O Jiu-Jitsu e a Gestão Estratégica 7 de janeiro de 2014

O Jiu-Jitsu e a Gestão Estratégica

         

O Jiu-Jitsu tem muito a ver com Estratégia de Empresas. Assim como no mundo dos negócios, os maiores e mais fortes nem sempre vencem. É preciso outras características além da força

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Segundo a Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu, a "arte suave" nasceu na Índia e era praticada por monges budistas preocupados com a autodefesa. O objetivo dos monges era neutralizar ataques de assaltantes e outros oponentes, sem fazer uso de armas. O Jiu-Jitsu tem muito a ver com Estratégia de Empresas. Assim como no mundo dos negócios, os maiores e mais fortes nem sempre vencem. A força pode ser uma vantagem competitiva, mas os vencedores costumam apresentar outras características além da força:
 
1ª – Inteligência emocional
Para o lutador carioca Vitor Belfort, o controle emocional pode aumentar em 90% suas chances de vencer um combate. Nas melhores organizações, os líderes emocionalmente inteligentes manterão as coisas sob controle nas piores crises, estudando os oponentes e tendo consciência das próprias forças e fraquezas;
 
2ª – Agilidade
Com a popularização dos shows de MMA – Mixed Martial Arts, ficou fácil assistir montanhas de músculos serem derrotadas por lutadores aparentemente mais fracos. Nos negócios, sabemos que não são as maiores empresas que vencem, mas as mais rápidas;
 
3ª – Treino
No Jiu-Jitsu, todo golpe do oponente pode ser neutralizado e sofrer um contragolpe. Mas isso exige muito estudo e treino. No Jiu-Jitsu, como em qualquer modalidade esportiva, o desafio não é vencer o oponente, mas seus próprios limites. A 'Aprendizagem Contínua' é um dos pilares da Gestão Estratégica Competitiva. Nunca pare de estudar! As empresas devem ter a consciência de que o pior inimigo são as suas próprias limitações.
 
4ª – Flexibilidade
No Jiu-Jitsu, a estratégia pensada pelo lutador pode mudar ao longo da luta – o oponente pode não ser tão previsível. As empresas, por sua vez, devem ter um Planejamento Estratégico flexível.
 
5ª – Simplicidade
Um lutador excelente nas quedas, raspagens e golpes mais simples, tem grandes chances contra um oponente que conhece golpes complexos, sem uma boa base. As empresas devem ser excelentes no 'feijão com arroz', antes de se arriscar em estratégias mirabolantes.
 
6ª – Postura
Os Mestres de Jiu-Jitsu ensinam a "posturar". Quando de pé, o lutador mantém contato visual com o oponente e as pernas flexionadas. No solo, uma boa postura evita as chamadas "raspagens" – quando o lutador coloca o oponente de costas no solo. Mas a postura comportamental é tão ou mais importante que a corporal. 
 
Um grande lutador brasileiro de MMA vinha debochando de seus oponentes, até que foi ridicularmente nocauteado no UFC 162 de julho de 2013. O correto é que ao final de cada combate, os lutadores de Jiu-Jitsu se cumprimentem com respeito. As disputas não são pessoais.
 
Para uma empresa, ter uma boa postura é ter foco, Valores e Princípios bem definidos. É o que vai destacá-la da concorrência e motivar sua equipe. As empresas não podem subjugar, nem criticar a concorrência. Não seria prudente, nem ético.
 
No Brasil, a imagem do Jiu-Jitsu chegou a ser prejudicada quando pitboys começaram a espancar pessoas gratuitamente nas ruas. Muitos pitboys adotaram o Jiu-Jitsu por sua eficiência nas chamadas "finalizações" – estrangulamentos que provocam a perda dos sentidos, ou torções dos membros e outros golpes que deixam o oponente sem reação. Nos treinos e campeonatos de Jiu-Jitsu, não se troca um soco ou chute. Visite a academia mais próxima de sua casa e aprenda um pouco mais sobre Estratégia.

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