<p class="titulomateria">O Marketing mudou. E voc&ecirc;?</p> <p>Por Bruno Mello<br /><a href="mailto:[email protected]">[email protected]</a></p> <p>Nelson Rodrigues sempre &eacute; citado para dizer que a unanimidade &eacute; burra, mas talvez possa haver uma exce&ccedil;&atilde;o para o Marketing. Afinal, a cada dia que passa engrossa a lista de profissionais e empresas que s&atilde;o un&acirc;nimes em olhar o mercado de outra forma, pois o mundo est&aacute; em constante transforma&ccedil;&atilde;o, o consumidor mudou e as estrat&eacute;gias de Marketing tamb&eacute;m.</p> <p>O que nos faz lembrar Nelson Rodrigues &eacute; que ainda h&aacute; quem n&atilde;o tenha esta vis&atilde;o e erre justamente por n&atilde;o se enquadrar neste novo cen&aacute;rio. &ldquo;Estamos vivendo uma quebra de paradigma&rdquo;, afirma Alberto Cerqueira Lima, Presidente da Copernicus Marketing Consulting no Brasil, consultoria em estrat&eacute;gia das mais requisitadas pelas maiores empresas do pa&iacute;s, como Oi e Ambev.</p> <p><img class="foto_laranja_materias" style="float: left;" title="Flavio Salles" src="images/materias/perfil/sun_flavio_salles.jpg" border="0" alt="" width="200" height="326" />&ldquo;O mundo &eacute; outro&rdquo;, concorda Flavio Salles (foto), s&oacute;cio-diretor da Sun-MRM. &ldquo;O meio digital virou o Marketing de cabe&ccedil;a para baixo. O ambiente tecnol&oacute;gico inovou a forma como as pessoas se relacionam com as marcas&rdquo;, comenta. &ldquo;Todas as melhores pr&aacute;ticas tiveram que ser revistas. Todo mundo est&aacute; tendo que reinventar a roda com o carro andando&rdquo;, aponta em entrevista ao Mundo do Marketing.</p> <p><span class="subtitulomateria">Confus&atilde;o te&oacute;rica</span><br />Cerqueira tamb&eacute;m acredita que muitos conceitos j&aacute; ca&iacute;ram por terra. Para o especialista, o momento atual &eacute; diferente de uma revolu&ccedil;&atilde;o, como aconteceu com a cria&ccedil;&atilde;o do carro. &ldquo;Quando se tem uma revolu&ccedil;&atilde;o &eacute; mais f&aacute;cil perceber&rdquo;, explica. &ldquo;O que est&aacute; havendo agora &eacute; uma mudan&ccedil;a profunda de tudo e isso faz com que os profissionais de Marketing n&atilde;o consigam apreender (as mudan&ccedil;as)&rdquo;, ressalta.</p> <p>Para o Presidente da Copernicus, o erro est&aacute; nas palavras. Quando se fala em um evento promocional ou material de merchandising as pessoas sabem o que &eacute;. &ldquo;Mas a realidade do nome propaganda, por exemplo, n&atilde;o existe mais. Por isso, as coisas precisariam ser renomeadas. Com este pensamento, as ag&ecirc;ncias n&atilde;o deveriam mais usar o nome plano de m&iacute;dia e sim, plano de contato. Essa mudan&ccedil;a &eacute; para que as pessoas pensem diferente, pois os mesmos nomes s&atilde;o uma arapuca&rdquo;, garante.</p> <p>Mesmo n&atilde;o enxergando o novo cen&aacute;rio, ainda h&aacute; empresas que obt&ecirc;m lucro. &ldquo;Eles diminuem custos operacionais, fazem programa de qualidade e tem uma demanda tradicional&rdquo;, elucida Cerqueira. &ldquo;Em estudos realizados, sabemos que at&eacute; 70% das compras s&atilde;o inerciais. As pessoas compram porque precisam comprar margarina e shampoo, por exemplo. Tem produto que chega a vender 95% por necessidade. Hoje a demanda est&aacute; muito aquecida&rdquo;, diz em entrevista ao site.</p> <p><span class="subtitulomateria">Produtos demais<br /></span>Para os produtos cuja demanda n&atilde;o &eacute; t&atilde;o alta, aprofundar o conhecimento sobre o consumidor &eacute; o melhor caminho para conquist&aacute;-lo. &ldquo;&Eacute; preciso saber o que ele gosta, o que ele faz, como ele consome. S&atilde;o estas informa&ccedil;&otilde;es que indicar&atilde;o a forma de falar com o consumidor de maneira relevante e pertinente&rdquo;, atesta Flavio Salles. &ldquo;O processo de comunica&ccedil;&atilde;o hoje &eacute; muito mais customiz&aacute;vel. Com um bom banco de dados voc&ecirc; segmenta o cliente usando ferramentas estat&iacute;sticas de acordo com o perfil dele&rdquo;, completa.