuro iminente.

Afinal Apple, Google, Amazon e HBO encontraram maneiras de organizar e capitalizar o cinema, uma indústria que vinha sendo subvertida pela Internet.

E ninguém falou, ainda, de um Netflix para a educação.


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