</p> <p><span class="subtitulomateria"><img class="foto_laranja_materias" style="float: left;" title="Alberto Cerqueira Lima" src="images/materias/reportagens/mktcien_cerqueira.jpg" border="0" alt="" width="150" height="190" /></span>Atender &agrave;s novas demandas e acertar na mosca o desejo do consumidor &eacute; outro desafio. Somente no &uacute;ltimo ano, mais de 269 mil produtos foram lan&ccedil;ados, uma m&eacute;dia de aproximadamente 22,5 mil a cada m&ecirc;s. Diversos institutos de pesquisa, como a Nielsen, apontam que a maioria destes novos produtos, em torno de 80%, fracassa. &ldquo;O consumidor diz que quer op&ccedil;&atilde;o, mas n&atilde;o &eacute; bem assim. Hoje a segmenta&ccedil;&atilde;o &eacute; cada vez mais complexa. O consumidor tem uma atitude para uma categoria de produto e outra rea&ccedil;&atilde;o com outra categoria. Depende de muita coisa, de ocasi&atilde;o de consumo. Uma pessoa que usa um rel&oacute;gio Rolex n&atilde;o quer dizer que &eacute; consumidora de artigos de luxo&rdquo;, pondera Alberto Cerqueira (foto).</p> <p>Hoje a experi&ecirc;ncia no ponto-de-venda &eacute; fundamental. De acordo com Cerqueira, o consumidor precisa tocar e experimentar o produto. &ldquo;As compara&ccedil;&otilde;es de pre&ccedil;o na Internet e a m&iacute;dia servem apenas como um convite para a pessoa viver uma experi&ecirc;ncia no ponto-de-venda&rdquo;, afirma. &ldquo;Empresas como a Apple e a Adidas j&aacute; acordaram para isso e a virada que elas deram mostra muito bem. J&aacute; as grandes empresas de consumo de massa t&ecirc;m mais dificuldade&rdquo;, acredita. &ldquo;Os clientes pedem cada vez mais solu&ccedil;&otilde;es fora da caixa, mas &agrave;s vezes acaba no tradicional e o inovador n&atilde;o acontece&rdquo;, completa Fl&aacute;vio Salles.</p> <p><span class="subtitulomateria">Caso de Sucesso</span><br />A f&oacute;rmula &eacute; simples. Quem aposta no novo obt&eacute;m resultado. &Eacute; o caso da SulAm&eacute;rica. A empresa vai al&eacute;m de oferecer seguro. Em S&atilde;o Paulo, ela criou a R&aacute;dio SulAm&eacute;rica Tr&acirc;nsito 92,1 FM, no ar 24 horas por dia transmitindo informa&ccedil;&otilde;es e dicas sobre o tr&acirc;nsito de S&atilde;o Paulo. Com forte presen&ccedil;a da concorr&ecirc;ncia no segmento de seguros de autom&oacute;veis, a SulAm&eacute;rica oscilava, antes do lan&ccedil;amento da R&aacute;dio Tr&acirc;nsito, entre a 4&ordf; e a 5&ordf; posi&ccedil;&atilde;o na cabe&ccedil;a das pessoas quando perguntadas sobre seguros de ve&iacute;culos.</p> <p><img class="foto_laranja_materias" style="float: right;" title="Zeca Vieira" src="images/materias/case/radio_sulamerica_zeca.jpg" border="0" alt="" width="250" height="169" />&ldquo;Decidimos que n&atilde;o investir&iacute;amos mais em S&atilde;o Paulo se n&atilde;o fosse em algo impactante e relevante para a vida de quem mora na cidade&rdquo;, disse Zeca Vieira (foto), Diretor de Marketing corporativo da SulAm&eacute;rica. Hoje, a empresa det&eacute;m 16% de market share e comemora o aumento nas vendas. &ldquo;Dobramos o share of mind, que era a principal meta, al&eacute;m de aumentar as vendas e a lembran&ccedil;a da marca&rdquo;, completa em recente entrevista ao Mundo do Marketing.</p> <p>Zeca Vieira mostrar&aacute; os detalhes do Caso de Sucesso da SulAm&eacute;rica, que tamb&eacute;m colhe frutos da Campanha de Incentivo ao uso da bicicleta no Rio de Janeiro, no Semin&aacute;rio Marketing 360&ordm;. O evento acontece entre os dias 26 e 27 de junho no Rio de Janeiro e tem patroc&iacute;nio da Sun/MRM, TNS InterScience, Copernicus Marketing e Dinamize e tamb&eacute;m ter&aacute; palestra de Alberto Cerqueira Lima, Presidente da Copernicus Marketing Consulting no Brasil, e de Flavio Salles, s&oacute;cio-diretor da Sun-MRM. <a href="../seminario.asp" target="_blank">Saiba mais aqui.</a></p>
O Marketing mudou. E você?
5 de junho de 2008